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Gosto de ouvir as conversas dos outros. Sentada à mesa do café, tento não deixar passar as histórias que teimam em encontrar-me. Se as pessoas querem privacidade, tudo bem, falem em casa, ou falem mais baixo. Se falam num tom que eu ouço, é natural que eu o faça.
Um destes dias, sentada num lugar VIP para assistir à vida de duas pessoas, dou por mim a achar que a miúda era parva. A rir-me com os meus botões das coisas que ela dizia, a teorizar na minha cabeça sobre o comportamento dela, a torcer o nariz à ridicularia que me ladeava. E depois, como se de uma epifania se tratasse, lá me ocorreu que há meia dúzia de dias/ semanas/ meses ela até podia ter sido eu, e que nessa altura eu não achava ridículo. Estranhamente, em vez de me sentir embaraçada por essa descoberta, respirei fundo. Olhei para ela pelo canto do olho. Sorri. E pensei: "Já foste..."
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!