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Alguém dá um mapa a estes dois?

por Bad Girl, em 31.08.11

Djaló vai para Nice. Na cintura, um mosquetão para escalada. Lucy vai com ele. Com botas de neve. Nice nunca mais vai ser a mesma. Aliás, a partir de agora, passa a chamar-se Djanicy. E vai ter uma loja de modas.

É Agosto. 

Está a chover.

Está frio.

Está mal.

Para aqueles que acham que, no que ao futebol diz respeito, eu sou apenas e só uma parcial adepta portista, quero aqui acabar com esse mito, manifestando o meu desagrado com uma das contratações desta época. Como ainda não sei muito sobre os novos jogadores (há?), condeno veementemente a contratação da alma luminosa (e daltónica) que serviu de fashion advisor para os fatos que o treinador da minha equipa usa. Mas quem é que escolheu aquilo? O mesmo tipo que sonhava vestir Vito Corleone? Saberá a Direcção do Clube o quanto me envergonha ter de assistir a um jogo com um tipo vestido de morcego a dar instruções à minha equipa? Pagaram a pessoas para terem aquela ideia? Foi com o dinheiro da venda do Falcao? E durante quanto tempo é que o criativo ficou a pensar naquilo? Em misturar preto com azul escuro e com azul eléctrico? Fica muito jeitoso. Estou desejosa que chegue o Inverno, para ver a gabardine cinzenta em cima de tudo isto.  

 

  

Ainda se fosses cenourinha como o outro, isso contrastava...

Não sei como é que isto foi acontecer...

por Bad Girl, em 30.08.11

Querem ver que o emigrante ilegal que vivia numa pensão onde violou e espancou uma mulher e a quem disseram: vai lá embora, deixa aí a tua morada e vê lá se apareces daqui a quinze dias na esquadra, se pôs ao fresco? Em que planeta estamos, oh Deus!, em que os filhos da put@ mentem na morada, após terem raptado, violado e espancado um ser humano? Já não se pode confiar nos (alegados) criminosos? Quem podia prever um desfecho tão surpreendente, uma coisa tão extraordinária como esta? O Ministério Público, que solicitou a pena? O Juíz, que a sentenciou? Não, nada disso. Só todo o resto do país. Daria para rir, se a mulher e a justiça nacional não tivessem sido humilhadas e maltratadas. Assim só dá para vomitar.

Miguel - Prós e Contras (20-06-2011) from José Carlos Oliveira on Vimeo.

 

Mas hoje fala Miguel Lopes Gonçalves. Brilhante. A juventude só está à rasca se quiser. Claramente.

Dear Mr. Buffett*

por Bad Girl, em 27.08.11

Se me permite, escrevo a carta em português. Um mega rico como o senhor deverá encontrar quem a traduza, e sempre é tempo que eu ganho. Ou nem sequer vai ler isto, e sempre é tempo que não perde.

Como já deve ter ouvido por aí, as suas palavras chegaram à Europa já quase esvaídas de energia e pujança. Enquanto os noticiários faziam chegar o seu nome, pela primeira vez, a muitos lares nacionais de classe média, que ouviu atenta e esperançadamente o que o senhor escreveu, os ricos de quase toda a Europa fingiram-se de mortos e rebolaram para o lado. Eu ia jurar que cheguei a ouvir alguns a assobiar, mas os mortos não assobiam. 

Não posso, contudo, deixar de referir o meu espanto por ver a alegada maior democracia do mundo tomar uma atitude só agora, na quase insustentabilidade da crise, e que tenham sido necessárias as suas palavras para que o governo do seu país se sentisse na obrigação (?) de avançar com uma ideia que deveria ter sido deles, se isto funcionasse tudo como devia. Parecia que estavam à espera de uma autorização, não era? Parece que são todos, na tal maior democracia do mundo, um bocadinho submissos a lobbies vários dominados por mega ricos. Mas pronto, a coisa vai avançar, isso é que importa. Já diz o povo: antes tarde do que nunca. Voltando à Europa, essa "velha senhora", só o governo francês parece ter tido "permissão" dos seus mega ricos para avançar com medidas semelhantes. No resto da Europa não sei, ainda não ouvi nada. Aqui neste canto de onde lhe escrevo, continuam muitos a fazer-se de mortos. Os que "assinaram a autorização" não chegam para carregar o caixão onde este país está prestes a entrar. Dear Mr. Buffett, isso que o senhor sugeriu é tudo muito bonito na América, que é um país novo. Aqui os ricos estão habituados a outro tipo de tratamento. Anos e anos de tradição de fuga ao fisco, de malabarismos fiscais, de contorcionismos financeiros, e estamos todos à espera que se vá abdicar de tudo isso? O que se espera dos ricos portugueses é demasiado, considerando que toda e qualquer demonstração pública de solidariedade é sempre feita ao abrigo de leis que transformam o dinheiro "dado" em isenção fiscal. Isso é História, não se pode desprezar a História. Aquilo é dinheirinho que lhes custou muito a ganhar, ou o que pensa? Apesar de achar que não iria sequer "penetrar" a superfície, seria um bom princípio. 

 

"Of the billionaires I have known, money just brings out the basic traits in them. If they were jerks before they had money, they are simply jerks with a billion dollars." - Warren Buffett 

Deixem-se de merdas e trabalhem!

por Bad Girl, em 22.08.11

Este fim de semana fomos todos brindados com um surreal e desproporcionado ataque de pruridos por parte da classe "profissional" dos árbitros. Quisera eu, quando me pisam os calos, fazer uma birra e decidir não ir trabalhar. A sério que gostava. Aparecer, fazer barulho, dar nas vistas. Não pela competência porque essa, tivesse o senhor árbitro João Ferreira a certeza dela, e teria feito aquilo que lhe compete, que é meter os cartões no bolso, o apito na boca, e ir trabalhar. Mas não. Ficou ofendida, a virgem pura. Onde é que já se viu, um dirigente dizer que a classe (tipo assim em geral, mesmo) perdeu o respeito pelo clube? Senhores árbitros (sim, é para todos. Aparentemente ficaram todos com as orelhas a arder com as palavras de Godinho Lopes), eu cá não sou do Sporting. Deus me livre, até porque não tenho espírito de sacrifício nenhum, mas o que vocês estão a fazer (acho que neste preciso momento, em que se juntaram todos como se fossem as freiras que viram a pila ao padre) só vos devia causar embaraço. Andam há anos, décadas, a serem chamados de tudo por adeptos, jogadores e treinadores. Já vi conferências de imprensa em que vos chamaram ladrões. Corruptos. Filhos de senhoras da má vida. E vocês... na boa. Agora vai de saltar a tampa aos senhores só porque (sim, porque) alguém foi politicamente correcto o suficiente para vos dizer que vocês perderam o respeito por uma equipa. E, vai-se a ver, essa declaração é mais verdadeira do que o cabelo do Donald Trump. Tenham vergonha na cara, a sério. A continuar com esta fantochada, apenas provam que não só perderam o respeito pelo SCP como por vocês próprios. É preciso ter muito brio profissional para assumir que se fez merda, aceitar isso como algo que não se pode mudar, e comprometer-se em ser melhor. E nada disso vos ficava mal. A vossa classe, convenhamos, não é respeitada. Não tem o carinho das pessoas. Não é vista com bons olhos. E estas cenas melodramáticas só pioram, digo eu, que sou apenas uma adepta de outro clube, a vossa imagem. Boicotar o Sporting? Ganhem juízo. E brio profissional, de uma vez por todas. Quem não deve, não teme. A última vez que eu vi uma virgem ofendida na sua honra, foi-se a ver... era promíscua. (Yes, não escrevi put@!).

 

Hoje tive um tipo que me chateou por e-mail. Estou a pensar pedir escusa e não trabalhar amanhã.   

Hoje no meu telemóvel, uma oferta: "Precisa de dinheiro já? Transfira-o para a sua conta até ao limite disponível no seu cartão! Exemplo 1.500eur 12 meses, TAN 23,20%, TAEG 23,1%. Ligue XXXXX". O que sabem da minha vida os senhores do cartão Unibanco, que eu uso apenas quando viajo e que pago religiosamente no fim do mês? O que sabem das minhas dificuldades, do meu endividamento? Nada. Os senhores do Unibanco não sabem a mais pequena coisa sobre mim, excepto aquilo que eu lhes disse que era a minha vida, há coisa de dois anos atrás, quando achei que o cartão me fazia falta para as viagens. Sabem lá os senhores do Unibanco se eu não perdi o emprego entretanto. Se eu não precisei de contrair um empréstimo para me safar de qualquer coisa. Nada. Os senhores não sabem nada sobre a minha saúde financeira. Ainda assim, oferecem-me, de "mão beijada", € 1.500,00 que, daqui a um ano, me iriam custar € 1.848,00. Só. E eu, que tenho a sorte de ter um emprego (sim, pelo que tenho visto, ter um emprego, hoje em dia, não é só uma questão de competência, é também uma questão de sorte) e de ter as minhas finanças relativamente controladas, podia colocar-me num pedestal e dizer que sim, que os senhores podem fazer a publicidade que quiserem, porque as pessoas têm de ter juízo. Mas as pessoas não têm juízo. Muitas perderam-no, ao longo do caminho, junto com o emprego que lá vai e as contas que teimam em aparecer. Muitas pessoas não têm juízo, porque já nem sequer conseguem comprar comida. E uma oferta de € 1.500,00 para resolver problemas de hoje não pesa no quanto vai custar amanhã. Os portugueses não são educados financeiramente. E isto, esta falta de educação financeira, foi também o que nos levou à espiral de sobreendividamento em que nos encontramos. Não podemos exigir discernimento de pessoas que estão à beira do abismo. Não podemos esperar clareza de quem só tem cenários negros à sua frente. Mas podemos, devemos, reivindicar que o Estado proíba este tipo de ilusões. Sim, os adultos devem saber cuidar de si. Todos sabemos isso. Então e a publicidade ao tabaco, é proibida porquê?

Da pequenez humana

por Bad Girl, em 16.08.11

Antes de avançar com este post, devo fazer aqui uma declaração de intenções. Uma coisa que sirva para, quando terminarem a leitura, saberem muito bem o que me deixa as entranhas revoltadas. Para que não haja lugar para dúvidas. Nem para leituras nas entrelinhas. Sabe Deus o quão farta dessas eu estou.

Não aprecio, de todo, o humor que fazem os Homens da Luta. E não pus humor entre aspas porque o humor não sou eu que defino. Para mim, o "Último a sair" era humor. Para a minha avó, humor é "Os malucos do riso". Não discuto isso. Voltando ao bovino frio, não gosto particularmente do trabalho dos Homens da Luta: não me fazem rir, o espírito interventivo soa-me a forçado e a um pouco oportunista, mas isso, lá está, é uma opinião minha. Obviamente, e já presenciamos fenómenos deste género desde o Big Brother (ou antes, não sei bem), a fama é uma coisa que se cola às pessoas e lhes tolda a visão. Encadeadas com o barulho das luzes, algumas pessoas são capazes de fazer tudo para aparecer. Outras (ou as mesmas, numa fase mais avançada deste alpinismo desenfreado), são capazes de tudo para não desaparecer. E ainda há as outras. Aquelas que, maravilhadas com o resultado do "aparecimento", não percebem como é que todas as pessoas do mundo não lhes reconhecem um valor que, lá pelo meio do caminho e iludidos pela bajulação de meia dúzia de carneiros, se convenceram que tinham. Não sei qual é o diagnóstico destes senhores em particular, não sou a reencarnação de Freud e tanto se me dá que eles sejam famosos ou não, que tenham seguidores ou não. Posto isto, dou a outra face: não achando a mínima ponta de graça aos HdL, não pude deixar de esboçar um sorriso aquando da sua vitória no Festival da Canção. Mas desenganem-se: a piada foi o facto de os HdL terem ajudado a deitar por terra uma data de costumes instituídos. Não gosto do Zé Cabra e havia de achar a mesma piada a uma possível vitória dele no FdC. Esclarecido que está este ponto, ao que interessa: fui alertada para uma situação aberrante, que teve lugar na página dos novos salvadores da pátria: os senhores HdL, na página do Facebook, decidiram colocar o vídeo de uma rapariga (uma ex-concorrente do Biggest Loser português) que - horror dos horrores!!! - não conhece a música dos HdL. A arrogância, a megalomania... há uma pessoa que ousa não saber a cançoneta que deu visibilidade nacional aos senhores. E podia ter ficado por aí, ah, ah, ah, ela não sabe o refrão, que coisa mais estranha, e pronto. Mas não, os HdL decidiram legendar o fenómeno, com um "Cuidado com a reacção camaradas pá!!! Temos aqui um exemplo concreto pá!!". A língua portuguesa flui de uma forma exemplar, como se pode ver. Desengane-se, porém, quem acha que eu acho que os senhores são dotados de pouca fluência linguística. O que eu acho é que eles têm de falar ao nível de quem os "compra". Quatro sílabas, no delírio, e, e... Tanto quanto sei, o que os HdL não apreciam é a "reacção". Aos olhos dos HdL, a sociedade tem de ser mais activa e menos reactiva. E o que fazem eles para mostrar coerência? Instigam à reacção. Não acho que os senhores, quando publicaram o vídeo, soubessem onde isto ia parar, pelo que a minha opinião sobre eles fica para trás. É lamentável que sejam tão pequeninos que partam do princípio que as pessoas devam conhecer o trabalho deles. A menos que se pretendessem fazer humor. Eu, mais uma vez, não achei piada. Isso, para mim, descreve-os enquanto artistas e enquanto líderes do que quer que seja. Aquilo que me apetece esmiuçar agora não são os HdL. Esses têm um prazo de validade não maior do que a crise. São as bocas da "reacção" que se seguiram e que estão ao nível daquilo que faria um rato de esgoto, tivesse ele computador e acesso à net. Então, digam-me lá porque é que a rapariga não sabia a letra da música (?) - é como o humor, nem vou por aí - dos HdL. De acordo com os reactivos seguidores dos ditos, que vomitam as palavras "camarada" e "pá" como se de um código secreto se tratasse, ela não sabe a letra porque é gorda e loira. Portanto, vamos lá por partes: gente(inha) que vibra com os senhores que, alegadamente, querem despertar consciências, têm comentários insultuosos, intolerantes e plenos de apologia à segregação. Instigados pela mágoa (ia dizer "recalcamento", mas nem sequer sei se será isso) de umas virgens ofendidas, os admiradores que seguem reactivamente os senhores que abominam a reacção, acreditam que as pessoas devem ser segregadas de acordo com aquilo que pesam e a cor do cabelo que têm. Não todos, há meia dúzia de comentários decentes. É de aproveitar esta oportunidade de ver tanta perfeição junta, já que ali se deve reunir nada menos do que o que de mais interessante há na nossa sociedade. Pessoas magras e inteligentes que - não se pode ter tudo - sodomizam a língua portuguesa com todas as suas forças. Pessoas que não sabem escrever, não sabem pensar pela própria cabeça, mas que acreditam que têm uma luzinha no cérebro, só porque sabem trautear uma canção. São tão melhores do que a gorda... E do que eu que, apesar de não ser gorda nem loira, também não sei cantar aquilo.           

 

 

 

Sou toda pela liberdade de expressão. Mas não pela liberdade do insulto.

Para comprar... ontem

por Bad Girl, em 15.08.11

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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!

 

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