Bad girls go everywhere

... dar um beijinho ao senhor Primeiro Ministro da Polónia, e volto já.

Como aqui há uns tempos já me deu vontade de beijar a chanceler alemã. "Nós" por cá continuamos em posição de quatro, joelhos bem apoiados no chão, de forma a conseguir, por um lado, ser submissos, e por outro, lamber as botas dos líderes da República Popular da China (que vontade tenho de rir cada vez que uso estas três palavras nesta ordem)!... Assim, cabecinha baixa, podemos sempre dizer que não vemos as atrocidades que se vão praticando por aqueles lados, não vão os outros passar-nos à frente e roubar-nos o lugar privilegiado nas boas relações económicas com a China. Afinal, é isso que importa, não é?

Importa que se mande iodeto de prata para o céu para controlar o clima antes dos J.O.? Que a poluição seja tanta que as provas ao ar livre terão de ter a menor duração possível, para que os atletas não sofram sequelas? Que se aceite o trabalho infantil? Que se matem recém-nascidos por serem meninas (ou, pior, que se abandonem em lixeiras até à sua morte)? Nã... isso agora não importa nada. Vamos fechar os olhinhos a isso e continuar na nossa posição preferida... de quatro, a "levar" com a China sem sequer a olharmos de frente.

Mais sobre a campanha "Free Tibet" aqui.

"Nós" refere-se ao panorama político nacional e está longe de representar pessoas com o mínimo de consciência social e relativo conhecimento dos direitos humanos, nas quais me incluo.