De zdamen a 19.11.2008 às 10:15
Extraodinário!
Como é possível, que 30 anos depois, ainda se sofra de um síndrome anti-direita.
Não tenhas a menor dúvida: só é possível governar com autoridade. Seja um governo, seja uma equipa de futebol, seja em casa.
Por vezes, aliás em grande parte das vezes, a tomada de decisões pela "maioria", só provoca lentidão e compromisso, sendo que os problemas de fundo ficam por solucionar.
Já era tempo de alguém se insurgir contra o imobilismo, contra a inércia e contra a incapacidade de mudar radicalmente que o regime democrático impõe.
Não tenhas duvidas: na altura de tomar decisões, para um político, a componente eleitoral e a popularidade têm sempre um peso enorme.
É por isso, que os governos mais bem sucedidos, à excepção deste último, foram suportados por maiorias absolutas.
Nas empresas é igual: sem um núcleo que represente mais de 50%, ou seja, capaz de impôr as suas ideias, as organizações são ingovernáveis.
Disto tudo, só lamento que mais uma vez o partido tenha sentido a necessidade de se vir miserávelmente desculpabilizar.
Com tanta retórica já se pontapeava menos a gramática, não? Perdi-me no "Extraodinário" e só me reencontrei no "miserávelmente"...
De zdamen a 19.11.2008 às 15:01
Caríssima,
Tens toda a razão e lamentavelmente nem sequer posso contra-argumentar, e não servindo de forma alguma como justificação, compreenderás certamente que nem sempre existe tempo para as verificações ortográficas.
No entanto, e algo que já não me parece tão desculpável, é apenas te teres centrado nesse aspecto, limitando as tuas considerações a uma vazia adjectivação de “retórica”, a qual me parece até, e apesar de a tomar como um elogio, totalmente desajustada.
Reforço contudo o meu apreço pela tua chamada de atenção, a qual agradeço enquanto indivíduo preocupado com a minha imagem e com aquilo que comunico de mim para com outros.
Caro zdamen,
"A retórica, do grego rhetoriké, é o sistema de comunicação que visa, pelo discurso organizado e eloquente sem se recorrer à coacção, incutir novas crenças no auditório, ou seja, persuadi-lo de determinada tese." - não, não saiu tudo da minha cabeça, encontrei por aí. Mas parece-me uma definição capaz de determinar se a utilização da palavra foi ou não elogiosa.
aqui em baixo tem uma opção para verificar a ortografia, mesmo ao lado da opção "publicar". :p
De eppursimuove a 19.11.2008 às 17:36
lol - que é uma forma mais "moderna" de se dizer "risos"
Estiveste bem na resposta. Se bem que qualquer pessoa com chá tomado na infância e sobretudo com alguma noção histórica sabe que aquilo ali em cima é baboseira.
Basta termos consciência que durante 40 anos da nossa história recente fomos governados como esse senhor preconiza e estamos como estamos. Mesmo que haja total autoritarismo na imposição de reformas, se essas reformas forem "pensadas" por quadrados não chegamos a lado nenhum.
Qualquer pessoa que se interesse minimanente em tentar extrair da História os ensinamentos devidos, percebe que foi em democracia, na qual o diálogo e o confronto entre as várias opiniões, entre as várias formas de ver os problemas com que nos deparamos, que se deram os maiores avanços da Humanidade.
O resto é uma vontade - desculpem o termo - fascisóide de tudo controlar, de tudo impôr. É estranho e preocupante que em 2008 ainda tenhamos pessoas, pessoas que sabem usar a Internet, que escrevem em blogs, etc - não são nenhuns analfabetos - que não demonstram qualquer pudor em expressar essa visão tão tacanha do mundo. Mas não os devemos subestimar, devemos antes combatê-los, olhos nos olhos e não privá-los de apresentarem também eles as suas ideias, para que todos percebamos o quanto estão errados.
De zdamen a 19.11.2008 às 19:17
Caro Eppursimuove,
Pelo pouco que se consegue extrair da mensagem, que em nada enriqueceu a discussão e que em tudo se conseguiu desviar do tema, consigo aferir que o meu “amigo” quer é conversa.
Não tenho muito tempo, mas já que se sente esse apelo para tentar se juntar aos grandes, aqui deixo um pequeno contraditório às palavras que amavelmente me dirigiu.
Contudo deixo desde já o aviso que não seguirei, por não o conseguir nem por ser esse o meu estilo, o tom insultuoso e sem qualquer supless com que comentou anteriormente.
Então por partes:
“Mesmo que haja total autoritarismo na imposição de reformas, se essas reformas forem “pensadas” por quadrados não chegamos a lado nenhum”
Primeira imprecisão: penso que em lado nenhum eu mencionei que um possível regime alternativo se deveria limitar à utilização de indivíduos limitados na sua capacidade racional.
Como tal, vou fazer uma extrapolação abusadora e considerar que o meu “amigo” estereotipa todos aqueles diferentes de si no pensamento político de «quadrados» (e na mesma linha vou considerar essa adjectivação negativamente).
Já dizia Sun Tzu que não devemos menosprezar os nosso inimigos e complemento com sabedoria popular, para não ser acusado de elitismo, “insulto é a arma própria dos fracos”.
Conseguimos ver bem a coisa, certo?
Continuando:
“Qualquer pessoa que se interesse minimamente em tentar extrair da História os ensinamentos devidos, percebe que foi em democracia, na qual o diálogo e o confronto entre as várias opiniões, entre as várias formas de ver os problemas com que nos deparamos, que se deram os maiores avanços da Humanidade.”
Aqui é que já é mais chato: vou novamente extrapolar que o meu caro “amigo”, pelas afirmações acima é literado em história.
Mais uma vez vou recorrer à sabedoria popular: “Em casa de ferreiro, espeto de pau.”
Seria de esperar algum conhecimento mais profundo da História de alguém que o invoca assim tão levemente.
Vou deixar um desafio: enumere-me uma e uma só decisão histórica tomada democraticamente, e atenção não uma que tenha tido resultados catastróficos, pois seria fácil, que tenha decisivamente contribuído para mudar o curso da história da Humanidade.
Paralelamente, e se tiver tempo, um exemplo empresarial do mesmo estilo: algo que faça um paradigma com uma Sonae com o ditador Azevedo, com um grupo Amorim ou com o Banco BES. Há por aí umas cooperativas e que tais, mas a coisa está negra segundo vi da última vez...
Poderia enumerar algumas questões do último parágrafo, mas como me parece que este retrata por si só, de forma tão evidente, aquele que o escreveu e a matriz de valores sobre a qual este se rege, que me fico por aqui.
Com respeito me subscrevo,
P.S. - Obrigado pela chamada de atenção do Injustiçado. Seria (precisamente) injusto não agradecer o seu contributo, ainda que neste Post Scriptum, depois de ter dedicado tanto espaço a alguém que em nada contribuiu para o meu enriquecimento pessoal.
De eppursimuove a 19.11.2008 às 23:59
A construção europeia, a constituição dos EUA enquanto país, a luta pelos direitos civis, a queda do muro de Berlim, a destruição do nazismo, quer mais? Claro que quero conversa, adoro conversar, mesmo que esta ocorra através de uma caixa de comentários dum blog. Adoro conversar com pessoas com opiniões diferentes das minhas porque, ao contrário de si, aprendo sempre. E consigo aprendi que por muito que a história nos mostre que a tirania e a ditadura são contrárias à nossa evolução enquanto sociedade porquanto nos torna seres amorfos, distantes e autómatos, ainda há gente que defende essa forma de governar e por isso devemos estar sempre alerta - não vá o diabo tecê-las. Meu caro, agradeço que tenha perdido ainda algum tempo a contra-argumentar a minha opinião. Pode não ter aprendido nada com ela, mas que lhe bateu fundo, bateu.
Grato.
Conte comigo sempre, para o combater, olhos nos olhos, ideia a ideia e mostrar o quão ridícula, leviana e suicidária é a sua concepção do mundo e da humanidade.
Chega de conversa. O combate faz-se na rua.
Valete frate