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Foi com "O Homem sem Nome" que eu aprendi a ler. Não esse ler irresponsável de juntar as palavras sem delas tirar todo o sumo. Não. Um ler calmo. Um ler comprometido. Foi com esse livro de João Aguiar, que ontem nos deixou, que eu senti, pela primeira vez, o prazer de degustar as palavras que outros nos oferecem, num dos maiores actos de altruísmo que alguém pode ter. Porque o exibicionismo de escrever esvai-se na primeira obra. Quem deixa um legado como deixa João Aguiar não o faz por egoísmo ou exibicionismo. Fá-lo pelo amor que tem às palavras. Que descanse em paz, onde quer que esteja. E muito obrigada. O mundo agora só está mais pobre porque ele o tornou mais rico.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!