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Em sendo um professor, que se dedicava a telefonar a alunas de catorze anos às tantas da manhã e a ir a casa buscá-las de carro era um pranto que não se havia de aguentar. A mãe da menina de catorze anos, desonrada e enganada por um homem vinte anos mais velho, havia de clamar justiça, distorcer a voz na televisão, dizer que a filha já não comia, não falava, a pobre menina está de alma morta, chorosa e traumatizada. O professor havia de sair de uma carrinha celular de casaco a tapar o rosto e os populares haviam de lhe chamar muitos nomes, cuspir raiva, clamar por justiça. Havia de negar que tivesse dado o número a esta menina e a “muitas outras”. Talvez dissesse que a menina era só amiga. Que falavam durante horas e que a ia buscar para dar explicações, mas o povo havia de não acreditar. De não dar o mais pequeno benefício da dúvida. E se, no topo de tudo, viesse ele, o professor, o tal que trocava mensagens com meninas de catorze anos e que as ia buscar de carro a casa para “explicações” dizer que as pessoas têm inveja, que ele é jovem e bonito e esse bando de enciumados não suporta tamanha sensualidade? Pois, mas não é. É uma professora. E um rapaz. E, de repente, já tudo fica tão mais suave, não é?
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!