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A crise, menina? Está certo que isto não está fácil, há mais desemprego e a vida está mais cara. As pessoas que não têm trabalho podem queixar-se, menina, desde que procurem um trabalho. E as outras? Não têm dinheiro... pois não. Olhe, a gasolina está mais cara, eu comecei a vir para aqui de Metro. O carro só sai da garagem ao fim de semana ou quando é para levar a minha mulher às consultas. Não posso ir almoçar fora aos Domingos, como antigamente, vou só uma vez por mês. Se não como iogurtes Mimosa como dos do Pingo Doce. A menina não conhece ninguém que me tenha visto a queixar. Os meus vizinhos da frente, olhe: ela é enfermeira, ele trabalha num Banco. Saem os dois de carro, cada um com o seu. Os filhos já marmanjões (para quem não sabe, é o mesmo que crescidos) vão eles leva-los à escola, de carro. Cada um com o seu telemóvel e com aquilo de pôr nos ouvidos. É só roupas de marca. E levam a vida a queixar-se. Está difícil, pois está. Principalmente para quem quer levar a vida que tinha antigamente.
A mim faz sentido.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!