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Vou contar-vos a minha junta médica, minuto a minuto, que é coisa para vos deixar ofegantes de tanta excitação. Primeiro foi o estacionar: uma pessoa com uma canadiana é menos válida o suficiente para ser deixada à porta pelo senhor seu macho e esperar que ele estacione o carro para vir continuar o trajecto? Não me parece. Assim sendo, chegámos com um adianto que foi depressa anulado pelos vinte minutos que aqueles 150 longos metros levaram a fazer. Chegados à entrada do evento em si, deparamo-nos com um cenário semelhante à entrada do Sasha Beach em pleno Agosto. Teria a informação da minha ida à JM sido espalhada aos quatro ventos? Seriam aqueles os meus leitores que, frustrados por já não poderem deixar comentários insultuosos no blogue, se deslocaram à Marechal Gomes da Costa para me empurrarem escada abaixo (Pausa para explicar: aqueles tinham de ser os que costumavam deixar comentários insultuosos porque eram, na sua maioria, feios. E certamente doentes)? Não, não eram os leitores deste blogue e toda a sua vizinhança. Isso não perfaz as mais ou menos 300 pessoas que eu lá vi, à espera que lhes fosse comprovada a necessidade de baixa (Há assim tanta gente doente nesta terra?). Passadas as barreiras burocráticas (vai ficar muito mal isto que eu tenho para dizer, mas tem mesmo de ser dito: os funcionários lá do sítio eram simpáticos. Um grande bem haja, sim?), e as físicas (uma escadaria muito prática para pessoas com problemas de locomoção, aka Bad Girl), sala de espera. A senhora da secretária não tinha pulmões que chegassem para fazer jus às necessidades das salas de verificação. Ainda ela estava a chamar o Manuel Silva para a sala 2, já os médicos da sala 1 reclamavam a presença da Dona Maria Soares, and so on. Aí uns 15 minutos de espera para a coisa mais rápida da minha vida (e olhem que eu já andei com um tipo que sofria de ejaculação precoce - agora que penso nisso quem sofria era eu...):
Uma secretária. Dois médicos. Olharam para mim? Não senhor. E o mais mal é dele (já que o segundo elemento era uma ela). Mandaram sentar-me. Dois minutos para a coisa, enquanto me perguntavam:
- Então porque é que está de baixa?
- Fiz uma ruptura de ligamentos.
- E onde?
- Onde em que sítio, ou em que parte do corpo?
- Os dois.
- Foi no joelho...
- Qual?
- Direito.
- Foi operada?
- Sim.
- Onde?
- ***********
- Quem é que a operou?
- O Dr. ************ (apelidos)
- Ah, o *********** (primeiro nome)
Nesta altura eu sento-me. O que deu muito jeito aos senhores, porque foi simultâneo com a entrega dos exames e com o fim do assunto deles.
Pega em atestado, agrafa ao processo, "obrigado e as melhoras", agora já te levantavas rápido, que tem de vir a Dona Henriqueta Morais. Mais 15 minutos de espera à frente da única senhora que servia todos os "clientes" do edifício secular, pega lá atestado de incapacidade, "obrigada e as melhoras".
E, agora sim, foi isto...
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!