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Imaginemos, portanto, que eu mando no JN. Todo, assim coisa em grande.

Primeiro mudo o formato físico e editorial.

Xut, consciência, cala-te, isto é sério!

Adiante, então eu mando no JN. Estou na minha sala toda envidraçada, com vista para o viaduto, e alguém me invade a sala - esquece-se de bater à porta, tal o molho de nervos!:

 - Doutora Bad, doutora Bad, tem de ver isto.

Eu recosto-me na cadeira, repreendo o tal do editor por não ter batido à porta, não o deixo sentar-se na cadeira oposta à minha, pego na folha impressa que ele me apresenta, rasgo com os dentes palavras que se somam num "não gosto de ser interrompida" e leio.

E o que é que eu, chefona de um jornal diário validado como "sério" leio?

Uma crónica de opinião de um conceituado (?!?) jornalista, recém (ou nem tanto) regressado da diáspora, onde a opinião apenas espreita. São "factos", alegadamente. Alguém me disse que ouviu A, B e C dizerem num restaurante que EU (centro do Mundo!) sou isto, e mais aquilo, e tenho de ser resolvido. Fontes que eu não revelo porque não. Agora vou aqui pôr-me a ombrear com a Manuela Moura Guedes, com o José Eduardo Moniz e com o Marcelo Rebelo de Sousa.

Se eu duvido do que escreveu Mário Crespo? Nem por isso.

Se eu acredito no que disse a fonte de Mário Crespo, que teve a capacidade, segundo o mesmo, de relatar tudo ipsis verbis? Nem por isso.

Se eu acho que aquele almoço e aquela conversa podem ter acontecido? Podem, não tenho porque duvidar.

Se eu acho que Mário Crespo tem o direito de manipular o conceito de artigo de opinião e usar em campanha própria o espaço que lhe disponibilizam? Não. Como não tem o direito de abrir o telejornal que apresenta na SIC Notícias dizendo: "O Governo quer-me calar, iata, iata, iata, iata...".

Agora podem ter a certeza de uma coisa: eu, sentada na tal cadeira da tal sala envidraçada, também não aceitaria a publicação daquele artigo de opinião. Podia até fazer uma notícia de capa, se a notícia (porque é, de facto, uma notícia) tivesse ponta por onde lhe pegar. Se as fontes fossem credíveis. Se houvesse investigação. Agora no meu jornal ninguém havia de fazer campanha em moto próprio. Por muito ofendido, magoado e chocado que pudesse estar um colaborador meu. Ainda que legitimamente. Porque cada coisa tem o seu lugar.

Isto é quão portista eu sou: os meus meninos até podem não saber porque é que estavam a bater. Mas os outros sabiam porque é que estavam a apanhar.

 

E, mais a mais, farto-me de olhar para aquilo e não vejo nada. Se ao menos os moços que andaram a pôr as câmaras a jeito antes tivessem um realizador em condições...

Sobre os vampiros da SIC

por Bad Girl, em 01.02.10

 

Ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah.

É muito bom *cof* cof*

É ir aqui e trocar TVI por SIC.

Cada país tem os símbolos que merece

por Bad Girl, em 01.02.10

Em Portugal temos aquela simpática figura de Ilda Pulga, uma alentejana que morreu em 1993 com 101, e que perdura desde há quase um século.

Em França há Laetitia Casta, top model viva e jovem.

Somos um país de tradições, agarrado ao passado e ao "que bom que foi!".

Não me apraz dizer mais nada sobre isto.

Ainda sobre o Ídolos

por Bad Girl, em 01.02.10

(ou sobre como tenho de arranjar qualquer coisa para fazer aos Domingos à noite).

Se há coisa que abomino é a pequenez de espírito. Está bem que podes ter ar de pobre, podes ter de altura um metro e meio mal medido, podes ter o complexo da insularidade ou até podes ser muito obstinado na construção da tua carreira. Até eu, que não auguro brilhantes futuros a seres demasiado irritantes, cheguei aqui a fazer futurologia sobre ti, meio quilo de gente. Acho graça a um puto de dezassete anos que se arranja dos pés à cabeça, e à segurança que transmites. Mas fod@-se, não é que estragaste tudo e agora já te desejo coisas que só sou capaz de desejar às alminhas ressabiadas e pequeninas?

Oh pá, ninguém gosta de perder, what a fuck, isso não é novidade. Mas há que saber sair com dignidade. Ter nobreza de espírito. Encaixar. Parar para pensar. É claro que não te agrada que o gajo que se está a cagar para aquilo que é o teu sonho ganhe de caras. Que tenha ganho mal entrou no casting. Mas daí a fazer o lamentável apelo: "Votem na Diana!" mal levaste um chuto do público no rabiosque só te prejudicou a ti. Eu gosto da Diana. Já aqui disse que ela é demasiado grande para um país onde o Rock feminino morreu na altura em que a Adelaide Ferreira se "deu" ao mainstream. Um país onde tu não irás além das primeiras partes dos concertos do Tony Carreira e dos musicais do La Féria. Mas get over it, o mais provável é que o Filipe ganhe o prémio para o qual tu te esfalfaste, sem uma ponta de esforço. Porque as pessoas genuínas (aquelas que não se revelam pequenos monstros nas adversidades), em princípio e se o universo for equilibrado, têm de ser compensadas.    

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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!

 

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