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Vistos que estão todos os filmes das categorias principais e com algum tempo em mãos, dou por mim cheia de vontade de dissecar os nomeados (sentido figurado, claro) naquele que é o ano mais balofo e óbvio de Oscars de que tenho memória. São óbvios, mas tão óbvios que, estou certa, se no próximo Domingo adormecer às 23h00 (a idade pesa, pois pesa!) e só acordar na Segunda-feira às 07h00 sei que não perdi coisa nenhuma. Talvez um modelito ou outro. De entre os óbvios há os mais óbvios e ninguém me tira a certeza de que uma surpresa, a haver uma, há-de ser no último prémio da noite. Assim sendo, vou já directa ao cacume dos óbvios: o melhor actor.
Cortando já o suspense, vai ganhar o DiCaprio. Parabéns, adiante. Eu não gosto do DiCaprio. Ter o DiCaprio, que não suporto, num filme realizado por Iñarritu, que adoro, é como ter o Guardiola a treinar o Rooney - está bem que o gajo joga à bola, mas eu não gostava dele nem que ele ganhasse de repente um ar de quem toma banho. Back to DiCaprio: ainda que não goste dele, chateia-me que o gajo que podia ter ganho no "Diamante de Sangue" (claro que nunca na vida podia levar a melhor ao Forest Whitaker) ou até no "Lobo de Wall Street" (o chato é que teria de ter ganho ao Matthew McConaughey, mas pronto) tenha de ganhar com esta interpretação de um gajo a arfar (Nacho Vidal fez isso toda a vida e não creio que tenha sacado nenhum Oscar). Sobre o filme falarei quando chegar à categoria indicada, que eu sou uma pessoa que se organiza nos pensamentos, mas houvesse um nomeado de jeito e este ano o DiCaprio ganhava na mesma. É que ele, insuportável que me seja, é um actor em bom, que tem tido o azar de fazer muito bem em anos que os outros fizeram melhor. E a Academia deve-lhe coisas. E 2016 é o ano certo para ajustar contas, porque ninguém foi extraordinário. 2016 é o ano de DiCaprio porque ninguém fez melhor. Ou, vá, ninguém que não Bryan Cranston (Trumbo), mas não há-de ser um tipo à porta dos 60 anos que leva a primeira nomeação da vida que vai estragar o ano de consagração de DiCaprio. Ainda que seja ruivo. E o que eu simpatizo com ruivos. Ruivo também é Eddie Redmayne que, convenhamos, fez as mesmas caras que lhe deram o Oscar no ano passado. Seria mal entregue a Redmayne? Não, mas ele não perde mal para DiCaprio. De Fassbender nem falo, mais um ruivo (bendita Academia!) que é tão bom, mas tão bom (Frank, por exemplo), que um dia lhe há-de cair um Oscar no colo. Não podia, obviamente, ser com Steve Jobs, que é um filme morno. E há-de ser sem esforço, que é assim que ele parece fazer tudo. Matt Damon no seu "Perdido em Marte" não me merece qualquer comentário. É um filme assim-assim, com uma interpretação assim-assim, e os assim-assim não ganham Oscars. Falta lá nos nomeados uma criatura pequenina, Jacob Tremblay (Quarto), mas nem quero imaginar a cara do DiCaprio se perdia o 5º Oscar para um puto de 9 anos.
Assim, e recapitulando:
Vitória certa: Leonardo diCaprio
A haver surpresas: Eddie Redmayne
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!