Porque é para isso que elas servem...
por Bad Girl, em 31.07.08
"J'aurais dû ne pas l'écouter", me confia-t-il un jour, "il ne faut jamais écouter les fleurs. Il faut les regarder et les respirer."
("Eu nunca lhe devia ter dado ouvidos," confiou-me ele, um dia, "Nunca deveriamos escutar as flores. Só as devemos olhar e cheirar.")
Perdoem-me a tradução livre. Falar francês não é uma das minha melhores qualidades...
E é assim. O Principezinho desiludiu-se com a rosa porque esperou dela uma coisa que ela era incapaz de fazer. Ouviu-a. Mesmo sabendo que ela era apenas para ser admirada, cheirada, deu-lhe ouvidos. Deixou-a "espalhar-se" na sua vida com competências que não era suposto ela ter. Ela não teve culpa. Ela podia falar, cabia a ele ouvi-la ou não... e ele quis ouvi-la. Fez pior: deu-lhe ouvidos. Quando tudo o que devia ter feito era admirá-la. Não passamos nós também a vida a abrir portas a pessoas que nunca estarão à altura de as transpor?
10 comentários
De nando a 31.07.2008 às 23:49
Será que poderíamos limitar-nos a regá-las e admirá-las? Às pessoas?...
Acho que o Tó falava mais do jardineiro que das rosas.
Acho que o Tó falava mais do jardineiro que das rosas.
De Alyne a 01.08.2008 às 02:05
'Bruta Flor', que é o nome do desejo, o teu nome que ostentas, o teu perfume escrito com o som de espinhos de rosa sobre chapa de arílico...
De criptog a 01.08.2008 às 04:08
Às vezes como desculpa para desviarmos a nossa atenção daquelas que estamos à altura de transpor.
De Ness a 01.08.2008 às 10:22
Uma porta "Normal" permite um ângulo de abertura de, sensivelmente, 90º. Quantas vezes abrimos apenas uns 30º ou pouco mais (o suficiente para uma pessoa elegante poder entrar)?
De khyos zhyboro a 01.08.2008 às 18:17
Este artigo faz muito sentido para mim. Abrimos portas a quem não está à altura de as transpor.
Não poderia ser mais verdadeiro...
Muito bom o artigo!
Beijinhos! =)
Não poderia ser mais verdadeiro...
Muito bom o artigo!
Beijinhos! =)
De j... a 06.08.2008 às 11:40
«O essencial é invisível aos olhos»...
Foi por acreditar em coisas assim, maradas, que o homem se deixou abater sobre o Mediterrâneo.
Acreditar em algo de ar igualmente etéreo, como por exemplo
«Se os olhos pudessem ver os demónios que povoam o universo, a existência seria impossível»
(mas, de certa forma, oposto), ter-lhe-ia dado muito mais jeito enquanto piloto aviador.
Porque há maneiras melhores de alimentar os peixinhos. Digo eu.
Foi por acreditar em coisas assim, maradas, que o homem se deixou abater sobre o Mediterrâneo.
Acreditar em algo de ar igualmente etéreo, como por exemplo
«Se os olhos pudessem ver os demónios que povoam o universo, a existência seria impossível»
(mas, de certa forma, oposto), ter-lhe-ia dado muito mais jeito enquanto piloto aviador.
Porque há maneiras melhores de alimentar os peixinhos. Digo eu.
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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!
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