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Ontem o silêncio da rua foi cortado por uma discussão daquelas onde não se deve meter a colher: aquela que mais tarde se viria a perceber ser a Márize achou por bem meter duas crianças pequenas no carro e ir buscar o Xano, que tudo indica ser o pai das crias. Não lhes vi a cara, mas ouvi-lhes os palavrões. Às crianças (que, juntas, não somariam 10 anos, a julgar pelas vozes esganiçadas), à mãe e ao pai. Passava da uma da manhã. O Xano implorava à Márize que não se fosse embora. A Márize e as miúdas, carregadas de tourette, que teriam vindo atrás do Xano, enfiaram-se no carro e foram embora, enquanto diziam palavrões com a mesma naturalidade com que o saudoso Mário Viegas declamava poemas. O Xano, esse, ficou a abanar os braços e a reclamar que um gajo já não pode apanhar uma bebedeira. E eu, aborrecida por ter saído do estado de espírito em que me deixou o concerto dos Linkin Park, dou por mim num novo estado, o de espanto. Não por duas crianças que nem sequer sabem ler conseguirem dizer mais palavrões do que eu. Ou por achar um pouco absurdo que a Márize tivesse saído de casa com as miúdas às costas só para ir dar na cabeça do Xano. Nada disso. O que me choca, no meio desta história, é o facto de um tipo nascer Alexandre e achar que bom, bom, era mesmo se lhe chamassem Xano.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!