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Fisioterapia, canadianas, não conduzir, não correr, não andar de saltos altos, não f*d*r, as dores (oh, céus, as dores!), as injecções na barriga, a falta de posição, o gelo.... faltava mais alguma coisa?
Pois faltava.
Era não poder ir à praia.
REFORMULO:
Não poder apanhar sol.
Mas eu cubro as cicatrizes. Com NÍVEA, com um pano, com o que quiserem...
Nops. Não podes apanhar calorzinho.
Sabem o que também podiam fazer? Era espetar-me com alfinetes de uma ponta à outra. Ainda assim era capaz de me custar menos.
Dolce fare niente o c@r@lhinho.
Se o funcionário da loja diz: "Vou ali buscar estas calças ao armazém.", o melhor é:
1 - Arranjar um sítio confortável para sentar.
2 - Pegar num livro. Pode ser o "Guerra e Paz".
3 - Avisar que vamos chegar tarde para jantar. No dia seguinte.
4 - Pousar o livro por causa da vista cansada.
5 - Ir ao cabeleireiro. Fazer algo como uma coloração ou uma permanente.
6 - Voltar à loja.
7 - Prepararmo-nos para o pior. O funcionário regressa, mas já com barba de 3 dias, desnutrido e com sinais evidentes de luta. Quase não dá para reconhecê-lo.
Descobri hoje que o "Vou ali buscar estas calças ao armazém" é o novo "Vou comprar tabaco e já volto".
(A quantidade de gente que cá vai chegar enganada pelas buscas de "vídeos caseiros"...)
Para fechar o tema neve e abrir um outro que se resume numa expressão popular ("Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és"), cá está o vídeo mais bem conseguido das férias. O rapaz que vêem segurar-se como se a própria vida dependesse disso ao "saca-rabos" era um estreante em matérias de ski. A menina que está a gravar o vídeo e que diz todas aquelas pérolas é uma semi-pro com muita capacidade didáctica (não discuto os métodos, claro...). O resultado, esse, chega a ser hilariante.
Para ouvir em local discreto. Vídeo aqui.
Hoje celebrei o meu segundo dia de férias. Enquanto preparo as pernas para as dores musculares que se avizinham, nada melhor do que passar os dias de férias a fazer disparate atrás de disparate. Tomar o pequeno-almoço ao pé da praia, ou pôr o cinema em dia é razoável. Sabe bem acordar sem despertador, não ter horas para nada, fazer as coisas ao nosso ritmo. Isso sabe bem. Então porque raio decidi eu mudar o rumo positivo que as coisas estavam a ter e ir ao cabeleireiro? A um cabeleireiro qualquer, que eu sou uma gaja que vive nos limites do risco, quero cá saber quem me mexe numa das partes mais importantes da minha fisionomia!...
Como sou dada a poucas conversas e a poucas idas ao cabeleireiro, respondi estupidamente que sim a tudo. A única variação ao "Sim" foi no primeiro contacto, com a frase (imbecil): "Pode fazer o que quiser.".
Resultado: três horas (que ele me garantiu que ia ser uma) alapada numa cadeira, a ser atacada por tesouras, navalhas, tintas, papéis de prata, pentes grandes, pequenos, médios, cera, gel, laca e qual o resultado? Saí do cabeleireiro com um gato siamês na cabeça e com menos uma pequena fortuna na conta.
Não contente com isto decidi guardar o segundo dia das férias para uma coisa também muito prazenteira: ir ao dentista. A cadeira do dentista não é nada que me assuste de sobremaneira, mas com a péssima qualidade das minhas gengivas (ninguém é perfeito...) sei que uma limpeza nunca é apenas uma limpeza, e estou sempre sujeita a pequenas cirurgias que acabam por me transformar numa semi-imberbe dependente de batidos e líquidos. Ora se uma das botas de ski ficou paga com o cabeleireiro, o par ficou completo com a conta do dentista.
Estava a pensar que não tenho nada de extremamente desagradável e estupidamente caro para fazer amanhã. Se calhar ligo para a ginecologista para ver se ela me atende. É que tendo em conta o que aconteceu da última vez que lá fui, parece-me que é coisa para estar à altura dos dois acontecimentos anteriores...
A vida tem destas coisas: consegue estragar a ironia do "quê" com a superioridade irónica do "como".
Deu cabo do pé do gajo meia dúzia de dias antes de este ir para a neve? Deu sim senhor.
Irónico? Um bocadinho.
E se o tal do gajo com o pé ao "peito" é o senhor vai-a-todas no que a desportos radicais diz respeito (ele é snowboard, BTT, surf, pára-quedismo...) e dá cabo do tal pé meia dúzia de dias antes de ir para a neve enquanto pratica essa actividade maluca que consiste em pôr um pé à frente do outro, also known as caminhar? Já tem mais piada, não tem?
Ainda não saímos do Porto e já temos baixas. Sim senhor, isto é mesmo radical. Para o lesionado, os desejos de melhoras. Nós tiramos fotos. Prometo.
... mas começa a ser demasiado óbvio:
Bad, a tentar domar a fera de quatro anos:
- Se te portares bem esta semana, no Domingo levo-te à neve. Vamos de manhã e voltamos à noite.
- E vamos de avião?
Eu, que por acaso estava a pensar na Serra da Estrela ou em Manzaneda (pindérica!), respondo:
- Não, vamos de carro.
- Oh... gosto mais de andar de avião.
Se, durante a noite, tens mais sede do que é habitual, colocas os braços por fora da roupa da cama e eles não gelam, e sentes o nariz (MUITO) entupido, talvez seja boa ideia ires verificar se eventualmente não te esqueceste do aquecimento central ligado.
Por muito agradável que seja acordar e saltar da cama sem ter um choque térmico, é capaz de ser pouco saudável. E, a repetir muitas vezes, é capaz de ficar um bocado caro.
Enfim... a idade já não perdoa, é o que é.
30 anos e 365 dias depois de ter nascido, e pela primeira vez na minha vida, digo aquela frase ali de cima ao meu pai. Protegida pelo telefone, evidentemente. Pena não ter conseguido ver a expressão facial que acompanhou o:
- Isso é linguagem que se tenha???
Acho que vou esperar mais 30 anos para dizer qualquer coisa como:
- Que se fod@!
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!