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Antigamente eu mandava aí uns 40 postais de Natal para familiares e amigos. O maior prazer estava em escolhê-los. Escrever os 10-12 primeiros também era bom. Depois passava-me a pica e eu começava a fazer aquilo por birra, até que já saiam todos a soar ao mesmo (e a falso). Invariavelmente, na volta do correio, uns míseros 8 ou 9 postais, sendo 3 de estabelecimentos comerciais. Passou o tempo, fugiu-me a vontade, desapareceu-me a paciência. Fosse eu a pessoa que era aí há uns 5 anos atrás, e seria uma das primeiras a alinhar nisto. Estando praticamente idosa, limito-me a divulgar a iniciativa (e a gabar-lhe a paciência!) e a recomendar: se são pessoas como eu, a quem pesa a caneta, não alinhem. É muito chato mandarmos um postal e não recebermos um de volta. Se fordes pessoas responsáveis e se gostardes de fazer o gosto à pena, entrai nesta coisa do Postcrossing, que me soa a interessante.
Boa acção de Natal - checked!
Miguel - Prós e Contras (20-06-2011) from José Carlos Oliveira on Vimeo.
Mas hoje fala Miguel Lopes Gonçalves. Brilhante. A juventude só está à rasca se quiser. Claramente.
Desde que, há uns tempos, decidi aceitar que há vida para além do canal 65, os meus olhos têm delirado com o National Geographic e o Discovery Showcase. Ambos HD. A qualidade da imagem é tão boa, as cores são tão vivas, a definição é tão espectacular que, um dia destes, dei por mim com os olhos fixos na televisão, a ver como se faz um Maserati. Não deve haver tema neste mundo que me interesse menos. Prefiro saber como se faz fermento, a saber como se faz um carro. Excepto se for em HD. Porque, nesse caso, os olhos não descolam do ecrã. É hipnotizante.
Nem sempre o que os outros fazem faz sentido. Nem sempre o que vemos vai de encontro ao que somos. Mas, muitas vezes, a luta entre o que nos parece belo e o que sentimos como horrível, faz-nos crescer. A foto é linda. Ao mesmo tempo, do mais feio que há.
Este post só serve para quem via o "Último a Sair" (saudade!).
A partir do momento em que o Damião bateu com a cabeça, perdeu o sotaque açoriano e começou a balbuciar cenas alucinadas, parecia que os diálogos (?) dele tinham sido escritos pelo tipo que escreve as letras dos GNR.
Espadarte poeta monta-te outra vez na tua mota e regressa para Santarém.
Tenho algum esquentador nos dentes?
Baguete mista de semáforo para levar.
Queres leite? Não posso, porque só calço o 42.
Alguém que faça os arranjos, ainda ganhamos um disco de ouro!
Há coisa de um ano, mais semana menos semana, eu prometi que este blogue ia andar em cima de ti.
E andou, mais ou menos. Não sou propriamente uma stalker... Fui constatando uma ou outra coisa, fui mandando uma ou outra boca. Estava preparado um grande post para o início desta época, mas tu nem sequer me deste tempo de escrever um à maneira, dizendo que sim, que foste aprovado. Por isso é hoje, no dia em que vais para outro clube, que eu te aceito oficialmente como parte do meu. E não, não é uma questão de mau timing e nem sequer uma coisa a despropósito. Imagino que haja muita gente chateada contigo, neste momento. Não sei se as pessoas não compreendem ou não querem compreender que os sonhos não têm de ser poucochinho, como a realidade da maior parte das pessoas. Se devias alguma coisa ao clube que te deu uma oportunidade, estou certa de que pagaste tudo com o trabalho que deixaste feito. Sabes, André, de pessoa que acaba de rescindir para correr atrás de um projecto maior para pessoa que acaba rescindir para correr atrás de um projecto maior, desejo-te muito sucesso. E faço o que espero que sejam capazes de fazer contigo os teus ainda (?) superiores hierárquicos: agradeço, do fundo do coração, tudo o que trouxeste ao clube. Muito obrigada, sê bom no que vais fazer, e sê feliz. E continua ruivo. Eu cá vou tentar fazer o mesmo. Menos na parte do ruivo....
Uma das vantagens de se ser apartidário é a clareza com que conseguimos ver as pessoas para além dos partidos que representam. Ver o bom no tipo que representa ideias que abominamos, ver o mau no tipo que leva para a frente projectos que aplaudimos. Desenganem-se se pensam que eu sou isenta e imparcial por causa disso. Tenho as minhas convicções, os meus "pré conceitos",, as minha obsessões. Mas tenho mais capacidade de distanciamento do que muitos. Aqui há uns tempos eu comentava que se Miguel e Paulo Portas se coligassem o país estava em boas mãos. Ah, que heresia, ah, a gaja é parva, ah, que bestiloide, não percebe nada de política. No fundo, digo eu, a política é a ciência do governo das nações. Digo eu e o Priberam, o que deve dar algum crédito a este meu devaneio. Ora se nos deixarmos destas coisas de direita/ esquerda (pronto, matem-me, eu não tenho a absoluta necessidade de classificar-me e escolher um estrada recta para caminhar durante toda a vida. Acho piada às curvas...), e pensarmos no governo da nação isoladamente, fica o Homem. E, como Homens, Miguel e Paulo Portas são do melhor que se fez. São água e vinho, duas faces da mesma moeda, pólos opostos, mas têm carácter, educação, nível e consciência social. E isso, meus caros, isso é certamente fruto de terem sido criados por uma Senhora. Helena Sacadura Cabral é das minhas figuras públicas favoritas. Aquelas gargalhadas que tanto a caracterizam são reflexo de si: genuína, intensa, com alma. Helena Sacadura Cabral está hoje no i, numa belíssima entrevista, de onde retirei:
"Quando tive conhecimento da doença do meu filho mais velho [Miguel Portas, que foi operado a um cancro no pulmão] julgo que teria duas possibilidades de me aguentar firme. Uma seria tomando os dispositivos clínicos necessários, tranquilizantes e isso, outra seria embrenhar-me no trabalho que é sempre uma cura vital. Portanto, embrenhei-me no trabalho. Como sou economista, o custo-benefício de gastar dinheiro em medicamentos sem garantias, não compensava."
"Naturalmente o que eu escrevo não presta para nada e talvez seja rigorosamente isso. "
"Se me dói o tornozelo não vou ficar a falar disso, ponho-o em cima do banquinho, mexo para um lado ou outro e já está."
"As pessoas deixaram de mostrar afectividade. Há os extremos inestéticos. Não quero saber se o senhor sobe pela senhora ou se a senhora sobe pelo senhor. Não faz o meu "cup of tea"."
"Como é que uma mãe lida com isso?
Respondendo "sim" ou "não" consoante os comportamentos. Só que enquanto estiver na minha casa quem manda sou eu, sobre isso não tenho grandes problemáticas. "
"Queria ser micro cirurgiã da cabeça. Achava que poderia mudar as mentalidades intervindo na cabeça. Depois quis ser escultora, para tornar a sociedade mais bonita. Quando disse isso ao meu pai ia-lhe dando uma coisa má. Trabalhar com nus, mortos ou vivos. Lá me deixou ir para a faculdade, mas queria que seguisse o curso da família, direito."
"Nem nunca me passou pela cabeça ter filhos que não fosse do Portas.
Porquê?
Porque era o homem da minha vida e tem-se filhos do homem da nossa vida. Não se anda por aí a fazer filhos. Podemos dar uma volta com o vizinho, mas não ter filhos. "
Recomendo a leitura na íntegra. E a passagem pelo blogue.
... que, apesar da incapacidade de escolher um Deus ou um partido, não me faltou bom senso na altura de escolher o clube: Futebol Clube de Portugal, conforme contado por Carlos Coelho, Presidente da Ivity Brand Corporation e pessoa com uma cabeça do caraças, no i de ontem.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!