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Durante toda a minha existência adorei cães. Durante toda a minha vida me "meti" com tudo quanto era cão. Quando era pequena corria para fazer festas a todos os canídeos que se cruzavam comigo na rua (e até fazia festas àqueles que estavam a ladrar dentro dos portões das casas), deixando os meus pais com o coração nas mãos. No Liceu cheguei atrasada a um teste de português porque tive de ajudar um cão a atravessar a rua. O fantástico Professor Cardoso entendeu. É cá dos meus. O ritual é sempre o mesmo: fazemos a corte (ele cheira-me as mãos, take your time) e só depois me atrevo a fazer uma festa. Nunca no focinho, que eu também não gosto que alguém que eu acabei de conhecer me venha enfiara mão na cara. Ontem, pela primeira vez na minha vida, um cão rosnou-me. E eu aceito tudo, a sério. O aumento dos impostos. O campeonato que o Benfica ganhou. Até a possibilidade de o Paulo Bento vir a treinar o FCP (eu não disse que aceito, resignada. Só que aceito). Mas isto é demasiado para mim. É a prova de que o mundo está a mudar para pior. E isto deixa-me quase desolada.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!