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Sai um Reveillon à Vienense...

por Bad Girl, em 20.12.07
Parece que o meu ano velho vai ser deixado aqui.
Lição do dia: quem quer bons amigos, que os arranje!
Que não deixa de ser uma variante do: Não importa ter, importa conhecer quem tenha.

A minha família é uma animação

por Bad Girl, em 19.12.07
Os homens lá de casa estão doidos! O Natal deve baralhar-lhes os circuitos, tanto e com tal intensidade, que chegam a levar-me à loucura (ah, então a culpa é deles).

O facto de a minha mãe fazer anos no dia 21 de Dezembro não ajuda ninguém. A verdade é que toda a originalidade no que a presentes diz respeito fica esgotada numa das datas: aniversário ou Natal. E há também o pequeno pormenor de a minha mãe ser apenas a pessoa mais complicada do Mundo no que a presentes diz respeito. O ritual é isso mesmo, um ritual. Por volta do dia 18, lá vem o meu pai, sempre com o mesmo desbloqueador de conversa:
- O que é que achas que devo dar à tua mãe no aniversário?
Ao que eu respondo:
- Não sei, pai.
Resposta que ele decide ignorar.
- Eu podia dar-te dinheiro e tu compravas qualquer coisa.
Proposta que eu decido ignorar. Ou negociar:
- Sim. Tu dás-me o cartão, eu compro uma para ela, outra para mim.
- Não me parece.
- Então vai para o shopping.
- Pega lá o cartão.
(OK, os eventos descritos acima estão ligeiramente ficcionados. Eu nunca compro nada para mim!!!! – hei-de arrepender-me para sempre do dia em que dei conhecimento aos meus pais da existência deste blog...)
[...]
Quanto ao meu irmão: liga-me nos dias 17 e 18 a pedir sugestões, e também nos dias 19 e 20 a consultar-me sobre as ideias que teve. No dia 21, quando a minha mãe abre o presente dele, nunca é nada parecido sequer com o que foi falado.

Este ano, decidiram apanhar-me de surpresa. Era dia DEZ de Dezembro e o meu pai partilhou comigo:
- Já sei o que vou dar à tua mãe no aniversário!
Entre a estupefacção e o choque, lá consegui dizer:
- Quem és tu e o que fizeste ao meu pai???
(Na verdade, o que me saiu da boca foi um suave “O quê?”)
E pronto, as coisas voltaram ao normal quando a resposta chegou:
- Um papagaio!
- Ah?
?????????????????????????????????????????????????????????????????
OK, pronto, está louco.
!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
- Um papagaio?
- Sim, um papagaio.
- Porquê?
- Então, ela não nos deixa ter um cão, mas nunca falou de papagaios. Ensino o papagaio a ladrar, e para o ano ela já aceita o cão. Dois problemas resolvidos.
Breve informação de extrema importância sobre este assunto: ele não estava a brincar. O meu pai não é de brincadeiras, nem de manobras de diversão. Esta era, definitivamente a ideia dele. Da qual eu o demovi sem ser preciso dizer nada (até porque não conseguia fazê-lo, no meio de tantas gargalhadas).

Já o meu irmão, liga-me no Sábado passado, ainda de madrugada (11 horas), com a pergunta dos dois milhões:
- O que achas de eu dar um voo de balão de ar quente à mãe, no aniversário?
Eu juro que achei que estava a sonhar. Belisquei-me. Doeu-me. Era mau de mais para ser verdade. Respondi-lhe:
- Ela toma calmantes para entrar num avião... achas que ela vai querer andar de balão?

[...]É que nem posso esperar pelas surpresas de sexta-feira!!!!

Bad, a nostálgica...

por Bad Girl, em 18.12.07

Bacall e Bogart numa das cenas mais encantadoras e sensuais do cinema. O filme, "To have and have not", data de 1944. A frase?

"You know you don't have to act with me, Steve. You don't have to say anything, and you don't have to do anything. Not a thing. Oh, maybe just whistle. You know how to whistle, don't you, Steve? You just put your lips together and... blow."

Reencontro

por Bad Girl, em 18.12.07
É inevitável: depois de uma separação, dou sempre por mim a pensar na tensão do reencontro. Cada passo que dou naquela rua, cada vez que almoço ou janto naquele restaurante, cada vez que vou àquela loja. Estas antecipações, tal como o impacto das pessoas em mim, vão desaparecendo. Com a rapidez que se impõe, as pessoas desaparecem do meu pensamento pouco depois de desaparecerem da minha vida. E da mesma maneira: sem impacto, sem mágoa... deixam de existir. E isso não é necessariamente mau. É uma forma de gerir as pessoas, como de gerir qualquer outra coisa na minha vida. Até ao dia de hoje houve uma única excepção. Uma pessoa que teimou em ficar mais tempo na memória. Uma pessoa de quem me desencontrei tantas vezes, e cujo reencontro antecipei tantas vezes que, na minha cabeça, alturas houve em que ele já teria acontecido. Ao contrário das outras pessoas, o impacto desta na minha vida foi atenuando. Mas nunca desapareceu. Deixei de antecipar o reencontro diariamente, semanalmente ou até mensalmente. A memória começou a precisar de fotografias para auxiliar uma imagem. Os constantes desencontros fizeram-me acreditar que o dia não ia acontecer. E foi então, passada a fase de estar preparada para este reencontro, e até tendo esquecido esta possibilidade, que voltamos a encontrar-nos. Não me lembro quantos anos passaram. Podia ter sido no mês passado, ou podia ter sido há dez anos. Sei que não foi uma coisa nem outra. Foi quando deixei de me lembrar dele, que ele voltou a fazer parte da minha memória. Sem auxiliares. Apenas ali. E eu? Nua, apesar de envergar um vestido perfeito. Feia, apesar de saída do cabeleireiro e maquilhagem. Insegura, apesar de bem acompanhada. Ele? Certo de que eu estava linda naquele vestido, perfeita no arranjo, e indiscutivelmente segura, independentemente da companhia.

Dói-me que ainda me doas. Magoa-me já não te sentir com mágoa. Exaspera-me o facto de me dares tranquilidade. Não gosto de ainda te gostar. Nem que seja só aquele bocadinho de mim que teimou não te deixar passar.

Lamentável

por Bad Girl, em 17.12.07
O lamentável de ser abstémia não são as razões que me obrigam a sê-lo. O lamentável de ser abstémia é que, em dias como hoje, não posso meter-me nos copos e acordar amanhã com uma p*t* de uma ressaca tão grande que nem me conseguisse lembrar porque é que eu me tinha metido nos copos hoje…

Se bem que uma lembrança vaga que tenho dos tempos em que ainda podia beber é que as mágoas não se afogam. Nadam como umas loucas!

Apetece-me

por Bad Girl, em 14.12.07
Já não me apeteces. Não sei se já não me apetece apetecer-te, ou se és tu que não me apeteces. Deixaste de me apetecer como por magia. Num dia, só me apetecia apetecer-te. No dia a seguir, não me apetecia apetecer-te, mas apetecias-me. Hoje, como por milagre, já não me apeteces, e nem sei se és tu, ou sou eu. E, sabes que mais? Já não me apetece pensar mais nisso!

Expectativas

por Bad Girl, em 14.12.07

Em dia de reunião de orçamento (as "previsões" para o próximo ano ou, ainda melhor, as expectativas para o mesmo), e ao ler os comentários de hoje (nomeadamente um, do crocodilo escarlate que, aparentemente, tem saudades dos tempos em que eu escrevia "posts de qualidade"), dei comigo a pensar em expectativas. Nas nossas. Nas dos outros. Connosco. Com a vida. Com as coisas. Com os outros.
Esperamos coisas demais?
Achamos que os outros esperam demais de nós?
Ou, pior ainda, esperamos que os outros esperem menos de nós?
Peguemos no post, já que a discussão do orçamento durou mais de oito horas...
Estará a "qualidade" dos meus posts a diminuir? Estarei eu a perder inspiração? Vontade de escrever? Ou esperarão as pessoas de mim mais do que aquilo que eu sou, na verdade, capaz de lhes dar?
Não sei responder a estas questões. E a razão é simples: não gosto de criar expectativas no sentido da esperança. Não gosto de olhar para alguém e esperar algo dessa pessoa. Imaginá-la de uma forma que ela não é. Ou, pelo menos, que eu não sei se é. Não quer isto, contudo, dizer que eu não crie expectativas. Sou humana. Mas, se elas saírem logradas, não culpo ninguém além de mim própria.
Há uma única pessoa que me interessa. Com quem crio demasiadas expectativas. E que me desaponta muito, e muitas vezes. Que me magoa. E que nunca, nunca me deixa completamente satisfeita. Eu mesma.
Em 2004 o meu primeiro (e único, até à data) livro foi publicado. Excitada com toda a azafama, desatei a escrever nova história. Depois parei. Reli. E apaguei tudo. Não estava a escrever para mim. Estava a escrever para os outros. O prazer era nulo. E eu não vivo da escrita. Sinto-a. Respiro-a. Uso-a para me exorcizar. Não é ela que me usa. Tiro prazer dela. Se assim não for, não vale a pena. Acima de tudo, escrevo para mim, Se mais pessoas gostarem, fantástico. Se não... não.
E este blog não passa disso. De palavras escritas de mim para mim, de braços abertos para todos os que aqui chegam. Mas esses braços não se fecham. E, no dia que quiserem partir, não sou eu que os vou segurar...

Bad to the bones...

por Bad Girl, em 13.12.07

... até para os seus próprios.
Hoje acordei com umas dores absurdas nas costelas, que foram passando (mais ou menos) no decorrer do dia. Uma delas, pareceu-me, estava fora do sítio. De manhã fui trabalhar. De carro. Fui almoçar com uma amiga, e depois fui às compras. Então fui ao médico. A quem disse que não sabia porque a costela estava assim. Ao olhar para as minhas costelas, diz-me o senhor Doutor:
- A senhora tem a certeza que não sabe como fez isto?
- Tenho.
- E não lhe dói?
- Às vezes.
- Tem de ir para casa. Não pode carregar pesos e não deve conduzir. Pelo menos durante dois dias.
Bad diz que sim, mete-se no carro, conduz até casa e depois carrega as compras. Obediente...

Nem preciso dizer que amanhã vou trabalhar... de carro.

Sem título

por Bad Girl, em 13.12.07
Nunca culpei ninguém por me ter desiludido. Não seria justo atirar uma culpa minha para cima de quem quer que seja. Só espero que desta, definitivamente, eu aprenda.

Eu, adepta do FCP, peço desculpa...

por Bad Girl, em 13.12.07
Eu tenho desculpa. Foi o meu aniversário. Não podia ir de bandeiras ao vento para a rua saltar e celebrar a passagem aos oitavos de final. Por isso, por fazer trinta anos no dia do grande jogo, peço desculpa aos adeptos do clube cor-de-rosinha.

Nós temos desculpa. Passar aos oitavos de final da Liga dos Campeões costuma acontecer-nos com frequência. Por estarmos habituados, pedimos desculpa aos adeptos do clube cor-de-rosinha.

Eles têm desculpa. Jogaram em casa, no dia do grande jogo, e não tiveram de apanhar um avião para voltar ao Porto, para assim serem recebidos por uma multidão de adeptos em histeria por terem passado aos oitavos de final. Por terem jogado em casa, também eles pedem desculpa aos adeptos do clube cor-de-rosinha.

Pedimos em uníssono desculpa por não termos celebrado em euforia uma coisa que nos é habitual, e assim termos sido batidos, mais uma vez, pelos festejos entusiasmados de uma multidão cor-de-rosa por terem saltado para fora da Champions e terem ficado com a "second best thing".



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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!

 

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