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Ouvi no rádio que hoje era o dia (internacional? nacional? mundial?) dos ex. Diz que é suposto ligarmos para essas pessoas, e dizermos sei-lá-o-quê sobre o final do assunto que tivemos em comum.
Li no jornal que o mundo acaba amanhã.
Se querem que eu ligue para os meus ex todos têm de marcar isto do fim do mundo lá para 31 de Outubro, que já para amanhã não me dá tempo.
Vão à merda. Não sabiam ter ficado sossegadinhos lá dentro e ter dado lugar a outros?
Tinhosos!...
Antes de mais, sou-te grata por este Verão que tens metido Outubro dentro. Por mim é coisa que pode continuar, e até podemos marcar o regresso do Inverno (saltamos isso do Outono de vez) para alturas do final da crise. Como não corri a açambarcar as novas colecções da Zara e da H&M como se disso dependesse a paz do mundo, o meu armário não está alegadamente cheio de coisas que precisam de conhecer o mundo lá fora e a roupa de Verão ainda está muito em condições de ser usada. Queria, contudo, pedir-te um favor. Era que escolhesses um - e apenas um - dia na próxima semana para fazer o termómetro mostrar qualquer número abaixo dos 20ºC. É que já há pessoas a vender castanhas assadas e a minha religião não permite comer castanhas assadas de manga curta. Achas que consegues fazer isso por mim?
É o fim do mundo como o conhecemos.
Estou assoberbada.
Eu não sou queridinha. Não sou amorosa, pegajosa, cheia de lamechices ou dengosa. Não sou de coisas românticas, e Deus me livre de ser "fófi". Hoje estava a trabalhar em conjunto com um colega na secretária do mesmo, quando ele se ausentou. Trinta segundos depois o telefone desata numa chinfrineira e a palavra "Amor" começa a piscar incessantemente à minha frente. Quando ele regressa, lá decide Sô Dona Bad fazer a piadinha, com um risinho sarcástico:
- O amor fartou-se de chamar por ti, mas ninguém lhe respondeu.
O moço fica embaraçado e, em sua defesa, sai outro colega, que diz logo:
- Então, eu tenho a minha mulher como "Queridinha"... como é que tu tens o nome do teu namorado no teu telefone?
- Bráulio.
- Bráulio? Só assim?
- Não. Bráulio Aurélio.
Causa-me uma espécie de todo o tamanho esta coisa dos "Querido" e dos "Amor" no telefone. Para muitas pessoas pode ser uma coisa de simples gestão. Mas, a mim, exige racíocinios do género:
Eu conheço o Bráulio Aurélio, e ele dá-me o número de telefone. E eu registo como "Bráulio Aurélio". Entretanto, beijo para cá, amasso para lá, e lá troco o nome por "Amor". Depois zangamo-nos e eu, enraivecida, troco o nome para "Besta". Serenados os ânimos, volto a chamar-lhe "Bráulio Aurélio". No meio disto, conheço o Eurico Presbítero, que também me dá o número de telefone. Que terá o seu nome associado. E cá vai disto, escalope no escalope, lá vem mais um "Amor". É assim? Ou um é "Amor", o outro é "Querido" e o outro é "Fofo"? E quando é que deixam de o ser? Quando a relação acaba? Quando o amor acaba? Ou quando a raiva aparece? É muita confusão para mim.
Em primeiro lugar, gostaria desde já de apresentar as minhas desculpas aos leitores que acham que a minha alimentação varia entre os pratos de peixe do Villa Joya e os de carne do El Bulli. Em segundo, assumo publicamente as minhas idas ao Lidl. Se eu gosto de ir ao Lidl? Nem por isso mas, para ser franca, há coisas que tanto me dá comprar no Lidl como no Pingo Doce ou no Supermercado do El Corte Inglés. Uma delas é a batata frita de pacote, esse alimento de grande categoria.
Primeiro, compra-se o pacote da batata. Eu prefiro as onduladas. Há quem goste das lisas. Está bem das duas maneiras e ninguém há-de ficar "na mão", porque os senhores das batatas Triska pensaram em tudo. Ali, no canto superior direito, em pequenas letras brancas, pode ler-se...
... "Sugestão de apresentação".
Esta é uma dica que, parecendo que não, dá jeito. Principalmente àqueles solteirões que vivem sozinhos e que não sabem fazer nada na cozinha. Nem posso imaginar o desespero de uma pessoa que chega a casa com um pacote de batatas fritas e que não sabe o que fazer com aquilo. Sente-se a falta, obviamente, de um "Abrir por aqui", mas do mal o menos.
Pouco menos de uma década a trabalhar num sítio e o que mais estranham depois de eu ter vindo embora é o silêncio.
Ai, desde que tu saíste que isto parece um velório...
E da competência? E do profissionalismo? Não. Têm saudades é da palhaçada.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!