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Se há pessoa que não gosta de fazer limpezas, essa pessoa sou eu. Talvez por isso tolero a empregada cá de casa, que não é, não foi e nunca será a "minha" empregada. Essa é a santa da Dona C. que altruisticamente cedi à minha mãe (que, curiosamente, encontra nela os mesmos defeitos que encontro nesta que por aqui anda a fazer que faz). Adiante, não é de limpezas ao pó que quero falar. Essas punham-me a carpir mágoas durante 3 meses e eu sei que somos todos pessoas ocupadas. Vocês têm mais blogues para ler e/ou escrever, e eu tenho que ir dormir, que ainda não recuperei da quase directa dos Oscars.
Falo de limpezas no Facebook, a higiene dos tempos modernos. Quem de nós não tem um amigo, colega, conhecido ou perfeito estranho nos contactos do Facebook que anuncia decididamente que irá proceder a uma limpeza nos contactos do Facebook?
Dos resultados dessas limpezas, alguns pontos comuns:
- Sejam amigos, colegas, conhecidos ou perfeitos estranhos, nós nunca somos vítimas dessa limpeza.
- Se a pessoa tem 3543 amigos quando pega na esfregona virtual, há-de ter 3543 amigos quando a limpeza termina.
Eu já "desamiguei". Oh, se desamiguei. Mas nunca anunciei tal feito antecipadamente, carente de comentários ao meu status que passem por:
- Então? Andaram a chatear-te?
- Eu não, por favor!
- Um dia destes também faço uma.
- Ui, alguém se meteu contigo....
Ora eu não sou de intrigas. Mas desconfio que essa gente, a das pseudo-limpezas, tem pouco chão real para esfregar. São as mesmas pessoas que passam por nós na vida a pedinchar atenção. Um destes dias, um senhor que faz parte dos meus contactos reais, classificado como "conhecido", anunciou aos quase 5.000 amigos que estava farto de pessoas más no Facebook e que, dali em diante, não hesitaria em apagar aquelas pessoas que não tivessem respeito. Por quem ou pelo quê? Não sei. Ninguém sabe. A reter na sua revolta é o facto de ele estar farto de pessoas más no Facebook. Na vida real, que remédio, ora fod@-se, tem que aguentar. Mas no Facebook ele é um justiceiro de capa e espada que não tolerará comportamentos indignos e desrespeitosos. O curioso é que ele continuou com os mesmos quase 5.000 amigos. Resta-me achar que as pessoas se assustaram com o aviso e começaram a portar-se bem. Ou isso ou a criatura conseguiu aquilo que queria, que era ter mais de 50 comentários, quase devotos, de pessoas que queriam afirmar que não são más, num só status do Facebook.
Regra geral, o Facebook é como a vida: há uma pessoa que nos aparece à frente, anuncia que vai limpar tudo, nós achamos que vai ser uma coisa bonita de se ver, saímos de casa com esperança de um ambiente melhor e, quando regressamos, lá percebemos que nem sequer dos sítios que se vêem de fora saiu o pó, quanto mais uma limpeza a sério...
PS - Agradeço a sugestão do tema, que veio deste senhor.
Os senhores do Facebook têm razão. Eu não me chamo Menina Má. Em breve também descobrirão que eu não me chamo a outra coisa que lá está e voltam a arrumar comigo. Há regras. Certo. Nada contra. Imagino que se o George Michael quiser abrir uma conta no FB só possa fazê-lo usando o nome verdadeiro, que é Georgios Kyriacos Panayiotou. Porque para os senhores do FB há nomes verdadeiros ou falsos. Não há alter egos. Ou nomes artísticos. É tudo uma de duas coisas. Se, por exemplo, eu quisesse abrir uma conta com o nome "Maria Silva", já podia. Maria Silva é um nome. Não é o meu, mas não haveria maneira de aquela gente alguma vez saber isso. Sabendo que, provavelmente, a conta actual está por dias, peço-vos a gentileza de fazerem o seguinte: enviarem-me um email com o vosso endereço do FB. O objectivo da conta sempre foi estar mais próximo de quem gosta de me ler. Nunca foi fazer um grande burburinho, nem sequer ocupar tanto espaço que incomode meia dúzia de gente absolutamente recalcada e com pouco chão para limpar em casa (copiei de um comentário que vi sobre o assunto, adorei). Podem também sugerir nomes giros para eu adoptar, como Kátia Esperança ou Soraya Vanessa. Lá encontrarão apenas as coisas do costume, os posts do blogue para comentar e um ou outro bitaite que vá alegrar a vossa vida. Como disse por ali num comentário na wall da página de fãs que a Vânia criou, sou pouco apegada às coisas. O que estava naquele perfil do FB não se recupera. Mas há mais de onde tudo aquilo saiu: a minha brilhante cabeça. E essa, vem sempre comigo. Se quiserem vir comigo também, num dia que isto volte a dar para o torto, o endereço de email está ali ao lado. Não posso, contudo, deixar de fazer um pequeno reparo às redes sociais e arranjar aqui um paralelo com as relações, até para fugir ao tema de vez. Passei umas horas com o Badoo e ele ficou devastado quando o deixei. Este gajo, ao fim de mais de um ano, muda a fechadura, sem sequer me pôr as malas à porta, e nem água vai. Há redes sociais, tal como há homens, muito imbecis.
Hoje cancelaram-me a conta no Facebook.
Às vezes é preciso que aconteçam coisas assim. Porque percebi (mais uma vez) que este blogue me trouxe mais coisas boas do que más. A Teresa apressou-se a ajudar-me a lidar com os senhores do FB. O Afectado solidarizou-se via email. A Vânia criou um clube de fãs. A Mariana, a Andreia e Blue 258 (que não consigo linkar) não tardaram em manifestar o seu apoio. Tudo isto em algumas horas. Gentinha recalcada é o que não falta por aí. É como as contas do FB. Mas gente com carácter? Ah, pois é...
Pensei muito antes de te escrever esta carta. Porque eu não costumo "falar para" moços de vinte e seis anos. És novo e eu posso ir presa. Depois de teres mandado cancelar a minha conta no Facebook, já desconfio de tudo. Adiante...
Não posso dizer-te que fiquei muito espantada quando vi que cancelaram a minha conta. Assim, sem mais nem porquê. Não há cá um email a avisar que o perfil tinha sido denunciado, ou só que ia ser desactivado. Para quê? Denunciaram, está denunciado, o cyberbulling existe e o Facebook apoia! É uma espécie de vingança pelos tempos da escola, não é Mark? Deves ter sido muito ostracizado na infância... A verdade é que há gente muito mesquinha por aí, e o Facebook dá para fazer o gosto ao dedo de quem gostava de ter podido conviver com a PIDE. Também há aquela história de ser uma rede social, é preciso dar a cara. Já vi fotografias tuas, e não tens cara de quem tenha conquistado muitos amigos por causa dela. Ou obscenidades. Eu digo umas c@r@lh@d@s. Está bem que, na semana passada, houve duas pilas que me convidaram para ser amiga delas no Facebook. Tudo bem. Vernáculo é que não, que é lá isso? Ou então, já sei: fui denunciada porque menti. Não me chamo Bad. Verdade, dizem os putos de 14 e 15 anos que andam por aí a chamar "paneleiros" uns aos outros nos murais e dizem que nasceram em 1990. Isso pode. Podia dizer-te que é uma sensação de desespero, de impotência, de perda. Não é. Já aqui reclamei que o Facebook não é de confiança. É como a sociedade. Se a conta não for reactivada, provavelmente abrirei outra. E outra a seguir e, se me denunciarem, hei-de abrir mais um par delas. Talvez, se me cansar muito das pessoas pequeninas que perdem tempo a tentar fod£r os outros, até abra uma página de fans. Aposto que elas vão adorar. Eu já trabalhei num sítio onde, para ir fazer um mero xixi, tinha que desligar o computador, trancar as gavetas e levar a carteira. Denúncias no Facebook? Isso é para meninos. E eu, toda a gente sabe, sou uma menina. Má.
... terá sido o governo a denunciar a minha página no Facebook?
Estamos mal. Que a mim ninguém me cala! (onde é que eu já ouvi isto?)
... não sei. Ainda não sei. Mas alguma coisa se há-de resolver.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!