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Agnosticismos à parte, a verdade é que neste país prevalece o catolicismo, cuja prática (ou não) aumenta na proporção directa dos problemas das pessoas. Chame-se-lhe Deus, Buda, Alá ou Universo, a verdade é que, mais tarde ou mais cedo todos damos por nós a meter uma cunha a uma entidade superior. Mas não é disso que eu quero falar. Quero, sim, falar da inimputabilidade que por cá conferimos a nós próprios na nossa vida. "Se Deus quiser". É assim. Eu por mim amanhã venho trabalhar, mas se Deus não quiser, então não me pões a vista em cima. A culpa nunca é nossa, a responsabilidade é enxotada da nossa vida com a mesma celeridade e displicência com que afastamos uma mosca. Se Deus quiser eu hei-de fazer as coisas. Se não fiz, pronto, foi Deus quem não quis. Assim é fácil. Afinal, o que podemos nós contra o todo-poderoso? Se Ele, que tudo vê, tudo sabe e tudo pode, não quer, como é que eu hei-de conseguir? Pois eu cá concluo as coisas de uma forma ligeiramente diferente, se é que me permitem. Apesar de agnóstica (ainda que teísta), a coisa apresenta-se diante dos meus olhos de uma maneira clara: além de todo-poderoso, omnipresente e omnisciente, parece que Deus (Alá, Buda, o Universo) é bonzinho. Portanto, é partir do princípio que Ele quer. Mas o Mundo é assim uma coisa um tanto grande, e está muito habitado. Por isso, o melhor é deixarmo-nos de merdas. Se Deus quiser, nada, ele quer sempre. E nós, será que queremos? E estamos dispostos a ir à luta? Hoje fico-me por aqui. Amanhã volto. Se Deus quiser.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!