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Juro que ia...

por Bad Girl, em 30.01.14

Eu ia fazer uma carta aberta ao Hugo Soares. Parece que estão na moda, e sempre variávamos um pouco da coisa das praxes. Mas depois pus-me a pensar que escrever a um sujeito que faz 31 anos daqui a 3 dias e que é o líder da Juventude Social Democrata é o mesmo que escrever uma carta ao Chapeleiro Maluco, e então desisti.

Em não vingando na carreira política...

por Bad Girl, em 28.01.14

... Isabel Moreira pode muito bem "abrir" um fashion blog.

 

 

Cancro 1 on 1 - Lição I

por Bad Girl, em 28.01.14

Um destes dias cheguei à conclusão que não tinha rentabilizado a coisa do cancro o suficiente. A verdade é que o cabrãozinho já está quase de partida (digo eu, espero eu) e pouco o capitalizei. Como não me apetece fazê-lo em proveito próprio (nem um pateta de um buldogue francês consegui sacar com isto), e como tenho tido alguns contactos de pessoas que estão a passar pelo mesmo, ou parecido, nesta ou em outra fase, não quero deixar de partilhar aprendizagens que chegaram ou se reforçaram com esta experiência. Não são lições de vida, quem sou eu lá para isso, são merdas que me vão ocorrendo. Coisas pequenas. Grandes. Futilidades. Grandes pensamentos. Dicas. O que seja. Não esperem grandes coisas, filosofias interessantíssimas, tratados sobre o cancro. São só palavras. Umas atrás das outras.

Então vamos à primeira lição, que pode não ter sido a primeira que eu tirei, mas é muito importante. É fútil? O mais possível. Mas a pessoa tem cancro, por mais fútil que seja não consegue ser trivial.

Houve um dia que eu fiquei muito abalada com uma notícia. Curiosamente não foi o dia em que me disseram que agora muito bem, vá lá seguir a sua vida no IPO (sim, demorei um bocadinho a deixar de dizer que ia tratar-me no IPO para passar a dizer que tinha cancro). Foi no dia em que a cabra da vida decidiu ironizar mais uma vez comigo, pessoa a quem os tratamentos estavam a correr bem, e me mandou dizer que MTX era para meninos, vamos lá mudar para um tratamento a sério. Daqueles que metem internamentos, e muitos químicos, e cabelos a cair em catadupa. Foi nesse dia que me senti mesmo pequenina e absolutamente impotente. Precisamente nesse dia, estava eu na merda e com cara de quem estava na merda, à espera de uma consulta que se atrasou o que as consultas no IPO se atrasam, quando entra na sala de espera a única pessoa do mundo que eu odeio. De malinha, não para ser internada, mas para se pendurar à porta dos médicos a fazer propaganda. E eu, que não via a meretriz há quase 10 anos, dei de caras com ela no dia em que me sentia pequenina, feia e fraca. E decidi, naquele momento, que independentemente do cabelo que caísse, da cor pastel que a minha pele fosse ter ou da fraqueza que eu sentisse, nunca mais havia eu de sair de casa ou de qualquer lado sem estar, pelo menos, irrepreensível. Porque nunca sabemos quem vamos encontrar. E muitas vezes encontramo-nos a nós, ao espelho. E é tão bom ter uma pessoa com bom ar a olhar para nós…

Os merdas

por Bad Girl, em 21.01.14
Todos já tivemos a infelicidade de nos cruzar com um merdas. Ou mais. Os merdas são os tipos dos falsos poderes. Estão em todo o lado, espalhados aleatoriamente pela sociedade. Ocupam papéis diferentes na vida, podendo apenas ter em comum o facto de serem uns merdas. Lamentavelmente um frustrado será sempre um frustrado, e um frustrado pode ser um merdas. É-o, na maior parte das vezes. Já se cruzaram com um segurança que passou um bocadinho das marcas? Um daqueles que vem ter convosco e diz bruscamente que não podem ter ali o carro? Que larga um "quem manda aqui sou eu" no meio da conversa? Um merdas. Já tiveram aquele empregado de mesa que se faz muito difícil e parece que não ouve chamar? Que atira com as coisas para cima da mesa? Que olha quando vocês chamam e diz "calma, que já vou! Deve estar com pressa...". Um merdas. O camionista que aproveita a enorme dimensão do seu veículo e vos espreme para a faixa do lado? Um merdas. O tipo das Finanças que vê a fila enorme para atender e começa a falar com o colega do lado? Um merdas. A telefonista que vê pessoas à espera e continua a falar com a mãe ou a amiga ao telefone? Um(a) merdas. O director que percebe que um dos elementos da equipa é melhor do que ele e o despacha? Um merdas. Os exemplos são inúmeros e exclusivos de área nenhuma. Os exemplos acima são apenas isso, exemplos. Conheço mais seguranças, empregados de mesa ou telefonistas de bem com a vida do que "merdas", mas lá que os vai havendo, nesse ou em outros lados, lá isso... Voltando ao tema, sempre achei que no topo da classe de merdas, de déspotas frustrados, estão esse mistério da humanidade que são os gajos das praxes. Não falo de praxes ligeiras, se é que as há, mas daqueles animais que usam a praxe para humilhar. Para demonstrar falsos poderes. Gajos que exigem ser chamados de "doutores" antes de efectivamente o serem, que humilham miúdos a título sei lá do quê. Que se regozijam ao submeter pares ao vexame. Dou de barato que não entender todo o conceito e interesse da praxe seja um problema meu. Que há, efectivamente, quem se divirta de forma saudável nas praxes. Dou isso de barato. Não dou de barato que sociopatas possam dar largas a frustrações diversas perante a indiferença de instituições que têm a obrigação de formar pessoas. É medieval, selvagem e inaceitável. Obviamente a origem deste post está no infeliz caso dos miúdos do Meco. Não sei se morreram por causa de praxes. Espero, sinceramente, que não. Seria, além do trágico que já é, abominável. Mas a ideia não deixa de ser assustadora. O que também é assustador é que umas miúdas desta universidade, quando confrontadas com a possibilidade de a morte de uma amiga ter tido origem numa praxe, digam que a praxe as prepara para a vida. Claramente não prepara. Nem esta nem outras praxes. Mas há-de dar um ou dois merdas que vão andar por aí.

Todas as aldeias têm um tolo...

por Bad Girl, em 06.01.14

(Desculpem, nada tenho de novo para dizer sobre o tema do momento, já tudo foi dito e redito, lamento a morte de Eusébio mas não é isso que me traz cá)

 

Está o povo indignado, em choque e de dedo em riste a partilhar as infelizes declarações de Soares sobre a morte de Eusébio. Como se de uma novidade se tratasse, Mário Soares cuspir alarvidades senis. Anda a fazê-lo há anos e anos. Só no ano passado partilhei aqui, ou no Facebook daqui, uma boa meia dúzia de infelizes, quando não ofensivas, quando não incendiárias, declarações do senhor. Já me perguntei quem lhe dá tempo de antena. Já questionei porque é que se perde ainda mais tempo de antena a analisar as declarações dementes de tal pessoa. Quem vai a correr atrás do que um velho caduco terá para dizer. Não tenho respostas. E, até ontem, achei que estava sozinha em todas estas minhas questões. Que toda a gente percebia o que dizia o senhor, que o que ele tinha para dizer era de somais importância e eu, estúpida ignorante, não sabia interpretar. Agora parece que o país acordou para o facto de Mário Soares ser uma pessoa que, ainda que com a desculpa da demência, não tem assim um carácter por aí além. Mas algo me diz que, como país de má memória que somos, vai passar num instante e não tarda veremos novamente Mário Soares opinar sobre o Governo, a crise, a Troika, o desemprego e tudo em geral, como se nada tivesse feito para estarmos no estado em que nos encontramos. E haverá aplausos. Citações. Partilhas no Facebook. Já ninguém se lembra outra vez.

Costumer service for dummies

por Bad Girl, em 04.01.14
Ora bem, começar por onde?
Pelo princípio, vamos lá a isso: no dia 31 de Dezembro, imbuída pela coisa dos super-poderes dos desejos, passei-me da cabeça e desejei isto no Facebook:
É ousado. Talvez um pouco "over the top", mas era o último dia do ano e eu tinha 12 desejos, achei por bem gastar ali um. A verdade é que terei feito, pelo menos, 12 encomendas em 2013 no Continente Online. Simpáticos, pontuais e isso, mas não há uma encomenda que venha completa. Falta sempre qualquer coisa. E isso chateia a pessoa, que não está para acabar de receber as compras em casa, de pantufas, e verificar que lhe faltam coisas e que vai ter de se calçar para ir ao supermercado.
Ora atentas a isto, as pessoas do Continente Online tiveram uma ideia. A pensar em MIM, claro está. E no dia 02 de Janeiro, muito pela noitinha, mandaram-me a solução para os meus problemas. Cá está ela:
As coisas que o Continente Online não foi capaz de me entregar, apesar de estarem disponíveis online, totalizavam cerca de 20€. A entrega custa entre 4 e 6€, dependendo se queremos escolher a hora da mesma ou não. O Continente, a pensar em MIM, dá-me a oportunidade de corrigir a sua falha, compensando-me com 5€ que eu irei gastar para eles me virem entregar o que não conseguiram entregar da outra vez, desde que eu arranje mais 30€ de coisas para encomendar, que eles não estão para mandar uma carrinha para me entregar 20€ de coisas. E, claro, tenho dois dias para decidir se quero aproveitar esta fantástica oportunidade. Mas eu não quero. Até me senti tentada, fazer uma encomenda que perfizesse 50€, depois eles ligavam-me a dizer que isto ou aquilo não estava disponível, o que baixava o total da compra mas, como a culpa não era minha (nunca é), será que aplicavam o desconto? Porém, a minha curiosidade não é tão grande como a raiva que me dá quando fazem de mim parva e, por isso, passo. Passo a compra e passo o Continente Online. Ando oficialmente à procura de um supermercado online para sermos felizes em 2014.


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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!

 

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