por Bad Girl, em 26.08.08
Foram precisas 2 universidades, uma catrefada de catedráticos, 100 mulheres e 6 homens para eu, finalmente, perceber. A proporção é ridícula, como tanta coisa na vida, mas vamos lá dar valor a detalhes quando o importante está no fim, e não nos meios...
A culpa não é do mau feitio nem da fobia de compromissos. Não foram meus os
erros de casting.
Culpada é a Trigynera. Tão somente. Sou eu que escolho sempre o gajo errado? Não, é a Trigynera. Sou eu que me farto de cada gajo com uma súbita mudança de temperamento? Não, é a Trigynera.
Diz a SIC que
"um estudo conjunto das Universidades britânicas de Liverpool e Newcastle chegou à conclusão que as mulheres que tomam pílula perdem grande parte da capacidade de escolher o parceiro ideal. O uso de contraceptivo oral diminui a capacidade inata de, através do odor, detectar qual o par ideal, nomeadamente para procriar.". Nomeadamente não é necessariamente, convém referir. Juntar uma gaja (eu) com uma capacidade olfactiva de uns míseros 30% e com anos seguidos de pílula dão cabo de toda e qualquer possibilidade de eu vir a encontrar o homem da minha vida. Queres ter o período certinho? Deixar de ter dores menstruais? Ficar sem TPM? Tudo bem, minha querida, o preço é este: deixas de ter qualquer possibilidade de acertar no gajo. Hás-de sempre andar a apostar no "galgo" errado.
"Em último caso, os relacionamentos podem chegar ao fim quando uma mulher que usava pílula antes de conhecer o parceiro deixa de a usar. A percepção do odor tem um papel muito importante na manutenção da atracção entre dois parceiros".
Portanto, a coisa não deixa de ser gira: uma gaja cheira o gajo errado. Leva-o (arrasta-o, em muitos casos) ao altar, vivem os altos e baixos de uma vida em comum e decidem ter filhos. Naturalmente ela deixa de tomar a pílula. E depois ele cheira-lhe a esturro. Ou a outra coisa qualquer. Mas não à coisa certa. Acorda numa bela manhã, enche o peito de ar, enche-se de coragem, e lá vai de dizer que está tudo acabado. Com a adaptação de uma célebre frase:
"Não és tu. Nem sou eu. É aTrigynera."
Será de mim ou, no meio de tanto estudo, os senhores investigadores esqueceram-se de um pequeno detalhe? Pequenino. Não sabem do que falo? A mulher chega, cheira, escolhe, deixa de querer... e o homem, no meio disto tudo? Limita-se a ser cheirado?