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Disseram-me que não existias. Mas também me disseram que 2013 marcaria o princípio do fim da crise, por isso não sei bem o que pensar. Como estou naquela fase em que estou por tudo, o melhor é mandar-te esta missiva e olha, seja o que o Pai Natal quiser.
Sinceramente tenho muita coisa, não estou assim a ver nada material de que precise. Gostava de um buldogue francês e de uma viagem à volta do mundo, mas isso pode esperar.
Também podia armar-me em boazinha e pedir paz no mundo e o fim da crise. Mas isso era eu a ser desinteressada e o papel não me assenta bem.
O que eu gostava mesmo de te pedir, Pai Natal, era a cabeça do Relvas. Não precisa de ser uma cabidela pegada, com a cabeça numa bandeja e o corpo estendido no chão a espernear. Nada disso. Quando digo cabeça do Relvas quero que a cabeça dele role. Repara, Pai Natal, isto que te peço não é um presente egoísta. Não. A par com a coisa da pacificação do mundo, é das coisas mais altruístas que me lembro. A nível de impossibilidade está mais ou menos ombro com ombro com o fim da crise, ou não achasse eu que o Relvas é parecido com um daqueles bonecos do “Zé sempre em pé” que parece que vai cair e… ei-lo outra vez! Talvez, Pai Natal, este meu pedido colida com o pedido que o Relvas te fez no ano passado ou há dois anos. Sim, porque um gajo que tem uns pés tão argilosos aguentar-se estoicamente e ainda por cima com a bênção do seu cavaleiro armado, que calha de ser também Primeiro-ministro, soa-me a milagre. E dos bons. Por isso é que eu acredito que tu existes. E que és capaz de fazer prodígios dos bons, na categoria do milagre. Assim sendo, Pai Natal, era isto. Um milagre que tratava, mais do que de me fazer bem a mim (já visto o 34, não preciso de vomitar de cada vez que o “Zé sempre em pé” me aparece na televisão), ao povo em geral, que não percebe porque é que paga o salário de tão inútil, mentirosa e pouco ética criatura, que nada faz além de tentar vender o país a saldo a amigos a quem tem de pagar favores – alegadamente, claro. Depois era uma mão que davas ao PM e ao resto do Governo. Aparentemente o PM baralha um bocadinho a coisa da amizade com a coisa do trabalho, e tem alguma dificuldade em fazer com o Relvas aquilo que faz connosco: exigir, demandar e mostrar-se inflexível. Posto isto, e já que o homem não larga o tacho e que o PM não larga o homem, caberá a ti, Pai Natal, fazer este milagre.
E era só isto. Deixa lá o buldogue francês e a volta ao mundo para anos melhores.
Feliz Natal.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!