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Fim de tarde, Pinheiro Manso.
O que espoletou a coisa não sei, fui apenas chamada à janela (isto "chamada" é como quem diz...) por gritos de vozes diferentes.
A cena, já a meio, destacava um tipo de muletas caído no meio do chão, uma mulher envergonhada, um tipo de grandes dimensões e um baixote. À volta, uma plateia de incaracterísticos.
O que os levou ali: o tipo das muletas bateu com uma dessas à namorada. O tipo de grandes dimensões, não gostando do que viu, deu-lhe um empurrão, o que fez com que ele tivesse ido parar à posição em que o "encontrei". A audiência barafustava com o tipo das muletas, que reclamava que "ela" é que o tinha posto naquele estado. "Ela", entretanto, já se tinha posto a milhas. Discutido o sexo dos anjos e outros temas de somais importância, refrearam-se os ânimos e o tipo, qual Lázaro, levantou-se e andou. O baixote, que tinha estado a dar uma de figurante até ali, aproveita o momento em que o tipo das muletas vira costas, para lhe dar um murro no pescoço. Não foi um carolo. Nem um sopapo. Foi um valente murro, que antecedeu uma fuga para a vitória como já não se via desde que o coelho da Duracell deixou de fazer anúncios.
A reter, alguns pontos:
- Não importa se tens razão: se dás, levas.
- Podes ter muletas e ser o mais forte mas, um dia, há-de aparecer um tipo maior do que tu.
Agora, a analogia:
- Às vezes, na vida, não importa quão na merda estás: há-de sempre aparecer alguém disposto a empurrar-te e, quando finalmente conseguires levantar-te e refazer-te do choque, há-de aparecer um tipo insignificante que te dá um golpe sujo e que desata a correr.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!