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Nem vou referir o jeito que dá oferecerem axilas a quem vai depilar a perna inteira. A pessoa já se depilou, está toda catita, mais vale ter umas axilas suplentes, não vão aquelas que tem desatarem a transpirar, ou isso. O que é mesmo muito bom nesta promoção é a oferta do buço. Fico na dúvida se os senhores fazem o buço com o pelame que tiram das sobrancelhas ou se nos dão um buço à escolha, mas que a Frida ia esfregar as mãozinhas de contente, lá isso...
A América é aquele país maravilhoso que todos vemos nos filmes, em que os maus vão presos ou morrem e os bons ganham sempre. Em que há gente moderna, glamorosa, com vidas mais preenchidas do que as das bloggers de moda. Infelizmente nunca é abordada de forma suficientemente real a estupidez dos que lá habitam. A Target, cadeia de hipermercados em muito grande, comunicou esta semana que ia deixar de ter separação entre brinquedos de menina e menino. Tudo na mesma, só desaparece a sinalética. E o que fez, na realidade, a Target? No fundo, anunciou o apocalipse. E as reacções não se fizeram esperar: os americanos ameaçaram deixar de frequentar as lojas, disseram que a Target estava a ir contra o que está escrito na Bíblia (toda a gente sabe que há uns versículos dedicados a Barbies e a Action Men), que eles não tinham o direito de lhes dificultar a vida desta maneira, que eram ridículos por causa desta lamentável cena de "politicamente correcto", and so on, and so on. Ir à página de Facebook da Target, hoje em dia, é coisa que me aquece a alma. É que, parecendo que não, coloca em perspectiva os Neandertais que comentam nos sites dos jornais portugueses. Enquanto o país que se julga bitola do mundo continuar a ser tão acéfalo como podemos exigir aos nossos próprios mentecaptos que sosseguem a sua intolerância? Não dá.
PS1 - a melhor resposta veio de Mike Melgaard, um tipo que fingiu ser do Costumer Service da Target e pagou aos trolls na mesma moeda (http://www.huffingtonpost.com/entry/guy-impersonated-target-on-facebook_55ce8dece4b055a6dab07edc?mtxa8aor=&ncid=fcbklnkushpmg00000063) PS2 - eu brinquei com carrinhos. Serei um homem?
Não sei se o mercado imobiliário está a mexer, se os agentes não têm mãos a medir, se a crise imobiliária não passa de um fantasma do passado mas, como pessoa que trabalhou a maior parte da vida a vender coisas a outras pessoas, a níveis de milhares e a níveis de milhões, há certas coisas que me fariam esconder a cara de vergonha se as fizesse e me fariam dar guia de marcha a alguém da minha equipa que o fizesse. Assim, e não querendo ensinar missas a vigários, queria muito partilhar com alguns (quase todos) agentes imobiliários com os quais me cruzei algumas dicas que lhes poderão servir, um dia que o mercado deixe de estar a bombar da maneira que parece estar a bombar. Nada de muito complexo. Coisas que eu fiquei a saber no meu primeiro ano (mês) de trabalho. Cá vai: - Eu entro em contacto entre amanhã e depois. Esta frase não é dada a segundos significados. É um compromisso. Se forem sair com alguém e disserem isto, podem baldar-se. Se tiverem 15 anos e não tiverem tomates. Ou se tiverem falecido. Mas de falecer mesmo. Em todos os outros casos, é de ligar. Entre amanhã e depois. Ainda que seja para dizer que, afinal, não há novidades. Se, por uma hecatombe qualquer, não tiverem ligado e o cliente ligar, atendam-no. Se não for possível, devolvam a chamada. Não façam o cliente ligar outra vez. No dia seguinte. Para não atender outra vez. A menos que, obviamente, tenham falecido. Os clientes, esses enormes trastes que vos pagam as comissões, nem sempre oferecem aquilo que os vossos outros clientes, os que também vos pagam as comissões, pedem. Mas vocês, como intermediários, deverão intermediar. E há uma altura em que ou sim ou sopas. Banho-maria é que não. Nem ignorar clientes. Isso só se falecerem. É que casas há muitas (podem ser uma merda, ou caras, ou pequenas, ou no sítio errado, mas há muitas)! E agentes imobiliários também. E, no fim das contas, estas coisas poderão ser o falecimento do artista.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!