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E eu gosto tanto. Ao contrário da caça desportiva, contra a qual sou a favor (não, não é lapso, leiam lá outra vez...), há poucas coisas que eu aprecio da mesma forma que aprecio a caça ao voto. Há uma quase magia nesta coisa de agarrar votos que andam por aí a passear em mãos alheias... Há duas semanas, milhares de votos sem dono, e vale tudo menos arrancar olhos. Quer dizer, se for preciso arrancar um ou outro olho, também não é por isso que vai o gato às filhoses... As técnicas são várias e passam por vários ambientes: o ambiente de festa, criado para o momento, nem que para isso seja preciso usar as Embaixadas e convidar imigrantes sem voto... na matéria e na urna. O ambiente rural, que leva a beber um copinho de tinto às 10 da manhã. O ambiente popular, propício a beijar crianças e pessoas em geral, algumas de higiene duvidosa. O político português, que o povo nem sempre (re)conhece percebe tanto de caça como uma cabra surda. O político português sai de casa com as armas erradas. Leva fisgas para caçar ursos. Toda a gente sabe que o cidadão é um bicho que não se deixa caçar de qualquer maneira. Não é bicho que se ponha a jeito. Até pode ser. Mas o cidadão que se põe a jeito já está caçado. Só falta pôr uma laranja na própria boca e deitar-se em cima de uma travessa. O cidadão indeciso, aquele que o político quer caçar, não está para ouvir longos discursos sobre o que está mal no país. Ele sabe. Ele tem de pagar contas no final do mês. Também não consegue suportar a condescendência alheia. Apesar de viver com dificuldades, não precisa que gajos que não sabem o que isso é venham dizer que compreendem. Compreendem, exactamente, quando? Quando gastam milhares de euro na campanha? Ou quando vão jogar golfe? Ou quando os seus motoristas levam os seus filhos ao colégio? Os políticos não compreendem nada do que é a vida de um cidadão. Se querem ser bem sucedidos nesta coisa de caçar votos, não podem mentir ainda mais. Vocês não compreendem. Assumam. Podem beijar dezenas de putos com ranho que não irão compreender. Uma dica? Sejam claros na mensagem. Digam o que vão fazer. Sem relambórios. Sem falsos paralelos. Se não, olhem, vão ser como este beagle... 



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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!

 

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