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A notícia está obsoleta, tem uma semana (o que, em anos de digital, corresponde a um milénio), mas só agora me apetece falar sobre ela. Para os que acham que levei este tempo todo por estar a assegurar-me que apagava as minhas próprias fotografias pudibundas da nuvem antes de opinar (estranha escolha de palavras…) sobre o tema, estão enganados. Vi as fotos que tenho na nuvem, uma a uma, com o cuidado que se impõe. Nada. Claramente não tenho perfil de estrela de Hollywood. Sobre o tirar das fotos propriamente dito não tenho uma opinião muito vincada, cada um faz o que quer, fotografa-se como, onde e quando quer. O ataque às nuvens de cada um parece-me grave. É o mesmo que nos entrarem em casa e nos remexerem nas coisas: crime. E esta é a última coisa séria que eu quero dizer sobre o tema. Ou não, a seguinte também é ligeiramente séria: como pessoa formada na Universidade CSI, com uma pós-graduação em Mentes Criminosas e um doutoramento em Lie to me, fiz um estudo de quase meia hora para chegar à conclusão que, no meio de milhões de nuvens no céu, os hackers só podem ter descoberto onde estavam as dos famosos via Instagram. Os Facebooks não são geridos por eles, o Twitter às vezes é outras vezes não, mas aqueles “directos” no Instagram têm cara de saírem directamente dos iPhones das estrelas para o mundo. Isto é uma teoria. Bem boa, considero eu. Arrumados que estão os temas sério e relativamente sério, vem a outra parte, a que realmente me causa espécie, a dos vídeos. Como é que se grava um vídeo de sexo no iPhone? Abdica-se de uma das mãos? Pousa-se o iPhone muito direitinho na cómoda e tenta-se manter a acção no enquadramento? Ou transforma-se um iPhone numa GoPro e cola-se o dito na testa? Partilhadas que estão as minhas aflições do como, chega o porquê. Ou para quê. Porque é que as pessoas se gravam a fazer o amor? Para analisar a performance? Para dizer: “Estás a ver aquilo ali, Manel? Não gosto que me faças assim, que me faz cócegas” ou “Gorda. Estou gorda!”. Não entendo. Ainda assim, e como há muitas coisas entre o céu e a terra que não são compreendidas pela minha vã filosofia, continuo a achar que cada um deve poder fazer o que quer da sua vida, do seu corpo, e da sua nuvem, sem correr o risco de ser violentada. E isso não deve depender de onde se guardam as fotos ou de quantas vezes se apareceu nua aqui ou ali. Nós, os mortais, não nos irritamos se alguém nos abrir o telefone para ver as fotos? Por mais inocentes que sejam?
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!