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Neste preciso momento, naquele concurso do Malato, a pergunta é:
"Qual dos seguintes países não tem um regime comunista:"
As respostas possíveis são China, Vietname, Cuba e Portugal.
A Carla passou a resposta à Frederica. A Frederica - valha-nos ao menos isso! - acertou.
A culpa é da Carla? Não. A Carla vê o Hu Jintao ser recebido como se fosse um herói. A Carla vê o Sócrates bajular o Chávez. A Carla conhece o ditado que diz: "diz-me com quem andas...".
A Frederica, porém, não sabe o que se comemora no dia 1 de Dezembro.
Gosto de ver o "Biggest Loser". Quando o MQT adormece antes do fim e me pergunta, no dia seguinte, quem saiu, eu respondo sempre: "O gordo". Por falar nisso, a SIC comprou o formato do programa, o que me parece uma bela iniciativa. A não quererem fazer merda como a RTP fez com o "Project Runway", se calhar aceitam as minhas sugestões. Por acaso só tenho uma: Diana Chaves para apresentadora (e não, eu nem sequer gosto muito DA Diana Chaves). Não estou para estar aqui a perder tempo a explicar porquê. A RTP não me ligou nenhuma. Se a SIC quiser saber como tornar este programa num sucesso, que me pergunte. Estas merdas pagam-se e a crise está para todos. Essa é que é essa.
O zapping nocturno de ontem deu-me dois presentes, sob a forma de incoerência. Na SIC, o júri do "Ídolos" insulta pessoas. De novo? Nada. Apenas o facto de estas pessoas estarem na segunda (ou terceira, não sei) fase de castings. O júri passou para a fase seguinte concorrentes para depois lhes perguntar o que é que eles estão ali a fazer. Faz sentido? Nem por isso. Mas engorda as audiências. Aproximadamente à mesma hora, na TVI, na Casa dos Segredos, uma rapariga com ar de rameira lambuzava um rapaz com ar de sou-tão-fixe-com-este-ar-de-arrumador-de-carros-mas-em-formato-beto-que-deu-em-rebelde e jurava-lhe a pés juntos que, se ele saísse, ela havia de ir com ele, porque não suportava a casa sem ele. Casa onde ela entrou sozinha para (parece-me que é o objectivo) ser a última a sair. Se o rapaz saiu ou não, não sei. Mas que aposto que nem meia semana vai passar até a rapariga com ar de rameira se apaixonar de morte outra vez...
Pois, caros leitores, lamento desapontar-vos, mas eu vi a primeira emissão da "Casa dos Segredos". Como vocês não fazem a mais pálida ideia do que é que eu tenho que fazer mensalmente para trazer o soldo para casa, eu podia sair airosamente desta confissão, dizendo que o fiz por motivos profissionais. Ou dar montes de allure a isto, dizendo que estou a desenvolver uma tese sobre o magnetismo dos programas mais trashy de televisão. Mas a verdade é que não. Da mesma maneira que me dá um gozo tremendo ver o Porto Canal, coisas como a "Casa dos Segredos" também me acalentam a alma. Ora (não) explicadas as razões de tamanho chafurdar na lama no serão de Domingo, tenho a dizer-vos que: WTF??? Eu não vi o início e, talvez por isso, não saiba nada sobre as regras. Percebi (OK, aquilo não é Física Nuclear) que os concorrentes têm segredos e que os outros têm que os descobrir. Nós (telespectadores) também sabemos os segredos. Mas não sabemos a quem pertencem. Alguns são um bocadinho parvos. Tipo "Já tive um bar de alterne" ou "Já fui acompanhante de luxo". Para mim 90% das mulheres que entraram naquela casa podiam ter tido um bar de alterne E podiam ter sido acompanhantes. O "de luxo" é que me lixa. Depois há um obsessivo-compulsivo (vai ser o gajo que está constantemente a fechar as gavetas), a que namorou com um jogador da selecção nacional (vai na volta e pode ser de andebol de sub-18...) e o filho da figura pública. Aqui é que a porca torce o rabo. Neste país, dá-se um pontapé numa pedra e sai de lá uma figura pública. Toda a gente aparece nas revistas, na televisão. É porque entrou num "Big Brother", porque apareceu em um episódio dos "Morangos com Açúcar" ou porque apresenta um programa no Porto Canal. Neste país a profissão mais proeminente é "Figura Pública". Esse vai ser o menos fácil de encontrar. Pode ser qualquer um. A ideia gira do programa são uns gémeos que alternam a participação no mesmo. Ora aparece o A na casa, ora aparece o B. Embora ao lado um do outro as diferenças (poucas) sejam óbvias, para mim seria impossível distingui-los. Eu, que namorei com um gémeo e, uma vez, num bar onde estávamos nós, alguns amigos e o irmão dele, eu saí da casa de banho e dei uma palmada no rabo do irmão errado... mais depressa eu achava que o tipo era bipolar.
Aceito que a TV que eu ajudo a pagar passe programas pirosos, que só me incomodam a retina.
Aceito que a TV que eu ajudo a pagar passe programas populares, que só me atingem no bom gosto.
Não aceito que a TV que eu ajudo a pagar enalteça, chamando-lhe espectáculo,uma barbárie que serve meia dúzia de elites amorais que se regozijam e aplaudem uma forma de maus tratos animais.
Eu boicoto a RTP amanhã e sempre que o canal "público" me ofender na moral e nos princípios.
Eu tenho vergonha. Tenham vocês também!
Esclarecimento: a iniciativa não é minha; o seu a seu dono, o cartaz que encontram acima está a ser partilhado no Facebook. A indignação neste post, essa, é toda minha.
Eu vejo o Porto Canal. Verdade. Às vezes, quando estou aborrecida a olhar para a televisão, sou possuída pelo espírito havaiana (vulgarmente conhecido pelo "fugir o pé para o chinelo") e lá mudo eu para o 14, onde encontro coisas como:
Dias Felizes: programa apresentado por uma Barbie com um sotaque medonho, que visita os noivos no dia do casamento. Vai à casa da noiva, à casa do noivo, à igreja e à festa. Não sei se aquela gente ganha mais do que aparecer no programa (deve ser o sonho de uma vida concretizado), mas há poucas coisas piores do que aquilo. E estão todas no Porto Canal.
Apetites: programa apresentado por um cromo com um sotaque medonho, que visita restaurantes da área metropolitana do Porto. Normalmente repete o que os anfitriões dizem, mas sempre cantando um "inho".
Exemplo: "Então, Dona Gertrudes, o que temos aqui no Restaurante Agarra a Burra?",
"Temos bacalhau à Brás"
"Bacalhauzinho à Brás"
"Coelho estufado"
"Coelhinho estufado"
(...)
O Mendonça termina sempre o programa sentado à mesa e com a assinatura (que ele próprio inventou): "Depois não digam que não há profissões mesmo muuuuuito difíceis."
Romaria do meu coração: Nunca vi. Com pena. Parece que acompanha as festas e romarias deste nosso Portugal.
La vie en rose: desconhecidos abrem revistas e falam sobre as vidas dos outros como se eles próprios fossem figuras públicas. Sandra Sá (que se aproveita) faz-se acompanhar de Bebé Moreira (quem?), Cristina Ramirez (quem?) e outra criatura que veio substituir o Tozé Santos e Sá (quem??). Vejam aqui um antigo, se tiverem paciência.
Toca a cantar: Desconheço o local onde decorre a acção deste. O apresentador (que não tem um sotaque medonho) entrevista a custo os "cantores" de karaoke que vão a concurso numa danceteria do Porto.
Há uma razão para eu não saber muito sobre os programas do Porto Canal: tudo bem que é divertido, mas aquilo é como os choques eléctricos: ao princípio faz cócegas, mas depois incomoda.
Para terminar, vou abrir-vos o apetite. Cá vai disto:
Foi voçe que pediu um belo canal?
Física quântica? Easy.
Biologia molecular? Canja.
Ciência aeroespacial? Piece of cake.
Histologia animal? De olhos fechados.
Antropologia forense? Para meninos
O que me lixa é mesmo o atletismo. Acabo de ouvir um jornalista da SIC dizer: "o tronco de Obikwelo foi o quarto a alcançar o plano vertical da borda, mais próximo da linha de chegada.".
Vocês já sabem o pranto que foi na minha vida o fim do Lost. Zanguei-me e chorei, mas lá acabei por me resignar. Numa vida pós-Lost é tudo mais triste, muito mais insonso, chega a ser devastador. A televisão parece emitir imagens em branco, tudo é demasiado simples, tudo é bacoco. Ou melhor, era. Uma vez, em conversa com um amigo (ex) toxicodependente, ele explicava que todas as experiências que fez foi em busca da sensação da primeira vez. Por vezes "tocou-lhe". Hoje, eu, Lostaholic, tive um vislumbre do que é esse toque. De voltar a ficar vidrada no écran. De respirar coordenadamente, de forma a não interromper o raciocínio. De piscar os olhos porque tem que ser. Só mesmo Christopher Nolan para me fazer esquecer a implicação com Leonardo di Caprio. Só mesmo "Inception" para me fazer acreditar que consigo "tocar" novamente a magnífica sensação de ficar absorvida na história.
... eu tinha razão. Pronto, está dito.
Claro que podiam ter feito a coisa bem feita, era só seguirem as minhas directrizes. Mas não, quiseram inventar. Ah, somos tão criativos, vamos fazer da Nayma uma apresentadora. Esqueceram-se daquela coisa que é suposto os apresentadores de televisão terem que é... como é que se chama? Isso, boa dicção. Só vi coisas mais mal apresentadas no Porto Canal. Para não falar do júri. Mas o despontamento é tanto que tenho que digerir melhor, antes de voltar ao assunto.
Sugestão (agora que fizeram merd@ vão aceitar o que tenho para vos dizer?): mantenham por aí a "Rojinda". Pode ter um "xotaque " de fugir, mas mais nada vai manter as pessoas a verem esse programa. Que podia ter sido tão bom...
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!