por Bad Girl, em 30.03.13
... e que valem mesmo a pena.
Vamos dar início à narrativa (parece que a palavra está na moda):
Na quinta-feira passada uma colega e eu tivemos uma reunião. Deixamos o carro no piso -3 do parque e entramos no elevador. O elevador parou no -2 e entraram dois idiotas. Eu devia ter escrito senhores, ou homens, mas não me parece adequado, e isso ia tornar a narrativa pouco fiel à realidade. Adiante, os dois parvos entram e nem "boa tarde" nem nada, isso ainda é o menos. Continuam a conversa que traziam de trás, um deles explicava ao outro que os filhos frequentavam um colégio privado, tem todas as condições, os miúdos saem de lá outra louça, fazia toda a diferença. Custa caro, sim senhores, mas vale a pena, já ele tinha andado também num colégio privado e isso fez toda a diferença, claro que também valeu a pena, e depois o elevador chegou ao zero e eles passaram-nos à frente, de duas mulheres, ambas de saia e salto alto, não dava para confundir, e seguiram a sua vida, e eu lá disse em alto que sim, que valia mesmo a pena aquilo do colégio privado, que a educação era de um esmero irrepreensível. As pessoas são tão absurdas, nos seus mundos pequeninos e tacanhos, nas virtudes públicas e no nojo que são em privado...
por Bad Girl, em 27.03.13
Desparasitante interior para os dois adultos cá de casa: € 4,42 (os dois)
Desparasitante interior para a cadela cá de casa: € 9,99 (sim, só um)
Desparasitante exterior para a cadela cá de casa: € 20,15 (certo, só um)
Nao é que este país não seja para cães. Está mau é para os donos....
por Bad Girl, em 26.03.13
Andam a gastar tempo e recursos para deslindar a causa da morte do oligarca russo Boris Berezovsky, quando tudo me parece tão óbvio que dá pena.
Ora um oligarca é uma pessoa que tem algum dinheiro. Uma pessoa que pode ter carros topo de gama, casas de praia, casas de campo, aviões particulares, e que pode levar pessoas a jantar a Veneza. Um oligarca é uma pessoa ocupada. Uma pessoa que resolve problemas. Berezovsky tinha e era tudo isto e, por isso, tinha também meio caminho andado para conquistar Kátia Aveiro. Mas há coisas que o dinheiro não pode comprar, e acordar cheiroso era uma delas. Berezovsky leu a descrição do homem ideal de Kátia, cheirou-se ao acordar e... decidiu pôr termo à vida.
Fechem o caso e dediquem-se a coisas mais importantes. Encontrar um homem para a Kátia, por exemplo. Isto é uma coisa que me está a apoquentar desde ontem...
por Bad Girl, em 22.03.13

Bad, uma "mãe" babada...
por Bad Girl, em 22.03.13
... É provavelmente uma analogia.
Não é nada. Hoje eu só quero contar-vos uma história sobre a vida cá em casa, vejam lá ao que chegamos.
A minha cadela tem uns rituais admiráveis. Por exemplo, terminada que está a hora de devorar a ração, ela dirige-se ao jardim, dá meia dúzia de voltas, efectua o seu cocó, e desata a correr casa adentro, olhando com desprezo para a merda que fez. Não achem que isto é uma analogia ao facto de José Sócrates ir comentar o estado do país. Esqueçam lá isso.
por Bad Girl, em 21.03.13
Mas ver estas imagens e escolher o título "Mulher de Messi passeia classe (e o filho) em Barcelona" é, no mínimo, uma grande liberdade poética.
Eu sei que a senhora até traz com ela a tal carteira Chanel que dá com tudo, mas eu juro que há uma senhora que anda por ali pela zona do Parque da Cidade (é mais ao fim da tarde e à noite), que tem o mesmo género de... "classe".


Gostos não se discutem. Se calhar é o street fashion levado a todo um outro nível.
por Bad Girl, em 15.03.13
... a sair airosamente (??!!??) de uma situação ABSOLUTAMENTE VERGONHOSA:
Bad - Todos iguais! Os homens são todos iguais!
MQT - Então?
Bad - Já estamos os dois em casa há mais de duas horas e tu nem reparaste que eu fui ao cabeleireiro!
(Breve pausa para dizer que eu sou pessoa para ir ao cabeleireiro uma vez de seis em seis meses. Aproximadamente. E que o que lá faço é basicamente... esticar o cabelo que é, de si, escorrido...)
MQT - Foste ao cabeleireiro?
Bad - Ainda perguntas?
(Estratégia 1: virar o bico ao prego)
MQT - Então e não me disseste nada? Das vezes que falamos durante o dia, bem me podias ter dito que ias ao cabeleireiro.
Bad - Não disse porque queria ver se reparavas! (Mentira. Não disse porque não calhou)
(Estratégia 2: bullshit)
MQT - Andas sempre com o cabelo tão bem, que nem dei pela diferença.
Bad - Essa não serve.
(Estratégia 3: arranjemos uma causa comum)
MQT - Olha lá, então o Benfica já está a ganhar?
Pronto, é assim.
por Bad Girl, em 15.03.13
HabemUs Papam.
(Habemos papa é castelhano)
Habemos Papam é só uma misturada.
por Bad Girl, em 14.03.13
... ordinário e nojento, mas se eu não o explicar no final, só compreende quem tiver uma mente tão conspurcada como a minha.
Então é isto: hoje estávamos a falar de menstruação, cá em casa é assim, os temas são muito variados, quando MQT exclama:
- Agora já não se pode dizer "estou com o Xico", por causa do Papa.
E eu tão depressa repliquei "Pois não!...", como digo:
- Esquece, nunca fez tanto sentido.
- Ah?
- Não leste o "Sexus"?
E era isto. Quem entendeu, entendeu, quem não entendeu, melhor assim, fica mais perto do Céu.
por Bad Girl, em 13.03.13
Imaginem que, um dia, o banco vos liga para comunicar que, provavelmente, vocês foram vítimas de fraude. Vocês, que como não usam o cartão de crédito, não viram o extracto e não perceberam os dois movimentos com um total de 700 € de compras à RENFE estavam lá por engano. Cancelam logo o cartão e ficam a pensar que 'sim senhores, aquilo é um banco de categoria, que protege os clientes' e atiram as mãos para o ar, que o banco percebeu que era uma fraude e não cobrou nada, certo?
Errado.
O banco cobrou o dinheiro, dois ou três meses depois do movimento mas cinco minutos depois da chamada. E tu? Tu vais ali à esquadra fazer queixa. E o senhor agente de autoridade, a custo e em pleno uso de ambos os indicadores, escreve a queixa, pesadamente, naquele bicho papão que dá pelo nome de com-pu-ta-dor. E tu esperas, com a serenidade de que és capaz, que o tac-tac-tac-tac termine. E ele termina, e tu pedes uma cópia da queixa e uma justificação para teres perdido ali grande parte da tua mocidade, e não há cá disso, pega lá um papelinho rasgado com o número do processo, já não se dão cópias de queixas, isso era dantes. Pegas no número e vais ao DCIAP daqui a uma semana, e aí sim, habemus cópia. Mas não habemus nada, lá no DCIAP informam que uma semana é para meninos, esperas aí um mês. No entretanto, vais ligando para saber que tal está a queixa, se vai ou não. E tu vais ligando, mas não há alma que te atenda. E tu desistes e apareces, cumprido que está o mês. Surpresa das surpresas: a dita mudou-se para a PJ. Como assim? Assim. Sem mais. Nem menos. Por acaso não, até ha mais: se queres uma cópia da queixa, preenches um papel. E esperas que a PJ te ligue, para te dizer que o papel está pronto. E liga. Quinze dias depois, mas liga. E tu lá vais, a pensar onde estará o papel agora. No Ministério da Administração Interna? No Gabinete do PM? Quem sabe se no Mundo? Sossegue-se: o papel está lá e tu irás tê-lo nas tuas mãos em breve. Antes disso, vens ali à tesouraria pagar. E tu dizes à senhora que não tens dinheiro contigo, só umas moedas. A senhora não quer saber, vais na mesma, aquilo custa pouco. E tu vais, e é mesmo pouco dinheiro, e tu pagas e já tens o papel, e já te apetece chorar, de tanta emoção, e corres para o banco, para lhes mostrares o papel, e eles que devolvam o dinheiro, e eles preenchem os papeis, e ficam-te com cópia da queixa, e a coisa parece que encontrou o seu caminho, e três dias depois ligam-te da merda do banco a informar que o puto do papel que suaste as estopinhas para lhes entregar não chega, tens, claro, de lá ir preencher um papel próprio para o efeito. Fazendo-te acompanhar do extracto do cartão de crédito. Sim, de há três ou quatro meses atrás. E perguntam vocês: mas eles não têm isso? Acham que nesta história há respostas fáceis?