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Regra geral sou uma pessoa pouco saudosista. Mesmo pouco dada a nostalgias e a embalos do passado. Mas tenho saudades do tempo em que chegava à clínica do Dragão e havia, na recepção, uma pessoa para cada posto de trabalho. Do tempo em que tirava o ticket e ficava 2 – 3, vá – minutos à espera. Do tempo em que era simpaticamente atendida (o simpaticamente ainda continua, sejamos justos) por alguém que me informava: “As consultas da doutora estão atrasadas 10 minutos.”. Juro, se me perguntarem, que me ofereciam um café e uma massagem ao pescoço. Claro que esta parte é absolutamente inventada pelo lado mágico das memórias, que tende a colori-las. Mas era um sítio onde eu me sentia bem. Apesar do contexto. Agora não. Chegou a Sonae (sei lá se chegou ou se estava só adormecida), pôs mãos naquilo, e vai de fazer aquilo que sabe melhor: rebentar com os critérios de qualidade que lá havia. Agora há mais computadores que senhoras simpáticas. Hordas de gente para ser atendida/ tratada. Minutos de espera que chegam aos 55. Sem aviso. Sem desculpas. Como se aquilo fosse o centro de saúde lá da área de residência. Ainda me lembro do tempo, vejam lá, em que as justificações de ausência que eu entregava no burgo não diziam que eu estive no “Centro de estudo e tratamento de infertilidade do Porto”. É que, parecendo que não, é desagradável ir fazer uma simples revisão ao pipi* e perceber que não só estou a tentar engravidar, como também que não consigo.
Posto isto, digo adeus à Clínica do Dragão, e vou procurar um outro local onde a Sonae ainda não tenha posto a unha.
* tema a desenvolver. Possivelmente.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!