
Para aqueles que ainda não me insultaram a ler apenas o título deste post...
Para aqueles que ainda continuam a ler...
Mas principalmente para toda a gente bonita que faz parte do meu (também muito lindo) Mundo...
Estes parágrafos são única e exclusivamente para vocês.
Os outros, que me insultaram e desligaram, azar... vão perder mais um chorrilho de disparates com a minha chancela... e olhem que eu com aftas na boca faço escrita mais cáustica do que me é habitual. Por isso, parem de me chamar mau feitio (estou farta de saber que o tenho) e leiam até ao fim.
Pela falta de tempo e de prática de morar sozinha, tenho passado demasiados fins de tarde em hipermercados. Ou porque me esqueci de comprar alface, ou porque o detergente de máquina da loiça chegou ao fim, ou acabou o papel higiénico... já decidi que vou começar a fazer listas de compras. Ora é nestes espaços que alguns consideram recreativos que eu tenho tido contacto com um excedente de gente feia. E não digo feia no sentido estético da palavra. As pessoas não têm culpa de terem nascido feias, eu sei que a lotaria genética não premiou toda a gente com o jackpot com que caiu lá em casa no dia em que eu nasci. Não é dessas que eu fujo, nem são essas que eu acho que só deviam sair à rua em dias marcados para o efeito. É daquelas que, no decorrer das suas vidas se fazem feias. E há muitas formas de o conseguirem.
1) Pesarem 40 quilos (em cada coxa), e saírem à rua de calções de ganga justos e sapato de salto alto de verniz branco a dar com a alça do soutien, também branca, que espreita apertadinha por baixo de um Top de lycra vermelho e coberto de lantejoulas...
2) Terem entre os 15 e os 20 anos e cuspirem boca fora pérolas de sabedoria como as que se seguem:
- Olha estes cões, tão lindos!
- F*d*-se, binte eurós por um libro? S’ainda fosse o do Mourinho!
- Oh mãe, podias-me dar-me esta blusia...
- Eu vou levar aqui isto de creme de cenoura senão nunca mais fico morena.
- (...)
3) Porem a mulher na fila da caixa enquanto calcorreiam todo o espaço a fazer as compras. Ou, pior ainda, ficarem eles na fila enquanto elas carregam com as compras.
4) Pegar num e noutro produto e encher o carro sem olhar a preços, como se estivéssemos quase, mas mesmo quase a entrar em guerra.
5) Deixar o carro a atravancar todo o parque de estacionamento com o simples propósito de ficar perto da porta, quando ainda têm lugares disponíveis a distância visível.
6) Abrirem os pacotes de coisas comestíveis que têm dentro do carro para alimentar as esfaimadas crias e espetarem com os pacotes vazios subtilmente num qualquer canto da loja.
E pronto, não é tudo, mas é o suficiente para partilhar um pouco da minha dor...Apesar de ter já decidido que passarei a fazer as minhas compras on-line, continuo a reivindicar o meu direito de não assistir a nenhum circo de aberrações.