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Li por aí que ser-se apartidário era uma triste desculpa para a desresponsabilização na altura de ir às urnas. Gostava de dizer às pessoas que acham isso, que ser-se apartidário (dos que têm consciência social e que votam) está longe de ser pêra doce. A vida não me é facilitada por eu ser apartidária, tal como não me é facilitada por eu ser agnóstica (teísta). Aquilo que para os outros está explicado à nascença, para mim é um desafio diário. Se, para muitos, a trovoada é um acto de Deus e pronto, para mim a trovoada é um fenómeno atmosférico. Pode formar-se no interior de massas de ar, por efeito orográfico, ou estar associada a frentes. E tudo se torna mais complicado. Eu sei que "não roubarei", mas isso para mim requer mais explicações do que ser um dos dez mandamentos. É todo um exercício, é toda uma luta diária que não se contenta com um "porque sim!". É o mesmo com o panorama político nacional. Não sou de esquerda. Não sou de direita. Há coisas em que sou tão à esquerda, que o Thein Sein ficaria de boca aberta ao ouvir-me falar, mas coisas há em que sou tão à direita que o Mussolini (se fosse vivo, claro) havia de cair duro no chão só de saber o que penso. E viver assim? Viver assim é muito difícil. Ao contrário dos que sabem que vão votar PS, por muita merda que Sócrates tenha feito, ou dos que vão votar PSD, apesar de deste partido fazer parte gente tão confiável quanto Zita Seabra ou Pedro Santana Lopes. Não tenho ideologia política (não confundir com falta de ideais, esses sobram-me) e sofro com isso todos os dias. Porque para ser a favor de certas coisas, neste país, convém que se seja contra outras coisas. E eu não peso as coisas assim, lamento lamentar (roubando a expressão à Teresa). Eu leio os programas. Eu procuro ouvir os debates. Tão depressa estou a bater palmas ao Portas como o estou a vaiar. Tão depressa enalteço o Louçã como digo que a criatura não deve viver neste país. Com o Sr. Jerónimo de Sousa simpatizo, o que não lhe dá o meu voto. Analiso o panorama político, a realidade do país. Posso votar à esquerda ou à direita, ao centro ou em branco. Mas voto sempre. E por isso não admito que venha para aí essa gente, resolvida à nascença, por ter a certeza que Deus/ Buda/ Jeová é que quis e que a coisa está bem se for à direita/ esquerda, dizer que ser apartidário é a saída fácil. Saída fácil é ser-se formatado. Saída fácil é ver Deus num partido e o Diabo em outro. Saída fácil é ir à praia em vez de votar. Ouvir, atentar, analisar, decidir... isto não é fácil. Mas é honesto.  

E de ver o "Engenheiro" Sócrates começar a coisa dizendo:

 - O senhor e o seu partido abriram uma crise política em Portugal por pura ambição e porque querem governar! Nós estávamos no bom caminho, a fazer tudo bem, e os senhores acharam que era o momento para abrir uma crise política, que levou à demissão do Governo e a estas eleições antecipadas.

4 debates. Sócrates debateu com 4 opositores e procurou sempre começar por levar a discussão por este caminho. E não houve, em nenhum dos 4 candidatos, a capacidade de dizer que o PEC IV não precisava de ser aprovado pelos outros partidos, tivesse o PS muita vontade de assumir sozinho os destinos do país. Ou que tivesse perguntado ao PM porque é que ele virou costas da discussão do PEC IV e deixou o ministro Teixeira dos Santos sozinho a representá-lo, se era assim tão importante ou, melhor ainda, porque é que não houve nenhum candidato (Paulo Portas andou lá às voltas, mas não foi directo o suficiente) que tivesse dito na cara de José Sócrates que as medidas do PEC IV são muito semelhantes às que a Troika impôs, não fosse o detalhe de elas serem passíveis de resultar quando combinadas com uma injecção de € 78.000.000.000. Detalhes, claro. E se a crise política aconteceu porque o Governo se demitiu, e se o Governo se demitiu pelo chumbo do PEC IV, e se o PEC IV era suficiente, então andam para aí € 78.000.000.000 perfeitamente desnecessários e a precisar de colo. Pequeninos, venham cá, vá, eu trato de vocês... 

E eu gosto tanto. Ao contrário da caça desportiva, contra a qual sou a favor (não, não é lapso, leiam lá outra vez...), há poucas coisas que eu aprecio da mesma forma que aprecio a caça ao voto. Há uma quase magia nesta coisa de agarrar votos que andam por aí a passear em mãos alheias... Há duas semanas, milhares de votos sem dono, e vale tudo menos arrancar olhos. Quer dizer, se for preciso arrancar um ou outro olho, também não é por isso que vai o gato às filhoses... As técnicas são várias e passam por vários ambientes: o ambiente de festa, criado para o momento, nem que para isso seja preciso usar as Embaixadas e convidar imigrantes sem voto... na matéria e na urna. O ambiente rural, que leva a beber um copinho de tinto às 10 da manhã. O ambiente popular, propício a beijar crianças e pessoas em geral, algumas de higiene duvidosa. O político português, que o povo nem sempre (re)conhece percebe tanto de caça como uma cabra surda. O político português sai de casa com as armas erradas. Leva fisgas para caçar ursos. Toda a gente sabe que o cidadão é um bicho que não se deixa caçar de qualquer maneira. Não é bicho que se ponha a jeito. Até pode ser. Mas o cidadão que se põe a jeito já está caçado. Só falta pôr uma laranja na própria boca e deitar-se em cima de uma travessa. O cidadão indeciso, aquele que o político quer caçar, não está para ouvir longos discursos sobre o que está mal no país. Ele sabe. Ele tem de pagar contas no final do mês. Também não consegue suportar a condescendência alheia. Apesar de viver com dificuldades, não precisa que gajos que não sabem o que isso é venham dizer que compreendem. Compreendem, exactamente, quando? Quando gastam milhares de euro na campanha? Ou quando vão jogar golfe? Ou quando os seus motoristas levam os seus filhos ao colégio? Os políticos não compreendem nada do que é a vida de um cidadão. Se querem ser bem sucedidos nesta coisa de caçar votos, não podem mentir ainda mais. Vocês não compreendem. Assumam. Podem beijar dezenas de putos com ranho que não irão compreender. Uma dica? Sejam claros na mensagem. Digam o que vão fazer. Sem relambórios. Sem falsos paralelos. Se não, olhem, vão ser como este beagle... 

 

 

Ontem ganhamos o segundo troféu mais importante do futebol na Europa. Para terminar em grande um digno e brilhante trajecto, a taça veio para o Dragão. Eu não sou de ir para a rua celebrar, mas vá quem gosta. E não sou de ir para a rua receber a equipa, mas vá quem gosta. Compreendo isso. O que não compreendo e não aceito, por ser digno de um bando de gente frustrada e com sentimentos de inferioridade é que os cânticos, que deviam parabenizar a equipa que ganhou, se transformem em insultos a uma equipa que nem sequer jogou nesta final. É triste, é indigno e chega até a ser merecedor de pena que gente que devia estar contente e a celebrar os feitos da sua equipa dedique tempos que deviam ser de alegria a demonstrar que não estão à altura do troféu que a sua equipa trouxe para casa.

 

Ao F.C.P. os meus parabéns e o meu agradecimento por esta alegria.

Ao Braga os meus parabéns também. Chegaram tão longe quanto podiam.

A todos outros... quando houver confrontos directos, logo terei alguma coisa para lhes dizer.

Sócrates chorou

por Bad Girl, em 19.05.11

Ontem estive dedicada a outro tema que não se discute à mesa que não a política e só hoje soube desse belo momento de entretenimento e drama, que foi a lágrima de José Sócrates. E ocorre-me, ao ver as imagens desse momento, o mesmo que me ocorre quando vejo a capa da TVMais desta semana:

 

1 - Que grande paneleirice!

2 - Só ele é que não vê o quão ridículo é, certo?

3 - Um dia, se Deus quiser, ainda havemos de poder sair à rua sem dar de caras com esta criatura!

4 - Este gajo já foi acusado de tanta coisa... porque é que ele não está preso?

5 - (esta tira uma lágrima à minha pessoa) É disto que o povo gosta...

 

De tiro no pé em tiro no pé

por Bad Girl, em 17.05.11

Caro PSD,

(vai assim, sem personalizar destinatários porque, lamentavelmente, me vejo obrigada a colocar todos no mesmo saco)

 

Imaginem que vos aparecia uma oportunidade de governar o país dois anos antes do previsto. De José Sócrates já se sabe, ganha a todos em propaganda com truques que lhe explicou o Luís, que não passam de uma escolha da cor certa para a gravata ou do profissionalizado "diz que não disse porque afinal disse mas não era bem isso que eu queria dizer". O povo estava farto, vocês já tinham despachado a Dr.ª Ferreira Leite (que, convenhamos, tinha "apenas" e "só" um deficit de carisma), arranjaram um senhor que tem bom ar, fatos parecidos com os do Eng. Sócrates... tinha tudo para dar certo, não era? Não, não era. Era importante que viessem cá aqueles senhores estrangeiros que estudam coisas para ver o que aqui se está a passar: vocês armaram-se em arrogantes e desataram a dar tiros nos pés. O povo é ingénuo, na sua generalidade? É. O povo tem memória curta? Tem. O povo tende a perdoar quem só lhes lixa a vida? Tende. Mas há uma coisa que o povo não aceita, e isso é a falta de respeito. O povo é ingénuo mas não é burro. O povo não gosta de ser pisado e humilhado. O povo não gosta que gozem com a cara deles. O povo não se chateia se vocês têm aí um tipo que diz "pentelhos", mas o povo não come que vocês vão buscar um gajo que ainda ontem era independente e apartidário e anteontem só pensava nos outros, sendo que os outros são, essencialmente, os seus familiares que constam do payroll da organização sem fins lucrativos a que ele presidia. Só aí, me parece, perderam 500 mil eleitores. E ontem foram mais 500 mil. A mim nunca tiveram, quase arrisco a dizer que nunca terão, mas ter-me-iam perdido no momento em que me obrigam a pensar que neste aspecto concordo com José Sócrates. E lamento confundir o PSD com PPC, mas a verdade é que ele é o líder. Se mal lhe corre, mal lhes corre. Ainda assim, e por achar que vos poderá cair um raio de lucidez em cima, vou explicar o quão injustas, levianas e ofensivas são as declarações de ontem de PPC: a única pessoa que conheço que fez parte das Novas Oportunidades foi o Sr. D. Já aqui falei no Sr. D. E aqui também. O Sr. D. trabalha de segunda a sexta, das 7 da manhã às 3 da tarde, quando corre tudo bem. O trabalho do Sr. D. é, sobretudo, físico. O Sr. D. vai trabalhar de autocarro, pelo que se levantará, presumo, aí às 5h30 da manhã. Depois disto, e a trabalhar há 15 anos no mesmo sítio, o Sr. D. bem podia ir para casa tratar de pôr os pés ao alto e ver a bola na televisão. Mas não. O Sr. D. foi para as Novas Oportunidades. Estudou, esforçou-se, e concluiu o 12º ano. Ignorante, se me permite, é o Dr. Passos Coelho, por achar que o esforço das pessoas como o Sr. D. pode ser menosprezado, minimizado e usado no lamaçal que é esta campanha eleitoral. Lamentavelmente, o Sr. D. não teve possibilidade de estudar, ao contrário do Dr. Passos Coelho e de mim. Os conhecimentos académicos não fazem do Dr. Passos Coelho ou de mim pessoas intelectualmente superiores. Anda por aí muita gente cheia de diplomas que nem a língua do seu país sabe falar. Anda por aí muita gente que, de diploma na mão, se acha no direito de reclamar que está "à rasca". Ignorância, Dr. Passos Coelho, é catalogar as pessoas. Ignorante é o Dr. passos Coelho porque não sabe que a palavra "ignorância" significa, também, incompetência. E haverá alguém mais incompetente do que um líder de um partido que tinha tudo para ganhar e conseguiu deitar fora um milhão de votos em menos de um mês? Tenha vergonha, Dr. Passos Coelho, da sua ignorância. A sua falta de ciência e de saber (a.k.a "ignorância") leva-o a não perceber aquilo que é óbvio para mim que, de política, só sei que não são pessoas como o senhor que merecem o meu voto.  

 

€ 200,00 por 2/3 dias? E depois? Não telefona? Nem sequer ficam amigos no Facebook? Parece-me que a coisa do "bom carácter" fica ligeiramente mal aplicada, tendo isso em conta, não?

Olha, cãozinho, és lindo de morrer, mas isso que tu fazes tem um nome, e não é bonito, tá?

 

Bad descobriu o Custo Justo e ainda não parou de rir....

...e provavelmente até já foi feita por aí.

 

Não será por isso, porém, que não a vou fazer. Cá vai:

Dominique, filho, tivesses tu optado por vir fazer essas marotices a Portugal e estavas descansadinho da vida. Se a moça foi capaz de ir pelo próprio pé apresentar queixa, se não se esvaiu em sangue durante (ou imediatamente após) a violação, então estás na boa. A dita Justiça deste jardim à beira-mar plantado ainda condenaria a Direcção do Hotel a pedir-te desculpas pela ousadia da farda da funcionária. Mas não, Portugal é um país pobrezinho... tinhas de ir para a América, não é? Olha, agora desembrulha-te. 

 

Deixei-me de oratórias. O print screen fala por si. Há roupeiros que aceitam roupa de diferentes estações e um quarto para laboratório de fotografia. Seria de pensar que, depois de pagar 390 000 € por uma casa, fosse possível fazer o que quiséssemos dela. Mas não.

Imagem daqui.

 

Antes de mais deixem-me adiantar, desde já, um pedido de desculpas pela minha intolerância. Tendo em conta que é o segundo post que dedico à justiça em Portugal no curto espaço de 3 semanas, imagino que haja um problema com a minha pessoa. Serei, certamente, alguém deveras intolerante. Uma pessoa crédula, a quem ensinaram que a Justiça servia os que são vítimas de crimes. Obviamente fui alvo de um processo educacional cheio de falácias e quimeras, ao qual os senhores serão completamente alheios. Tenho cá para comigo que os senhores fizeram muito bem em ilibar o psiquiatra João Villas Boas. Espero que, para além de porem a senhora violada no lugar dela, tenham tratado de dar uma recompensa ao psiquiatra João Villas Boas (tenho de repetir muitas vezes o nome do Dr. João Villas Boas para não me esquecer de, um dia que me apeteça ser violada com jeitinho, marcar uma consulta no seu consultório) por ter criado um novo estatuto de criminoso: o de violador gentil. A juíza (sim, foi uma mulher que redigiu o acordo) achou que o Dr. João Villas Boas não foi suficientemente violento com a senhora grávida de 34 semanas que ele violou, como ficou provado. Mas foi ilibado por ter sido um cavalheiro. Há, inclusive, uma nova classe de violadores a aparecer neste país: os violadores-queridinhos. Vamos lá ver: a senhora foi a uma consulta de psiquiatria. Mas isso não quer dizer que ela estivesse fragilizada. Não. Eu há dias em que estou tão bem e com tanta vontade de fof£r com o primeiro filho da grandessíssima puta que me aparecer, que decido marcar uma consulta de psiquiatria:

 - Então, Dona Bad, o que a traz por cá?

 - Olhe, Sr. Doutor, nem sei bem. Ando muito contente, a tomar decisões sensatas e com uma paz de espírito tal, que só me apetecia que o senhor me puxasse pelos cabelos quando eu fosse a tentar fugir por aquela porta, onde está escrito Dr. João Villas Boas, e me obrigasse a ter sexo consigo.

 - Ui, mas isso eu não posso fazer, é violação.

 - Não é nada. Se for julgado no Tribunal da Relação do Porto, eles vão achar que, não havendo rebentamento da minha boca, traumatismos dos membros ou hematomas vários, eu devo inclusive sair por esta porta e pagar a consulta.  

Façam-me o favor de ter vergonha na cara, até porque não é para ter decisões destas que eu vos pago. Violação é violação. Eu vou explicar (eu sei que os senhores andaram a estudar mais anos do que eu, mas parece-me que há qualquer coisa que vos toldou o pensamento. Pena não ter sido um bloco de cimento): se eu estiver onde quer que esteja, nem que seja em casa, com o meu marido, e eu disser (só disser, sem arranhar, sem gritar) que NÃO quero sexo e ele me puxar pelos cabelos e me obrigar a fazê-lo, isso é violação. E eu esperaria, se fosse caso disso, que a minha queixa desse na prisão do gajo que me tivesse OBRIGADO a ter sexo. Fosse o Dr. João Villas Boas ou não. É-me tão difícil conceber que pessoas como os senhores consigam dormir à noite que só desejo que as vossas insónias sejam tantas e tão grandes que, a certo ponto, sintam a necessidade de consultar um psiquiatra. Quando esse dia chegar, já sabem. Liguem para o Dr. João Villas Boas. É um cavalheiro do c@r@lho, olhem o que vos digo.



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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!

 

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