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Eu tenho duas cadelas. São umas queridas. Separadamente. Largam pelos, a casa nem sempre cheira tão bem como podia, dão trabalho. Muito trabalho. Custam dinheiro. Um bom bocado de dinheiro. Aqui há uns tempos, não bastassem já estas coisas, começaram a pegar-se. Em mau. Com sangue. Houve uma vez que foi tão mau, tão mau, que não preguei olho toda a noite. Chorei um bocadinho. Metade frustração, metade tristeza. Pensei muito. Pensei em tudo. Como ia ser no dia seguinte. Saí para trabalhar de directa e com o coração nas mãos. Durante muito tempo, a coisa não melhorou. Até chegou a piorar. Encontramos uma treinadora. Disciplinamo-nos. Fomos tendo algumas vitórias. Algumas derrotas. Fomos contando dias uns atrás dos outros. Uns melhores que os outros. Estamos a fazer de tudo para não termos de tomar uma decisão que não seja a de melhorar, dia após dia, para viver em paz. Para sermos todos felizes. Juntos. Não pegamos nas cadelas para deixá-las na GNR ou no canil. Ainda que sendo cadelas, não desistimos delas. Um pai que despacha as filhas para viver em paz com a namorada? Puta que o pariu, o fraco de merda. E ela? Nas costas dos outros vemos as nossas. Talvez um dia alguém tenha de escolher, e ela fique para trás. Fingers crossed.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!