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Então mas isto não eram só blogues*?

por Bad Girl, em 30.06.14

Vi dois minutos, julgo que não terão sido mais do que dois minutos daquele programa novo da SIC Mulher, e estarreci. Isto são só blogues, tenho a certeza, mas ao olhar para aquilo não me pareceu nada que isto sejam só blogues. Recomendação para quem quer ter um blogue: “não se metam nisso”? De verdade? Mas em que submundo da blogosfera estou eu metida para não perceber a carga de trabalhos que é ter um blogue? Caramba, eu juro que achava que isto era um prazer para todos. Não sou anjinha, sei bem das tricas que sempre houve, das aspirações a mais visitas, mais ofertas, mais comentários, mais likes, mais publicidade, mas, no fundo, isto nunca passou daquilo que, para mim, era óbvio: isto são só blogues. Afinal, parece que não. Talvez eu tenha parado no tempo e isto já não sejam só blogues, mas a Casa dos Segredos ou o Big Brother da internet. E aquela coisa de a vida dar um blogue, mas que raio é isso, se isto são só blogues já a vida não é só isto, e o bom de isto serem só blogues é que a pessoa pode tirar apenas e só o melhor de fazer parte da experiência. Faz-me confusão. Causa-me estranheza. Mas o bom de isto serem só blogues é que, feita a análise, só volto a pensar nisso daqui por muito tempo. Um ano e meio, se calhar (há posts que nunca perdem a validade...).

 

* Line roubada ao Pipoco.

...

por Bad Girl, em 25.06.14
As mulheres são burras. Não são todas as mulheres, nem as mulheres são sempre burras mas, a certa altura da vida, as mulheres são burras. Inocentes, vá. Fico-me pelo 'inocentes' para não assumir que, também eu, a certa altura da vida, tive os meus momentos de burrice. Adiante. As mulheres, às vezes, ficam com o pensamento toldado. E eu não sei se é hormonal, se é social, se é psicológico ou se é uma amálgama, mas sei que, de vez em quando, papamos uns grupos. Atire a primeira pedra quem não papou um ou outro grupo na vida. Ou melhor, não atirem. Guardem-na, porque, mais cedo ou mais tarde, um 'grupo' há-de aparecer no vosso caminho e vocês, vítimas das circunstâncias, hão-de papá-lo. Inevitável, como a morte e os impostos. Serve esta constatação para eu própria me ajudar a compreender uma amiga (sim, é uma amiga, não uma "amiga", que eu não estou em fase de papar grupos) que, enganada pelo marido, pediu o divórcio e se remeteu à triste condição de pessoa 'feia e desinteressante de quem ninguém gosta'. E não, a minha amiga está longe de ser feia, desinteressante e não me parece que não haja uma alminha no mundo que não venha a gostar dela. No sentido carnal, claro está. O problema é que a minha amiga passou demasiado tempo a remoer estas ideias e a achincalhar a sua auto-estima. E, claro, colocou-se lá bem no fundo da "cadeia", ao nível de um fungo. Ora todos sabemos que há fungos piores e fungos melhores, mas que até o mais caro dos fungos é 'caçado' por... Porcos. Claro que uma pessoa neste estado de fragilidade e mau amor encontra quem, pelo caminho? O gajo que está com 'problemas no casamento'. Eu juro que não sei como é que, em pleno século XXI, ainda há pessoas que desconhecem essa coisa chamada divórcio. Porque, a meu ver, se tens problemas no casamento, ou te divorcias ou os resolves. Andar atrás de outra pessoa não me parece o caminho a seguir. E está certo, a minha amiga é adulta, tem todas as faculdades mentais operativas e devia ter discernimento para não papar grupos. Mas não tem. Não completamente. E não neste momento. Porque a minha amiga acha que é um fungo. E, ainda que seja uma trufa, está a jeito de ser descoberta por um porco.

E se fosse?

por Bad Girl, em 24.06.14
Somos um bando de hipócritas, cegos seguidores do 'politicamente correcto'. Assim, sem paninhos quentes nem rodriguinhos (Seguro, olha tu a fazeres escola). No passado Domingo muitas foram as piadas feitas à conta do penteado de Cristiano Ronaldo. Eu calhei de não gozar com o design da coisa, podia tê-lo feito, mas não me apeteceu. Não é do pior que se faz por aqueles lados, não calhou de me sair nada, podia ter saído. Mas há pessoas que gozaram com o penteado, é assim com as figuras públicas, põe-se a jeito e nós, comuns mortais, em calhando, gozamos. A elas tanto se lhes dá como se lhes deu, ganham o mesmo ao fim do mês, e nós damos umas gargalhadas. As reacções não se fizeram esperar. As primeiras pessoas, reagindo a quente, sentenciaram a famosa, e desgastada, inveja. A inveja serve para tudo, neste país. Não gostas do penteado do Ronaldo? Tens inveja. Não vais à bola com a Kardashian? Tens inveja. Achas as Ronaldas pirosas? Tens inveja. E da Luciana Abreu? Inveja. A inveja serve para diagnosticar tudo nesta santa terra. E lá andamos nós, os que têm opiniões (todos, na verdade, certo?), carregados com o pesado fardo da inveja. É muito triste, isto de se andar a invejar todos os outros. Porque ser rico e famoso é, aparentemente, tudo aquilo que todos nós devemos ambicionar. Mas adiante, deixemos a moda da inveja para outro dia. Depois da brigada da inveja, chegou a outra brigada. A brigada do "agora vais engolir essas palavras". E porquê? Porque, afinal, o penteado tinha um significado muito especial, demonstrava todo altruísmo e toda a solidariedade de Ronaldo: o penteado de Ronaldo era uma homenagem a um menino que foi operado ao cérebro e cuja operação Ronaldo patrocinara. Por bonita que seja a história, afinal só metade desta é verdade. E é a metade que interessa, Ronaldo está a ajudar a criança a ser tratada (e ainda não foi operada). E isso é bom, ele faz o que quer com o dinheiro que ganha, e usar parte do dinheiro para ajudar quem precisa é sempre uma óptima escolha. Mas, e então? E se o penteado fosse para homenagear a criança? Já era bonito? Já aparecia uma lei a proibir-nos de achar que o penteado é parvo? Ou só não podíamos dizê-lo? Não é politicamente correcto. É só hipócrita. E triste. Mais triste do que não ir aos oitavos.

Só ontem tive oportunidade de ver na íntegra a entrevista do Papa Francisco a Henrique Cymerman. Vale a pena ver. Aqui.

Não, não é só um jogo

por Bad Girl, em 16.06.14
E não, não é só futebol

O que aconteceu hoje, em Salvador da Baía, não foi só um jogo. Andamos há anos à mercê do alemães, ali a mostrar-lhes as continhas, mão estendida e orelhas baixas. Esta era a nossa oportunidade. A oportunidade de dizer que não somos subservientes em tudo. Que lhes podemos rebentar a boca quando quisermos. Que ali, no campo, onze contra onze, damos cabo deles. Que temos o melhor do mundo e que, contra isso, não há eficiência alemã que resista. Que, em querendo, damos conta deles. Mas não. O universo, esse grande cabrão, colocou-nos no nosso lugar. Lugar esse de onde nunca saímos, excepto na nossa esperança. Não é (só) a derrota que nos dói. Pelo menos a mim. Não é a goleada imesericordiosa que mais me custa. É a desilusão. A desilusão de não poder ver o meu país fazer um manguito imaginário (mas grandioso, oh se seria grandioso) a quem tanto nos verga. Nem sempre de forma imaginária.
Por isso não. Hoje não foi só um jogo. E não. Está longe de ser só futebol.

...

por Bad Girl, em 12.06.14
A senhora da caixa do Pingo Doce perguntou-nos se vínhamos da praia. Tal é o nosso bom ar. Ou isso ou vestimo-nos para trabalhar como quem se veste para ir para a praia. Queria saber se estava bom lá, na praia, de onde nós, afinal, não vínhamos. Eu achava que sim, que na praia devia estar (ou ter estado) bom. E ela desabafou que, em estando bom na praia, aquela gente, olhou para a fila, devia estar lá e não nas compras. E nós percebemos que atender-nos a nós, tal é o nosso bom ar, é um prazer. O resto da fila é um frete.

Cara Caixa Geral de Depósitos,

por Bad Girl, em 04.06.14
Eu cá gosto de ti. Sei que a maior parte das pessoas não vai à bola contigo. Eu também não ia, mas como deixei de ir ao balcão e de interagir com os funcionários, passou-me. Não é que todos os funcionários sejam maus. Só me ocorrem a senhora dos lábios finos a quem eu queria bater e o outro senhor da cara de tanso, a quem eu também queria bater. De resto, as outras duas ou três pessoas com quem convivi não estavam assim tão mal. Anyway, ao que interessa, eu simpatizo contigo. Por isso, quando me pediste que te preenchesse um questionário sobre os meus hábitos de investimento, apesar de achar que podia ser uma piada, preenchi. Vou explicar: imprimi, porque me enviaste um pdf, preenchi, digitalizei e mandei. Não sei, CGD, se tens muitos clientes tão simpáticos como eu, mas gabo-me a paciência. E tu devias fazer o mesmo. Mas não. Recebeste o papel e fizeste o quê?
"Ah, obrigada, mas falta assinar."
WTF? Assinar? Falta assinar? E um pacto de sangue, fazemos, também? E se eu tiver dito que não compro acções e vocês me encontrarem umas? Processam-me? Prendem-me? Há coisas que não entendo. Estas burocracias ridículas, por exemplo. Não havia necessidade. Eu não vos chateio, vocês não me chateiam, eu faço o favor de preencher um inquérito e vocês agradecem. Fim. Se me pedem para imprimir pela segunda vez, assinar, voltar a digitalizar e enviar de novo, já me parece que se estão a esticar um bocadinho.
Assinado, Bad.


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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!

 

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