Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Do grego 'fóbos', fobia é medo. E esta gente, gente que eu vejo vomitar alarvidades sobre os homossexuais, não tem medo. Nem aversão. Tem ódio. Tem muito ódio pelo próximo. Só isso explica que alguém fique ofendido com a vida dos outros. Com os direitos que os outros, com vidas diferentes das deles, têm. Não são privilégios. São apenas e só direitos iguais. Travam lutas, como qualquer psicopata, em nome de um Deus que eles celebram como tolerante, cheio de amor. Algures nesta história há gente que se julga mandatada para iniciar uma cruzada contra pessoas iguais a eles, com direitos iguais a eles. Na semana passada a América aprovou o casamento homossexual em todos os seus estados. Não isentou os homossexuais de pagar impostos. Não lhes deu imunidade diplomática. Nem lhes atribuiu um subsídio especial. Não. Aprovou-lhes o direito de tornar legal uma relação. E eu sei que a América não é exemplo de coisa nenhuma, só de quão privados podem ser os vícios que são antagonizados no comportamento com as virtudes públicas. Li, vindos da América e não só, comentários inenarráveis. Alguns portugueses, de raiva adormecida desde a nossa legalização, também acordaram estremunhados, ensandecidos, a espumar ódio. E eu fico incrédula, e que fique assim, incrédula, por muitos e bons anos, com a estupidez, intolerância e ódio humanos. E talvez seja chegada a altura de dar nomes aos bois. Fobia é medo. Não é ódio. Intolerância. Chamar homofobia a isto é pôr água na fervura. Assobiar para o lado.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!