Bad girls go everywhere

Sim, passei o dia na cama. Não, não vi o jogo. Sim, dói-me tudo o que há para doer neste corpinho que Deus (?) me deu. Não, não vou desistir de fazer um post sobre o Jesualdo. Só porque ganhou hoje (e eu nem sei se bem se mal) não me faz esquecer tudo o que está para trás. E, não fosse a febre, o pingo no nariz e as lágrimas a escorrerem-me olhos fora, e haveria aqui muito mais para dizer. 

Os jornais, televisões, rádios, os bancos de café e até a blogosfera estão cheios de comentários às tuas capacidades técnicas. Nem sequer vou por ai. Isso é chão que já deu uvas. A verdade é que não me lembro, em tantos anos de existência e admiração pelo futebol, de resultados tão desastrosos. Mas aquilo que eu censuro não é teres uma escola de tango em vez de uma equipa de futebol. Já houve alturas em que tivemos escolas de samba e eu não me chateei. Há uma coisa, uma única coisa que me chateia em ti. Que desprezo na generalidade das pessoas e que em alguém com a tua responsabilidade me deixa irritada. Chama-se FALTA DE ATITUDE. Pessoas passivas ou pessoas tadinho-de-mim-compreendo-perfeitamente-que me-assobiem-se-fosse-eu-fazia-o-mesmo, principalmente as que ganham o que tu ganhas deixam-me com o estômago às voltas. E é bonito que assumas que o treinador é que tem culpa quando a equipa não ganha. Muito bonito. Mas, se me perguntares a mim, um sinal de fraqueza. Sentares-te em frente aos microfones e dizeres que há gajos que deviam comer a relva e não comem era mais de homem. Não digo para tirares a responsabilidade dos teus ombros. Tens razão, ela é tua. Agora não me voltes a trazer à memória aquele meu ex-namorado que nunca se chegava à frente numa discussão porque começava sempre por dizer que eu tinha razão por estar chateada. Se fosse ele, também ficaria. Mas que eu tinha de entender que ele era assim. E entendi. Tão bem que o mandei ser assim para outro lado. Se é necessário adequar a atitude à equipa, fá-lo. Não seja a equipa a ter de descer até ti...