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E um parzinho de estalos, não?

por Bad Girl, em 22.12.10

Antes de mais convém que se faça aqui uma declaração de interesses: não tenho filhos, nunca eduquei uma criança e sou apologista da sapatada como parte importante do processo de educação.

 

Hoje de manhã fiquei estupefacta com a notícia de Igor, jovem de 14 anos que desapareceu de casa. A estupefacção não se deveu ao facto de a criança ter desaparecido, isso chegou a consternar-me, que eu não tenho propriamente uma pedra no lugar do coração. Fiquei de cara à banda com aquele pai. Eu sei que ele estava desesperado. As pessoas desesperadas fazem coisas estranhas. Mas, filtrado o desespero, a única coisa que eu encontrei ali foi um pai que procurava expiar as suas culpas, sacudindo-as a torto e a direito para quem teve o azar de se meter no seu caminho. De onde é que o Igor saiu? Da escola. Os pais do Igor nunca apresentaram restrições para as saídas à hora do almoço mas, pasmem-se!, a escola teve culpa porque deixou a criança sair. Onde é que isto aconteceu? Em Portugal. E os jovens de 14 anos deste país não estão preparados para os perigos da internet. Maldito e culpado país este, que oferece computadores e navegação não vigiada aos adolescentes e não os prepara para nada. Quem está à procura? A PJ. A PJ também tem culpa. Ah, pois tem. Porque a PJ achou que o desaparecimento do Igor foi voluntário e não se tratava de um crime. Ora, o Igor saiu de casa com um computador na mochila e os 100 euro que juntou no bolso. Acabou por regressar a casa, sem dar cavaco às tropas. Parece que a PJ tinha razão. Quem não tem razão, que me desculpe este pai, são os pais do Igor. Poucos pais têm a oportunidade que eles tiveram: a de serem alertados. A mãe do Igor apanhou-o em frente ao computador em actos íntimos. Deixa de ir ao computador mas fica com o telemóvel. E, quando regressa ao computador, fá-lo sem vigilância. Deus me livre de julgar pessoas em desespero. Por isso só faço este post agora, quando o puto já apareceu e não o fiz de manhã, quando as ganas de bater naquele pai me atacaram. Apesar de não ter filhos e de não ter nunca educado uma criança, admito que esta é uma tarefa titânica. Que exige muito das pessoas. E que não é o país que tem que preparar as crianças para os perigos da internet e da vida. São os pais. Que estão demasiado ocupados em serem "fixes". Que querem ser amigos dos filhos. Que cedem a chantagens, a choros e a birras. Nada sei sobre a vida do Igor além do que o pai do Igor nos contou na televisão e nos jornais. Mas desejo do fundo do coração que ela leve uma grande volta. E, para isso, talvez seja preciso o Igor levar um par de estalos.

The dog days are over

por Bad Girl, em 21.12.10

Felizmente para o mundo animal há mais uma criatura que encontrou o caminho da felicidade. O milhafre que tinha que se transvestir de águia a cada 15 dias termina assim uma vida de bordel. Já não há mais Luz(es) da ribalta para este bicho. Mais um ser tratado como um animal no cada vez mais incongruente mundo do futebol. Nem sequer me apetece comentar o contrato que vinculava o bicho ao clube, ou a possível transferência para a Lazio, que despoletou esta cadeia de emoções. Uma coisa com muito mais piada foi escrita por Tiago Mesquita na sua crónica do Expresso. Não é das melhores dele, não é. Mas os comentários são deliciosos. Tudo o que meta futebóis e túneis traz sempre à tona a pequenez da nossa gente. E ainda se acha que o animal aqui é o pobre do milhafre...    

Dos milagres de Natal

por Bad Girl, em 20.12.10

A A., que há coisa de doze anos olhou com desprezo para o J. quando ele disse que tinha uma amiga que vivia no prédio dela e respondeu: "Vive no 3º direito, mas a casa é alugada..." está gorda, tem filhos mal educados, um emprego de salário mínimo e duplo queixo. Pai Natal, cancela os presentes. Por mim, está feito.

...

por Bad Girl, em 20.12.10

A estupidez das massas

por Bad Girl, em 20.12.10

Por ter sido surpreendida pelo título que anunciava o estado de coma profundo em que se encontra Pôncio Monteiro, entrei na notícia para saber mais. Não conheço a pessoa em questão para além da televisão e uma ou outra ocasião profissional em que nos cruzamos. Tenho para mim que é uma pessoa bem disposta, com um sentido de humor peculiar e - importante - com níveis de educação que ultrapassam a média. Talvez por isso, talvez apenas porque o número de neurónios que habita o meu cérebro seja superior a dois, não consigo conceber que os comentários a esta notícia tenham o teor dos que eu li. Quando a rivalidade desportiva ultrapassa os níveis da decência, quando pessoas que se escudam por detrás da condição clubística se consideram no direito de se regozijarem pelo estado de quase morte de alguém, o mundo está perto de estar perdido. As pessoas vociferam nos fóruns da internet palavras de ordem que declaram a sua satisfação perante esta notícia. O ódio mortal com que brindamos os inimigos. Não é com um simples encolher de ombros e virar de cara que esta gente vê esta notícia. Não. É com deleite. Com desejo de pioras. Com raiva. Do homem que nunca lhes fez nada, a não ser ter escolhido um clube diferente do deles. Se ao menos estas criaturas canalizassem a toda esta energia para trabalhar, certamente a crise não lhes "mordia o rabo" todos os dias.

Uma questão quase de semântica

por Bad Girl, em 20.12.10

José Socrates critica quem se alia à pobreza pensando em resultados políticos. Faz-me sentido. Até porque Sócrates teve que se aliar à política para conseguir esta pobreza de resultados .

Das coisas más da vida

por Bad Girl, em 15.12.10

 

 

 

 

Em supondo que eu queria gastar dinheiro a comprar presentes para pessoas que odeio visceralmente, o disco dos BAN escalaria o Top de forma auspiciosa.

 

É que há coisas que me intrigam de sobremaneira. Por exemplo: porque é que um tipo que, quando novo, era ridículo, badocha e mau cantor acha que depois dos 45 anos e já com um queixo extra deve ressuscitar a banda morta há vinte anos e gravar uma nova coisa música? Ah, espera, é filho daquele senhor que veio para a rua em roupão reclamar da sua "prisão". Pronto, já está tudo explicado.

 

 

Se tiverem muita coragem (ou vontade de rir), vejam o vídeo...

Na Time, como na vida

por Bad Girl, em 15.12.10

O geek ganhou à espalha-brasas e ao queixinhas.

Típico.

Dos erros de casting

por Bad Girl, em 15.12.10

Passeava-me eu pelas notícias (!) do país quando soube da novidade: Júlia Pinheiro, a estridente apresentadora da TVI, vai para a SIC. Até aqui tudo bem, consigo perceber que a "carteira de clientes" de Júlia interesse à estação de Carnaxide. Logo a seguir leio que é ela quem vai apresentar o "The Biggest Loser (TBL)". Ora foi exactamente neste ponto que eu sofri um "piripaque" de um tamanho tal que houve pessoas que equacionaram a chamada do INEM. Recuperada que estou do choque, eis-me numa de prestar serviço público, a explicar aos senhores da SIC, como se eles fossem muito burros (a ser verdade a notícia, são mesmo), o porquê da minha insistência:

- Eu gostava de ver a versão portuguesa do programa. Até tenho tias que podiam participar nesse mesmo programa. Era bonito. Mas não vou poder. Não se a Júlia Pinheiro apresentar o programa. Nem eu nem, suspeito, nenhuma das pessoas que assistem ao original. Há algo que parece ultrapassar as pessoas que decidem nos canais de televisão e, a meu ver, é demasiado básico: as pessoas que se interessam pelos formatos originais, no cabo, não são as pessoas que se interessam pelas acompanhantes de luxo da Casa dos Segredos. Viram o que a RTP fez ao "Project Runway" e são anjinhos o suficiente para irem, também eles, meter a pata na poça.

Passo então a explicar de novo, agora do ponto de vista do concorrente: primeiro, se eu fosse uma pessoa com excesso de peso e me enfiassem num fim-de-mundo qualquer onde as únicas coisas que acontecem são mil horas diárias de exercício físico com um treinador aos gritos e privação de comida, não me interessava ter aquela voz a falar comigo. Também não me parece conveniente a abordagem típica de Júlia Pinheiro: "Concorrente azul, você perdeu 4 quilos esta semana e passou a barreira dos 100. Já se sente confiante para convidar a concorrente amarela para o seu quarto?" ou "Concorrente verde, vi-o olhar lascivamente para a concorrente roxa enquanto ela fazia abdominais. Pensa que quando sair daqui e vestirem ambos o 38 poderão casar?". Depois, porque a partir do terceiro mês, já vai haver concorrentes a olhar para a Júlia e a pensar: "mas porque raio é que não vais tu também para a passadeira?". A apresentadora do TBL não pode ser escanzelada. Mas tem que ser "boa". Aquela que as concorrentes querem ser quando terminar o programa. Aquela que os concorrentes acham que vão conseguir com uma melhor figura. A apresentadora do TBL tem que criar empatia. Eles têm que saber que ela sabe o que custa fazer "n" horas seguidas de ginásio. A única vantagem que eu vejo no facto de Júlia Pinheiro apresentar o TBL é que, quando houver aquelas provas de subir e descer a montanha, eles podem ouvi-la na perfeição, independentemente do quilómetro onde se encontram.

 

Eu já dei a receita para o sucesso. A desviarem-se das minhas orientações, vai haver um "biggest loser". Mas não é concorrente.

Oh Islândia, pelo amor da santa...

por Bad Girl, em 15.12.10

Quer dizer, durante anos as únicas coisas que a Islândia se lembrou de exportar foram a Björk e os Sigur Rós. Desde que faliu e se tornou tema de conversa, lembrou-se de nos impingir as cinzas do Eyjafjallajokull e ainda nos oferece um friozinho gostoso. Se ainda lhes ocorresse mandar a solução para sair deste miserável estado de putrefacção financeira em que nos encontramos...

 

 



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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!

 

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