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Roubadinho, roubadinho...

por Bad Girl, em 12.10.08
Antes de expôr o material roubado, cabe-me dizer que foi roubado daqui. Imagem, post, e tudo e tudo... até pus a coisa em inglês porque, apesar do Prof. Júlio Machado Vaz falar em bom português, a coisa assim ganha mais "magia".

"Saying no to a woman is the beginning of a long path
that 99% of the times ends up with us saying yes".- Júlio Machado Vaz, in "Amor é"


- to avoid long useless paths, just say "maybe"...

Killing me softly

por Bad Girl, em 10.10.08

Desta vez o tema é sério. Não que das outras vezes não o seja. Mas desta vez sai de um armário da memória que eu achava já ter sido deitado fora para ser trocado por um multifuncional armário do IKEA. Como em tantas coisas na vida, enganei-me. E ainda tenho o móvel velho (chame-se vintage, dá no mesmo) nos arrumos da memória. Juntem-se os Freuds que lêem este blog, aglomerem-se as hordas de opinadores que me conhecem como às palmas das suas mãos "Ah, que giro, olha aqui este risco!". Esta é a vossa oportunidade para entrarem nos meandros da complexa mente que é a minha.

O que arrastou este móvel para o meio do corredor dos dias, para que eu tropeçasse nele foi a frase de uma colega. Falava-se de um alguém que não é suposto ser bom diabo. E quem somos nós para julgar se alguém é bom diabo ou não? Sei lá. De repente alguém desferiu o golpe final, aquilo que provava que ele era mesmo um traste, má pessoa, um gajo do pior:
- Até conheci uma rapariga que se matou por causa dele...
E eu gritei. Um grito de raiva e angústia, que sentenciou:
- Se ela se matou foi por causa dela, não por causa dele.

O resto dos argumentos não ouvi. Passara demasiado tempo a tentar guardar aquele armário para me fazerem tropeçar nele. Como a interlocutora não se calava, só me ocorreu dizer-lhe:
- Um dia que tenhas alguém que te diga que se mata por tua causa, eu quero ver se achas que tens culpa.
E virei costas.

Eu teria uns 22 anos e a vida ainda guardava algum romantismo para mim. Foi quando conheci o Paulo. O Paulo não tem dignidade para ter a sua privacidade aqui preservada, não tem direito a ter apenas uma inicial. O Paulo era um imbecil e um inútil. E só por isso foi capaz de tentar o suicido, por minha causa, segundo ele. Da minha parte lamento o falhanço. Mas não acredito que a tentativa tivesse sido séria. O facto de ele se lembrar ao pormenor da roupa que eu levava na primeira (segunda, terceira, quarta) vez que me viu não me pareceu estranho. Pareceu-me romântico. O facto de ele ter feito uma viagem Lisboa - Porto e estar à minha espera à porta de casa dos meus pais quando eu cheguei, de madrugada, de uma festa, só porque não lhe atendi o telefone não me pareceu obsessivo. Apenas estranho. O facto de me ter seguido e tentado levar à força de um parque de estacionamento não me pareceu criminoso, apenas obsessivo. E o facto de todas estas coisas se terem passado sem nunca ter existido uma relação entre nós não me pareceu doentio, apenas ridículo. O que me pareceu criminoso, doentio e perigoso foi ter atendido o telefone num dia qualquer e ter uma senhora histérica, aos gritos do outro lado da linha, a acusar-me de lhe ter tentado matar o filho. Foi aí que percebi algumas coisas. A primeira é que as psicoses podem ser genéticas. A segunda foi que devo sempre desconfiar de pessoas que, até ali, definiria como excêntricas ou estranhas. Acima de tudo percebi que, apesar de ter sido arrastada uns metros num parque de estacionamento público e de ter uma testemunha, não há justiça preventiva neste País. Pelos vistos, e de acordo com a polícia, só havendo uma agressão. Mesmo assim, talvez fosse melhor eu aparecer morta para eles tomarem providências. Mas aprendi uma coisa mais importante que todas estas: a não aceitar culpas que não sejam minhas. A história magoou-me, magoa-me e, certamente, continuará a magoar-me de futuro. Mas não é feita de culpas. Apenas de lições.

O amor não existe.

por Bad Girl, em 29.09.08
Ele não é mais do que um estado psicótico.

A noite já ia longa, eu era a única do grupo que não tinha sequer um miligrama de álcool no sangue, mas esta não foi uma teoria cuspida por mim. A bem da verdade, gostava que tivesse sido. Porque já a teria desenvolvido muito melhor. Porque não teria chegado aos 30 sem poder dar um nome à coisa. Porque não teria de ter olhado além do meu umbigo e sido obrigada a dizer: "Como é que eu não me lembrei disso antes? Eu, a bipolar, não me lembrei disso? Lamentável!". Já que estamos numa onda de honestidade, a pessoa que proferiu esta frase não tinha uma teoria mais larga que esta. Era assim. Decidiu que era um estado psicótico e pronto. Eu posso não ter tido a ideia (oh, Deus, porquê?) mas posso desenvolve-la e analisa-la. É como alguém, um dia, ter dito: "Podemos mandar o Homem à lua!", e depois continuar a fazer o ponto de cruz, enquanto outro alguém babava perante tal ideia, pensando como leva-la a cabo.

Nesta dissertação eu tentarei provar, por todas e nenhumas razões, porque é o tal amor, uma psicose (prefiro chamar-lhe assim). Segundo a wikipedia, cuja fidedignidade não pode ser considerada em todas as circunstâncias, mas está suportada por boas teorias neste artigo, Psicose é um termo psiquiátrico genérico que se refere a um estado mental no qual existe uma "perda de contacto com a realidade" [trocando por miúdos: o amor é um mal de cabeça, em que a realidade fica tão subjectiva, que um olhar não é um apenas um olhar, uma frase está cheia de entrelinhas, um sorriso é um convite e uma palavra doce não é educação, é um psicose correspondida]. Ao experimentar um episódio psicótico, um indivíduo pode ter alucinações [ e um simples "vamos ao cinema" pode ser ouvido como "és a mulher da minha vida, vamos casar e ter filhos"] ou delírios [já a caminho do cinema, imagina-se a igreja, os convidados, o padre no altar..], assim como mudanças de personalidade [que estão intimamente ligadas ao facto de o outro não sofrer da mesma psicose e também ao facto de responder ou não a chamadas e sms] e pensamento desorganizado [ele(a) não ligou porque não gosta de mim. Ou se calhar gosta tanto que acha que é impossível eu também gostar dele(a). Não, mas ontem ligou. Sim, mas ontem ele(a) não me tinha visto ainda com olhos de psicótico(a). Só como amigo(a)...]. Tal é frequentemente acompanhado por uma falta de "crítica" ou de "insight" que se traduz numa incapacidade de reconhecer o carácter estranho ou bizarro do seu comportamento [eu ando a segui-lo(a)? Não, claro que não. Só estou a fazer os mesmos caminhos que ele(a), para perceber se ele(a) fica bem]. Desta forma surgem também dificuldades de interacção social [os amigos não importam. A família não importa. O Mundo, como se conhece, passa a girar em volta da outra pessoa] e em cumprir normalmente as actividades de vida diária.

Chegados à conclusão que uma pílula pode ser influência fatal na escolha de um parceiro para a vida e sabendo que o coração não passa de um músculo, não me venham agora vozes de reacção dizer que não, que talvez eu esteja ligeiramente (ou redondamente) enganada. O amor per si não existe além de uma psicose, porque se cria na cabeça. Na vida será importante encontrar alguém com uma psicose que suporte a nossa. O bipolar (agora gosto, agora não gosto, agora gosto, agora não gosto, já não o(a) posso ver à frente, ai tenho tantas saudades) precisa de um obsessivo compulsivo, que vá alinhando tudo à medida que os seus desejos variam. O esquizofrénico (está com outra(o); já não gosta de mim; há aqui uma voz a dizer-me para lhe ligar; outra diz-me para não o fazer) precisa de alguém com um transtorno dissociativo da personalidade (agora sou eu, agora já não sou, agora sou o(a) que te diz que eu gosto de ti), e por ai fora.
Num Mundo louco encontrar a alma gémea já não me parece importante. Importa, isso sim, encontrar alguém com quem possamos deixar parecer equilibrados, para poder dar largas às nossas psicoses.



Quando um não quer...

por Bad Girl, em 13.09.08
... dois não dançam.

Se não for amor, não sei o que é...

por Bad Girl, em 24.08.08

Falava-se um destes dias, lá pelo burgo, sei lá do quê (eu sei do quê, mas não convém dizer...) quando me lembrei dele. E disse-o, boca fora, assustada pelo eco que as palavras fizeram na minha cabeça:
- Teria sido o único homem a levar-me ao altar. De uma igreja. Nem que fosse com um padre.
O Burgo gelou com tamanha manifestação assumida da existência de sentimentos em mim. O espanto foi tanto que comentaram, entre si, que devia ser mesmo a sério. Nunca me tinham ouvido dizer nada assim. Nem sequer parecido. As palavras entoaram na minha cabeça e eu percebi o que tinha dito em voz alta. O reflexo dos meus sentimentos, ditos apenas cá dentro, até agora.
Uma alma crente em histórias com finais felizes ainda me disse:
- Huuummm... vais ver que ainda acabam juntos.
Eu ri-me e disse-lhe:
- Não me parece que seja uma coisa que a mulher e a filha fossem gostar muito.
Abalados mas não derrotados. Foi assim que eles ficaram. Afinal conhecem-me. E não conhecem a prole de parte alguma. Insistiram:
- Então... pode divorciar-se.
Eu parei e saboreei a possibilidade. Apenas para lhes responder:
- Nãã. Eu só quero que ele seja feliz.

E fod@-se, estou a pensar nisso até agora. É que é mesmo isso que eu quero. E, se isso não é amor, então não sei o que é.

Ah... e desenganem-se os que julgam que isto é um sinal de fraqueza. Já não me sentia assim tão forte há muito tempo.

Eu bem achei que aquilo não começou bem
Enfim, foi eterno enquanto durou (2 meses inteiros!!!).
Como tudo na vida.

Mundo estranho o meu...

por Bad Girl, em 11.07.08

A coisa mais egoísta que fiz esta semana foi ter perdoado alguém...

Uma pequena coisa

por Bad Girl, em 30.06.08

Para ser uma história de amor perfeita só lhe faltava uma coisa.


O amor.

Avanços

por Bad Girl, em 29.06.08
O jantar de ontem foi aqui.
Conduzir de Lamego (ou o que seja) até ao Porto, depois de um bom jantar, não cabe na cabeça de ninguém. Por isso, o Pequeno-Almoço de hoje também foi.

Para muito serviram as palavras ditas há algum tempo pelo meu amigo L.:
"Tens noção que há montes de homens que gostariam de estar contigo, não tens? Pronto. ELE, lamentavelmente, não é um deles. Aceita isso o mais rápido que possas. Assimila tudo, e avança."

Eu aceitei. Assimilei, a custo. E, finalmente, avancei.

E mais, por enquanto, não digo.

O N. e a P. namoravam quase há três anos. Começaram a viver juntos há quase um. Há menos de um mês o N. disse à P. que aquela relação não podia continuar. Ele não era capaz de estar com uma pessoa que concordava com tudo, não reclamava de nada, raramente tinha opinião e, quando tinha, era sempre para estar de acordo com ele.

Ao saber disto, a minha mãe disse:
- Filha, ele quer uma mulher como tu.

E eu, que passei trinta anos da minha vida a achar que tudo o que os homens não queriam era mulheres complicadas, respondonas, opinativas e com mau feitio.


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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!

 

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