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Das maiores tretas que ouço as minhas amigas dizerem, a maior de todas elas é: "um dia que tenha filhos vou tratá-los da mesma maneira que trato os filhos do meu namorado!"
Bullshit.
Não há coisa mais falsa, não há treta maior do que esta.
Os filhos do namorado não são nossos filhos. Nós não os vimos crescer. Eles apareceram-nos à frente num belo dia, alguns deles já bem crescidinhos, personalidade formada e educação trabalhada. Nós não somos mães. Também não somos amigas. Estamos ali. No mínimo respeitamos as criaturas e exigimos que elas nos respeitem a nós. A relação pode ter os seus altos, pode ter os seus baixos but, by the end of the day, as criaturas vão para casa da mãe, que é quem os pariu e tem "direitos" sobre elas. A nós e aos outros continuamos a dizer que é assim que iremos tratar os nossos filhos, um dia, e que nunca gostaremos mais de uma criatura parida por nós do que gostamos daquelas. Depois emprenhamos e começamos a falar com a barriga. E, logo ali, já gostamos mais da criatura que estamos a carregar do que dos outros, aqueles que vão aparecendo lá por casa. Chama-se cumplicidade? Não. Chama-se amor. Depois são nove meses na barriga. Nove meses de ansiedade. Pelos outros nunca ansiamos, eles caíram-nos do céu. E a criatura nasce. E, mal dos males, é a nossa cara. Os outros não. São a cara da mãe. Na melhor das hipóteses são a cara do pai. Mas não são a nossa cara. Não nos sorriram a nós pela primeira vez. E, pouco a pouco, arranjamos mais espaço - na nossa vida e no nosso coração - para a criatura que nasceu, empurrando os outros para um canto.
Um destes dias assisti a uma cena lamentável, que me fez pensar nisto. A minha amiga não é má pessoa. É, se querem que vos diga, uma óptima pessoa. Mas passou por cima da cria do namorado em beneficio da cria dela. Uma merdice sem significado pôs-me a pensar em tudo isto. Ele assistiu àquele gesto impavidamente. Se, mais tarde, defendeu a sua primeira criatura, não sei. As reacções levaram-me a crer que aquilo não acontecia pela primeira vez. E eu pensei, passada a quase ira inicial que, provavelmente, todos somos assim. Todos cresceremos ao ritmo que a nossa criatura cresce. Não somos tolerantes nem pacientes para merd@s que outros levaram até àquele ponto em que nos cruzamos com a criatura alheia. É triste? É. Mas somos humanos. Pecamos apenas por acharmos, neste caso, que somos capazes de amar da mesma forma pessoas que não nos são iguais. Podemos continuar a cantar a lengalenga, a enganarmos os outros e - mais grave - a nós. Mas não me atirem areia para os olhos, que estou absolutamente farta de ver provas em contrário.
O nós é um plural majestático, obviamente.
Eu embirro com logótipos. É coisa que já vem de trás. Ora, quando penso em logótipos, penso logo em Louis Vuitton. O que me traz à cabeça o novo riquismo. Por sua vez, novos ricos lembram-me jogadores de futebol. E jogadores de futebol com malas clássicas da LV é o pão nosso de cada dia. Eu e a Louis Vuitton percebemos isso. Enquanto eu vomitava, a LV fez melhor e, já que não os pode vencer, juntou-se a eles.
Para companhar em www.louisvuittonjourneys.com.
... há alguém mais queridinho do que eu?
Deve haver. Milhares de pessoas. Mas eu lembrei-me do teu aniversário... Nunca nos devemos esquecer de quem nos trata bem.
Pega lá beijinho. A partir de agora és um príncipe.
Uma pessoa vai de férias, alheia-se do mundo e das notícias verdadeiramente importantes para o país e atrasa-se toda uma vida...
A Lucy, senhores, a Lucy emprenhou... e eu não sabia de nada? Quer dizer, eu já tinha avisado que era a única forma de ela se manter nas revistas durante uns tempos, mas daí a ler as palavras da própria, que comunicou a boa nova via site da seguinte forma: "Primeiro casei e depois veio este presente lindo de Deus e da Nossa Senhora de Fátima que nos abençoou"... Ora o português continua uma lástima, como seria de esperar. Não tive sequer a ousadia de achar que, casada com o seu Djaló ela começasse a saber conjugar verbos e essas coisas difíceis. Agora o que me surpreende é a forma de concepção desta criança. Sendo um presente de Deus, vou já ali guardar o meu lugar à janela que, da última vez que aconteceu uma coisa assim houve uma estrela cadente e reis magos a passar. Desta vez não perco o espectáculo por nada!
Um destes dias o meu pai tentava recuperar o link do meu blogue. Deixou de passar por cá quando percebeu que havia demasiada gente que, não gostando, também não virava costas e ia embora, precisando de algo que lhe enchesse os dias, como deixar insultos nos comentários (quando os havia) ou perdendo tempo a mandar mails com esses mesmos insultos. O meu pai não é desta geração tecnológica. Isso são coisas que o incomodam. Mas pronto, por razões que não vale a pena esmiuçar aqui, ele queria cá voltar. Podendo ele estar desmemoriado de algum do conteúdo do blogue, lá fui eu recordando que estava cheio de vernáculo, com algumas opiniões (demasiado) vincadas e salpicado com palavrões. A mãe decide intervir:
- Palavrões? Tu? Nunca sequer te ouvi dizer "merd@".
O meu cavaleiro retorque:
- Sim, isso é ela. Mas no blogue não é ela. A outra é que escreve palavrões.
Em suma, não me mandem mails a tecer juízos de valor sobre mim. Não armem ao psicólogo de almanaque, cuspindo teorias sobre o que está escrito neste ou naquele post, tecendo paralelos com a vossa imaginação, como se me conhecessem de algum lado. Não vomitem opiniões sobre a minha vida, a minha pessoa, ou as minhas atitudes. O que aqui lêem é um pingo de água na enxurrada que - Graças a Deus! - é a minha vida. É absolutamente deprimente imaginar que, em pleno século XXI, um bando de frustrados se dê ao trabalho de escrever um mail a uma pessoa que nunca viram mais gorda para vomitarem teorias fracas e descabidas sobre uma vida que, alegadamente, desprezam, mas que não resistem a espreitar.
Resumo deste post: acabei de ler os mails que recebi durante as férias.
... negro.
Ontem pedi ajuda aos meus pais para mudar umas coisas em casa. A sobrinha estava de orelhas em pé e também quis vir ajudar (pois sim).
Dou comigo a olhar para eles, atarefados, e decido partilhar a minha constatação:
- Uma menor, uma doente crónica e um reformado. Só espero que a Segurança Social não me bata à porta agora...
É uma piada parva? É. Mas é uma piada.
Ontem fui ao Centro de Saúde com a minha mãe, a fim de ela renovar a baixa. Meia hora depois saímos de lá com o assunto resolvido e com a sensação de termos sido vítimas de um atendimento simpático.
Hoje fui tirar (??) o Cartão de Cidadão. Vinte minutos depois saí de lá, tudo tratado. A senhora que me atendeu teve o atrevimento de me atacar com um sorriso.
Ora isto é coisa para me tirar do sério. Ou a Função Pública volta a ser o que era, ou vou ser obrigada a emigrar. É inacreditável que este país não tenha um pingo de vergonha e não mantenha o nível de qualidade a que nos habituou nos serviços públicos. Que vergonha!
Acabo de saber pela wii que aconselhável seria eu engordar 2 quilos.
Cabra. A wii é uma cabra.
Tendo eu um repudio absolutamente inexplicável e desproporcionado por ginásios, já não indo para nova e já tendo tido dias em que não era tão avessa à força da gravidade, decidi-me pela solução que me pareceu mais acertada (depois dos passeios pelo Parque da Cidade, que terão tendência a desaparecer já no Outono):
Comprei isto,
isto
e isto.
Pesa horrores. Por hoje o exercício está feito. Ainda está tudo na caixa.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!