"J'aurais dû ne pas l'écouter", me confia-t-il un jour, "il ne faut jamais écouter les fleurs. Il faut les regarder et les respirer."
("Eu nunca lhe devia ter dado ouvidos," confiou-me ele, um dia, "Nunca deveriamos escutar as flores. Só as devemos olhar e cheirar.")
Perdoem-me a tradução livre. Falar francês não é uma das minha melhores qualidades...
E é assim. O Principezinho desiludiu-se com a rosa porque esperou dela uma coisa que ela era incapaz de fazer. Ouviu-a. Mesmo sabendo que ela era apenas para ser admirada, cheirada, deu-lhe ouvidos. Deixou-a "espalhar-se" na sua vida com competências que não era suposto ela ter. Ela não teve culpa. Ela podia falar, cabia a ele ouvi-la ou não... e ele quis ouvi-la. Fez pior: deu-lhe ouvidos. Quando tudo o que devia ter feito era admirá-la. Não passamos nós também a vida a abrir portas a pessoas que nunca estarão à altura de as transpor?