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Mulher de Marte, homem de Vénus

por Bad Girl, em 12.01.11

Na segunda-feira de uma qualquer semana, espirro. Uma, duas, três vezes. O suficiente para emborcar dois Ilvico e dizer mal da minha vida. Na terça-feira seguinte, quatro Ilvico depois, decido que o entupimento nasal tem que levar com Rhinomer, e as dores de garganta com um Strepfen, que é só para verem como elas mordem. Decido abdicar do Ilvico ao fim do dia quando, somado aos sintomas anteriores, aparece a febre. Mudo para Ben-U-Ron e ligo à minha mãe, para me queixar da febre, das dores no corpo e da vida em geral. Faço um upgrade na área do spray nasal e ataco com Vibrocil. Mantenho os Ben-U-Ron, enrosco-me no sofá, faço voz de mimo e queixo-me a cada movimento. Faço uma ou outra cena, ele faz canja, chá e releva o (ainda pior) feitio. A tosse chega e, com ela, o Bisolvon. Já é sexta-feira e eu perdi a voz. O senhor da farmácia diz-me para tomar Aerius, para desentupir, e eu complemento a receita com Vicks VapoRub. A minha mesa de cabeceira parece o carro de um dealer. Dez dias depois volta tudo à normalidade: temperatura, voz, respiração. No dia do milagre, o MQT acorda sem voz. Como não tem espirros, não quer Ilvico. Como não chega a ter febre, não quer Ben-U-ron. Não quer xarope para a tosse que vai tendo "mas é pouca". Continua sem voz, acede ao Strepfen durante meio dia para achar que não resulta. Não quer Vibrocil porque "pica" e "faz dores de cabeça", o Rhinomer acabou e ninguém o substitui. Para quê? Também não quer Aerius porque lhe dá sono e precisa de estar desperto para uma semana muito preenchida. Semana que vai passar a falar com pessoas. Com que voz? Não sabemos, ninguém sabe. Ligo para a minha mãe a queixar-me da teimosia dele. Chamo-lhe coisas. Insisto que tome qualquer coisa mas tudo tem defeito. Não vou insistir muito. Afinal, nunca se sabe quando vou precisar dos medicamentos para mim. A voz voltou-lhe, finalmente, ao cabo de uma semana. A tosse continua. Mas isso, claro, não é nada. Vivemos na mesma casa mas em planetas diferentes. O único ponto em que concordamos é que nada disto é coisa para ir ao médico. Livra! 

Cara febre,

por Bad Girl, em 30.12.10

Chateia-me pouco que tenhas decidido deixar-me durante a noite, sem dar a mais pequena explicação. A nossa relação não estava bem desde o princípio, e tu percebeste. Afinal és inconveniente, mas não és nada parva. Achei simpático que tivesses levado contigo as dores que tinhas espalhado pelo meu corpo todo. Afinal foste tu quem as trouxe. O que me lixa no meio disto tudo, se queres que te diga, é que era suposto teres levado a porcariado ranho (pardon my french) e teres deixado ficar a voz. Não era o contrário. Eu adorava gritar aos quatro ventos que tu és uma ladra reles mas não posso. Porque pareço um filme mudo. A cores. Ah, e por falar em cores, amarelo não era a cor da minha cara antes de tu chegares! Porquita! 

O "convite"

por Bad Girl, em 20.10.10

Antes de avançarmos preciso de esclarecer uma coisa: eu simpatizo com o Nuno Markl. Por isso, tudo o que eu vou aqui contar sobre o serão de ontem será imputado, inevitavelmente, a uma entidade suprema que será chamada, a partir de agora, de “Organização”.

Ontem foi o lançamento do livro “Caderneta de Cromos” aqui no Porto. Por motivos que me são quase alheios, dou por mim na Discoteca Twin’s da Foz às 21:30 (também conhecida como “a hora marcada”), para assistir ao evento. Exactamente uma hora e quinze minutos depois, o evento começa (só para não haver dúvidas: às 22:45). Os pés já me doíam (não me sentei no chão como 50% das pessoas que lá estavam) e o joelho começava a doer. Para evento que se esperava  ser “de humor”, a coisa estava a ter pouca piada. Não sei quem foi o culpado disto, mas imagino que tenha sido a “Organização”. Uma hora e um quarto são setenta e cinco minutos. É quase um jogo de futebol. Fazem-se filhos em menos tempo. Matam-se pessoas em menos tempo. Talvez seja possível escrever livros do tamanho do livro que foi apresentado num período de tempo equivalente. E não, eu não fui embora. Porque não podia e é tudo o que posso dizer. Vinte minutos depois de ter começado a apresentação, esta acaba (novamente para não haver dúvidas, às 23:05). Tanto mau preliminar para uma “queca” apenas razoável. Farta daquilo e com o dever cumprido, apresso-me para a caixa para pagar. Na fila, a coisa roçava o mercado do peixe: um senhor, que tinha recebido um convite para o evento (acho que o ganhou num passatempo da Rádio Comercial) reclamava com: a menina da caixa, alguém que não consegui identificar e um segurança. Estávamos todos parados numa fila a assistir à reclamação do senhor e NINGUÉM fazia nada para o puxar para o lado e resolver duas coisas: minorar a sensação de escândalo e dar andamento à fila. Pois logo ali eu fiquei a saber que as pessoas que tinham um convite se viram obrigadas a pagar € 10,00 para assistir a vinte minutos de puro humor. Se foram avisados? Cito a senhora da organização que foi chamada a resolver a situação: “Eu não estou aqui para enganar ninguém. Diz aqui no convite: “Consumo obrigatório com direito a uma bebida”.”. Uma editora (de livros) faz convites e o melhor que consegue é dizer às pessoas que elas são obrigadas a consumir, mas que têm direito a uma bebida. Têm, portanto, direito à bebida que foram obrigadas a consumir. Ainda assim, têm que pagar € 10,00 pela “entrada”. Resumindo, mais quinze minutos na fila para assistir a uma péssima demonstração de gestão de reclamações, que (aposto) foi apenas a primeira da noite. De salientar o cérebro iluminado da senhora da tal “Organização” que, cereja no topo do bolo, vai de dizer ao senhor que reclamava furiosamente: “Eu até tenho aqui umas senhas para dar aos meus amigos”. Ah, bom... algo me diz que isso não ajuda em nada o teu caso. Mas isso sou eu. 

 

convite

s. m.

1. Pedido de assistência ou concorrência de alguém a determinado acto!ato.

2. Banquete, festim.

3. Fig. Brinde (em paga de algum serviço).

4. Dádiva, favor, obséquio.

 

in Priberam

Caro Mark Zuckerger

por Bad Girl, em 13.10.10

Pensei muito antes de te escrever esta carta. Porque eu não costumo "falar para" moços de vinte e seis anos. És novo e eu posso ir presa. Depois de teres mandado cancelar a minha conta no Facebook, já desconfio de tudo. Adiante...

Não posso dizer-te que fiquei muito espantada quando vi que cancelaram a minha conta. Assim, sem mais nem porquê. Não há cá um email a avisar que o perfil tinha sido denunciado, ou só que ia ser desactivado. Para quê? Denunciaram, está denunciado, o cyberbulling existe e o Facebook apoia! É uma espécie de vingança pelos tempos da escola, não é Mark? Deves ter sido muito ostracizado na infância... A verdade é que há gente muito mesquinha por aí, e o Facebook dá para fazer o gosto ao dedo de quem gostava de ter podido conviver com a PIDE. Também há aquela história de ser uma rede social, é preciso dar a cara. Já vi fotografias tuas, e não tens cara de quem tenha conquistado muitos amigos por causa dela. Ou obscenidades. Eu digo umas c@r@lh@d@s. Está bem que, na semana passada, houve duas pilas que me convidaram para ser amiga delas no Facebook. Tudo bem. Vernáculo é que não, que é lá isso? Ou então, já sei: fui denunciada porque menti. Não me chamo Bad. Verdade, dizem os putos de 14 e 15 anos que andam por aí a chamar "paneleiros" uns aos outros nos murais e dizem que nasceram em 1990. Isso pode. Podia dizer-te que é uma sensação de desespero, de impotência, de perda. Não é. Já aqui reclamei que o Facebook não é de confiança. É como a sociedade. Se a conta não for reactivada, provavelmente abrirei outra. E outra a seguir e, se me denunciarem, hei-de abrir mais um par delas. Talvez, se me cansar muito das pessoas pequeninas que perdem tempo a tentar fod£r os outros, até abra uma página de fans. Aposto que elas vão adorar. Eu já trabalhei num sítio onde, para ir fazer um mero xixi, tinha que desligar o computador, trancar as gavetas e levar a carteira. Denúncias no Facebook? Isso é para meninos. E eu, toda a gente sabe, sou uma menina. Má. 

Gente que se dava comigo no Facebook...

por Bad Girl, em 13.10.10

... não sei. Ainda não sei. Mas alguma coisa se há-de resolver.

Das coisas lógicas desta vida

por Bad Girl, em 26.09.10

"Vocês é td um bando de idiotas. Juntam-se para ajudar a gaja. E se ela não vai para Bruge? Ficam td a chorar o dinheiro e ela a rir-se de vocês bando de tansos."

 

Caro "Justiceiro",

Das duas uma, ou bando de idiotas ou bando de tansos. Ou divides. Metade idiotas, metade tansos. Mas adiante, muito obrigada. Espera, não é assim. É MUITO OBRIGADA!! A sério. Nunca tinha pensado nisso. Agora vejo a luz, e tudo graças a ti. Então não é que eu passava as minhas noites às voltas na cama, a pensar na faustosa vida que a Maria vai levar com os meus doze, ou trinta, ou cinquenta euro? Da mesma maneira que penso como vai o senhor da tabacaria gastar o dinheiro que eu paguei pelos jornais que lhe compro. É que, convenhamos, se não for para um propósito digno, eu vou lá e exijo o meu dinheiro de volta. Ele que não pense que vai comprar tabaco e dar cabo dos pulmões. Não com o meu dinheiro. E se for para ir de férias, ainda temos que ver muito bem o lugar escolhido. Olha, "Justiceiro" a bem da verdade, eu acho que a Maria vai para Bruges. Não é graças aos meus euro. Não. É graças a ela. Se, por uma eventualidade do destino a Maria não for para Bruges, estou-me perfeitamente nas tintas para saber o que ela faz ao dinheiro que ganhou a despojar-se dos seus bens. E se me apetecer vender todos os livros, CD e DVD que tenho em casa para comprar um par de sapatos? És tu que me vais dizer que não posso? Não queres, não compras, segue em frente. Raio de gente mais problemática. 

Foi bom enquanto durou...

por Bad Girl, em 21.09.10

... mas acabei tudo com o Badoo. Verdade seja dita, já tive gajos que aceitaram melhor as minhas tampas...

 

" Não podemos acreditar que este seja o final, Bad… Há muita gente aqui que pode lhe ajudar a tornar tudo melhor. Mas de qualquer maneira, se resolver seguir em frente e terminar com tudo, pelo menos nos deixe sua opinião no espaço abaixo.

Acho que merecemos pelo menos isso depois de tudo que passamos juntos. Mas lembre-se... nós podemos mudar! Nós tornaremos as coisas melhores, prometemos!"

 

Posso mudar? Onde é que eu já ouvi isso???

 

Apaga, anda...

 

" Seu perfil foi deletado

Não temos palavras...
Certamente enviaremos um email para o seu email especificado."

 

Versão de "podemos continuar a ser amigos?"

 

Foram as quatro ou cinco horas mais assustadoras da minha vida. Adeus, Badoo. Íris, ainda estou de olho em ti...

Das ideias

por Bad Girl, em 15.09.10

Vamos agora supor que eu tinha uma ideia absolutamente brutal. Do género "apre, esta Bad está sempre à frente!"...

Pronto, supondo que eu tinha uma dessas ideias, eis as reacções:

Da graxista:

"Uau, Bad, essa ideia só poderá encontrar paralelo na invenção da roda!...Não, estou enganada... nem aí."

Da invejosa:

"A ideia não é má, mas qualquer pessoa podia ter-se lembrado disso... calhou! Por acaso ontem lembrei-me de uma coisa muito parecida."

Da frustrada:

"Eu por acaso não acho essa ideia nada de especial. Antes pelo contrário... é uma coisa já muito vista. E fazer isso? Isso é absolutamente impraticável... não, por acaso agora não tenho uma ideia melhor, mas porque é que não fazemos aquilo que fizemos uma vez há seis anos, que até fui eu que sugeri?"

 

Do mal o menos: do meu quotidiano só faz parte uma destas.

 

 

 

A vida pós-facebook

por Bad Girl, em 13.09.10

"Vê lá que tenho facebook há uma semana e já fui convidado para um evento!"

Cromo muito cromo que dissertava alegremente sobre a panóplia de alegrias que as redes sociais oferecem.

 

 

Estúpida!!!!

por Bad Girl, em 02.09.10

Acabo de saber pela wii que aconselhável seria eu engordar 2 quilos.

Cabra. A wii é uma cabra.

 


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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!

 

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