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O título do CM não deixa lugar para dúvidas: o Ministério Público quer pôr os portistas na prisão. Pergunto-me: TODOS? Eu sei que não somos seis milhões, mas ainda assim é muita gente para levar para o cárcere. E se lá metessem só o Jardim?
Pelo sim pelo não, vou fugindo para o Brasil. Apesar de não estar tanto calor como aqui, não deixa de ser um sítio simpático.
Ontem fui à bola. O jogo bla-bla-bla, o resultado bla-bla-bla, os jogadores bla-bla-bla.
A minha atenção (chamem-me lésbica, a ver se eu me importo), contudo, foi grandemente para a mulher de Raul Meireles. E não foi (só) por estar empinada nuns Loubotin Daffodile (eu facilito e coloco a foto) com 16 cm de salto. Nada disso. É pela pinta. Pelo bom ar. Por não ser loira, mamalhuda, burra e desinteressante num planeta quase exclusivo dessas, que passam o tempo sentadas no sofá do costume, com a cara do costume, certamente a discutir os assuntos do costume. Nada disso. Ostenta as tatuagens com o mesmo à vontade com que corre de um lado para o outro em cima daqueles sapatos. E porra, uma selecção que tem um jogador que tem uma mulher que consegue correr em cima daquilo? Merece tudo.
Havia, pelo menos, outra criatura com uns Louboutin iguais. Mas falta-lhe andar tanto para lá chegar...
Aquela coisa do "entrar pela (M)madeira dentro" quando queremos dizer que gastamos uma pipa de massa faz, finalmente, sentido.
Da estreia da segunda edição da Casa dos Segredos veio uma coisa boa: todos os ex-concorrentes de todas as edições do Big Brother e até os concorrentes da Casa dos Segredos 1 me parecem, agora, pessoas extremamente sofisticadas e moderadamente inteligentes.
O país está em crise e basta ligar a TVI para perceber porquê.
Ontem cheguei a casa e liguei a televisão no canal público no exacto momento em que a sardinha assada era declarada uma das sete maravilhas da gastronomia portuguesa. Tudo num espectáculo de luz e som com ar de caro, que a televisão do Estado tem muito dinheiro para gastar. É em touradas e "Óscares" da comida, tudo à grande. Podia - pois podia - ter mudado de canal, mas a emoção que tomou conta de mim bloqueou-me qualquer possibilidade de movimento, pelo que tive de me deleitar com os discursos embargados dos "vencedores". Até ontem não tinha pensado o quão disparatada era esta coisa de eleger as maravilhas da gastronomia portuguesa, feita pelo povo e através de linhas de valor acrescentado. Nada disso de ver quais os pratos com mais história, mais riqueza de sabores, mais tradição, mais "saída". Não. Vamos lá ver quem tem mais amigos com € 0,60 + IVA para gastar.
O espectáculo de ontem trouxe até mim algum conhecimento que, sem eu sequer imaginar, me fazia falta. Fiquei a saber uma coisa gira, para começo de conversa: a sardinha assada é uma coisa de Lisboa e Setúbal. Ou é de mim ou temos de mandar cancelar a véspera de São João. A seguir, elegem o Leitão da Bairrada. Ao palco sobem, à vontade, umas 163 pessoas (eram só 4, acho eu), entre as quais a mandatária da candidatura Aurora Cunha (she's alive!, she's alive!), que iam agradecendo, um a um, a todos os que votaram no leitão. Depois veio o pastel de Belém. Nota: não é o pastel de nata, que isso não beneficiava directamente nenhuma empresa. É o pastel de Belém. 2 prémios assim de rajada para Lisboa e Setúbal. Sendo que a região de Turismo de Lisboa era patrocinadora do evento. Não estou a querer dizer nada com isto, mas se alguém quiser entender alguma coisa que não está a ser dita aqui, pois que esteja à vontade. Talvez vá ao encontro dos pensamentos que eu não estou a ter.
No final, passa a lista dos vencedores, que tinha: Alheira de Mirandela, Queijo Serra da Estrela, Caldo Verde, Arroz de Marisco, Sardinha Assada, Leitão da Bairrada e Pastel de Belém, e eu achei bonito. Parecia a ementa de um restaurante da feira popular.
Eu odeio bacalhau, mas eleger maravilhas gastronómicas portuguesas e não haver um bacalhau a encabeçar a lista? Soa-me a estúpido.
Mais a mais, um povo que tinha amêijoas à Bulhão Pato, polvo assado e pudim Abade de Priscos à disposição e optou por arroz de marisco, sardinha assada e pasteis de nata Belém não merece ser levado a sério.
O país já percebeu que o Pingo Doce e o Continente andam a fazer guerrinhas daquelas que são tão ridículas que deviam ser evitadas por pessoas com mais de 12 anos.
Como me dá a sensação que a bola está do lado do Pingo Doce (se bem me lembro havia os cabazes e depois o Continente disse que os cabazes eram uma treta e o Pingo Doce ainda não replicou), tenho uma sugestão publicitária que roça o extraordinário. Se não, vejamos: o Continente decidiu escolher aquele moço com problemas de dicção para o anúncio. E eu acho que o Pingo Doce aproveitava isso e fazia um anúncio (podia lá pôr um director de loja, ou o senhor que vai comprar os porcos) que dissesse:
- Aqui no Pingo Doce não escolhemos porta-vozes que parecem estar a defecar. Mas se escolhêssemos, tínhamos para ele papel higiénico a xx€ o rolo.
Contsinentse? O que é o Contsinentse?
...e parasse IMEDIATAMENTE com as transmissões das merdas das touradas.
Todas as santas semanas (ou quase) a RTP, televisão do Estado, transmite um belo espectáculo de violência e sangue.
Se serviço público é isto, talvez não fosse nada mal pensado privatizar aquilo de uma vez por todas.
Fico sempre a olhar com alguma incredulidade para aquelas pessoas que se descrevem com um "amigo do meu amigo". O que raios significa isso? Há quem seja inimigo dos seus amigos? Ou só colega dos seus amigos? Conhecido dos seus amigos? Não, pois não? Dizerem que são "amigos dos amigos" é tão pouco criativo como dizer "mulher do meu marido" ou "empregado do meu patrão". É palerma.
E que tal se se descreverem com um "pessoa sem nada para dizer sobre mim próprio"? No fundo dá no mesmo, mas acaba por ser menos estúpido.

Djaló vai para Nice. Na cintura, um mosquetão para escalada. Lucy vai com ele. Com botas de neve. Nice nunca mais vai ser a mesma. Aliás, a partir de agora, passa a chamar-se Djanicy. E vai ter uma loja de modas.
Para aqueles que acham que, no que ao futebol diz respeito, eu sou apenas e só uma parcial adepta portista, quero aqui acabar com esse mito, manifestando o meu desagrado com uma das contratações desta época. Como ainda não sei muito sobre os novos jogadores (há?), condeno veementemente a contratação da alma luminosa (e daltónica) que serviu de fashion advisor para os fatos que o treinador da minha equipa usa. Mas quem é que escolheu aquilo? O mesmo tipo que sonhava vestir Vito Corleone? Saberá a Direcção do Clube o quanto me envergonha ter de assistir a um jogo com um tipo vestido de morcego a dar instruções à minha equipa? Pagaram a pessoas para terem aquela ideia? Foi com o dinheiro da venda do Falcao? E durante quanto tempo é que o criativo ficou a pensar naquilo? Em misturar preto com azul escuro e com azul eléctrico? Fica muito jeitoso. Estou desejosa que chegue o Inverno, para ver a gabardine cinzenta em cima de tudo isto.
Ainda se fosses cenourinha como o outro, isso contrastava...
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!