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Imagem daqui.

 

Antes de mais deixem-me adiantar, desde já, um pedido de desculpas pela minha intolerância. Tendo em conta que é o segundo post que dedico à justiça em Portugal no curto espaço de 3 semanas, imagino que haja um problema com a minha pessoa. Serei, certamente, alguém deveras intolerante. Uma pessoa crédula, a quem ensinaram que a Justiça servia os que são vítimas de crimes. Obviamente fui alvo de um processo educacional cheio de falácias e quimeras, ao qual os senhores serão completamente alheios. Tenho cá para comigo que os senhores fizeram muito bem em ilibar o psiquiatra João Villas Boas. Espero que, para além de porem a senhora violada no lugar dela, tenham tratado de dar uma recompensa ao psiquiatra João Villas Boas (tenho de repetir muitas vezes o nome do Dr. João Villas Boas para não me esquecer de, um dia que me apeteça ser violada com jeitinho, marcar uma consulta no seu consultório) por ter criado um novo estatuto de criminoso: o de violador gentil. A juíza (sim, foi uma mulher que redigiu o acordo) achou que o Dr. João Villas Boas não foi suficientemente violento com a senhora grávida de 34 semanas que ele violou, como ficou provado. Mas foi ilibado por ter sido um cavalheiro. Há, inclusive, uma nova classe de violadores a aparecer neste país: os violadores-queridinhos. Vamos lá ver: a senhora foi a uma consulta de psiquiatria. Mas isso não quer dizer que ela estivesse fragilizada. Não. Eu há dias em que estou tão bem e com tanta vontade de fof£r com o primeiro filho da grandessíssima puta que me aparecer, que decido marcar uma consulta de psiquiatria:

 - Então, Dona Bad, o que a traz por cá?

 - Olhe, Sr. Doutor, nem sei bem. Ando muito contente, a tomar decisões sensatas e com uma paz de espírito tal, que só me apetecia que o senhor me puxasse pelos cabelos quando eu fosse a tentar fugir por aquela porta, onde está escrito Dr. João Villas Boas, e me obrigasse a ter sexo consigo.

 - Ui, mas isso eu não posso fazer, é violação.

 - Não é nada. Se for julgado no Tribunal da Relação do Porto, eles vão achar que, não havendo rebentamento da minha boca, traumatismos dos membros ou hematomas vários, eu devo inclusive sair por esta porta e pagar a consulta.  

Façam-me o favor de ter vergonha na cara, até porque não é para ter decisões destas que eu vos pago. Violação é violação. Eu vou explicar (eu sei que os senhores andaram a estudar mais anos do que eu, mas parece-me que há qualquer coisa que vos toldou o pensamento. Pena não ter sido um bloco de cimento): se eu estiver onde quer que esteja, nem que seja em casa, com o meu marido, e eu disser (só disser, sem arranhar, sem gritar) que NÃO quero sexo e ele me puxar pelos cabelos e me obrigar a fazê-lo, isso é violação. E eu esperaria, se fosse caso disso, que a minha queixa desse na prisão do gajo que me tivesse OBRIGADO a ter sexo. Fosse o Dr. João Villas Boas ou não. É-me tão difícil conceber que pessoas como os senhores consigam dormir à noite que só desejo que as vossas insónias sejam tantas e tão grandes que, a certo ponto, sintam a necessidade de consultar um psiquiatra. Quando esse dia chegar, já sabem. Liguem para o Dr. João Villas Boas. É um cavalheiro do c@r@lho, olhem o que vos digo.



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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!

 

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