por Bad Girl, em 31.01.13
Se bem se lembram, (claro que não lembram, por isso porei o link) aqui há um ano e meio, partilhei no blogue a minha falta de pachorra para aturar as demonstrações públicas de afecto. Dei como exemplo o Facebook de José Luís Peixoto que, na altura, era uma colmeia delicodoce de palermices adolescentes onde o escritor, que eu tanto prezo, gritava aos quatro ventos o seu amor por Helena Canhoto. Na altura até fiquei a saber que Canhoto rimava com Peixoto, e que José Luís estava já já a chegar ao pé dela, com o coração apertado de saudades. Hoje tudo mudou: a paixão de José Luís é outra e Peixoto, como é homem - e parece-me ter em talento o que lhe falta em recato - já não rima. Mas não seja isso razão para ele não ter necessidade de "contar ao mundo quanto está feliz", palavras do próprio. E a mim tanto faz que ele esteja com a Patricia ou com a Helena, desde que escreva. Que seja feliz, que é o que desejo a toda a gente. Tenho esta teoria parva de que as pessoas devem todas ser felizes. Pessoas felizes não fazem por chatear ninguém. Mas adiante, isto do José Luís trouxe-me novamente à cabeça aquela embirração que eu tenho com a coisa de precisar muito de mostrar o amor ao mundo. E os carros. E as férias. E a piscina. E o anel. Não é que o amor deva ser escondido do mundo. Se o mundo se deparar com o nosso amor, que sorria. Mas para que raios precisa uma pessoa de gritar ao mundo que desta é que é? Lembram-me sempre a Elsa Raposo e a Marta Leite Castro. E eu cá não quero ler nada que elas escrevam. Até porque seriam contos, não romances.
O link está aqui, isto do iPad é pouco prático nessas coisas:
http://girls-go.blogs.sapo.pt/584970.html