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Está entre coisas que mais me assustam nesta vida o cérebro poder cansar-se antes do corpo. Tenho medo, muito medo, de perder, aos poucos, a consciência. De me ver mergulhar num mar de memórias baralhadas até, finalmente, me afogar nessas memórias e já não conseguir ver nada. Tomara, mas digo-o com toda a consciência, que me falhe tudo ao mesmo tempo. No papel de uma vida, Julianne Moore é Alice, uma mulher que assiste ao definhar da sua memória até ao dia em que já não sabe o que vê. É aflitivo. Desesperante. Brutal. Uma viagem que sabemos que vai acabar mal. Uma viagem que pode muito bem, um dia, ser nossa. E isso aperta o coração. Dos filmes com nomeações para melhor actriz só me falta ver 'Wilde'. E, se Reese Witherspoon for melhor do que Julianne Moore, eu dou um mortal encarpado e três piruetas no ar. Nunca mais vou conseguir esquecer-me das coisas com leviandade.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!