Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Em supondo que eu queria gastar dinheiro a comprar presentes para pessoas que odeio visceralmente, o disco dos BAN escalaria o Top de forma auspiciosa.
É que há coisas que me intrigam de sobremaneira. Por exemplo: porque é que um tipo que, quando novo, era ridículo, badocha e mau cantor acha que depois dos 45 anos e já com um queixo extra deve ressuscitar a banda morta há vinte anos e gravar uma nova coisa música? Ah, espera, é filho daquele senhor que veio para a rua em roupão reclamar da sua "prisão". Pronto, já está tudo explicado.
Se tiverem muita coragem (ou vontade de rir), vejam o vídeo...
I'm rolling na Reboleira
Não tenho luxos
Mas sou rico à minha maneira
Macacos do chinês, 2009
Não tenho nada, e tenho, tenho tudo.
Sou rico em sonhos e pobre, pobre em ouro.
Floribella, 2006
Estou coxa. Sim, a Norte nada de novo, não fosse o pequeno detalhe: do outro pé. Pois. Após os antibióticos e anti-inflamatórios, decidiram tocar-me no meu rico pezinho. E se tocaram!... Era um festim para um vampiro, o que por lá se passou. E agora é ver botas 40 no meu pé de princesa. Sendo que poupo no lanche. Já não preciso de ir à máquina de vending, trago o lanche no que sobra da bota.
Já do joelho, tive alta oficial. O ortopedista mexeu, puxou, virou, empurrou e "veredictou": pode voltar a esquiar. Ora sendo que ele não me viu subir e descer escadas, dou-lhe o benefício da dúvida. Mas tenho para comigo que ele me quer apanhar outra vez na marquesa.
Mesmo pejada de maleitas, não podia deixar de ir ver o JP Simões à Tertúlia Castelense. E aquilo sim, foi um concerto. Não obstante os problemas da sala, iata, iata, aquele homem é um entertainer nato.
Posto isto, vou tentar dar mais atenção à série de vampiros da SIC, que deve estar no fim do único episódio que eu admito ver.
... mas de moda, João, entendes zero.
Atentos no princípio da música "Meu Bem" de João Só e abandonados:
"Quando te vi no Domingo, parecias estrangeira
Tinhas casaco comprido e botas a dar co'a carteira"
Com lines destas e um conceito de moda tão refinado, não admira que o João esteja só...
Eu e o iPod a tentarmos ganhar a volta a Portugal. A funcionária estranha passa por mim e pergunta:
- O que é que está a ouvir?
Apesar de certa da imperceptibilidade da minha resposta, lá arrisquei:
A resposta foi um indeciso "Ah...", que eu tentei iluminar com o empréstimo de um dos "fones".
Ela hesitou. Para não ficar mal (acho) lá disse:
- Acho que conheço.
Eu tentei ajudar:
- Estiveram no Coliseu na 2ª feira passada.
A resposta?
- Pois. Eu não vou.
?????????????????????????
Assim, a seco. Sem mais. E eu decido dar a conversa por terminada.
Ela dá uns passos. Olha para trás e diz:
- Gosto de músicas assim calminhas. Para relaxar. Também gosto muito de Michael Buble.
O que é que se responde a isto?
'Odeio que me chamem Boss. Já pensei em mudar de nome'
Quem diz esta pérola não é Hugo Ferdinand Boss (paz à sua alma!) ou algum dos seus herdeiros, se é que os tem. Não. Quem diz isto é Ângelo César Firmino, aka Boss AC.
A ver se nos entendemos. Eu explico como se tu tivesses 3 aninhos: o teu nome não é mesmo Boss. Isso é o teu nick. Ou (é a PDL!!) o teu nome artístico, vá. O teu nome é Ângelo César. Eu percebo que tenhas pensado em mudar de nome, Ângelo César não é grande espiga. Mas se odeias que te chamem Boss, pensa o que será levar com o AC por extenso daqui para a frente.
Explicaram-me que eu devia levantar-me para aplaudir os cantores, músicos, actores, bailarinos, ..., se achasse o trabalho deles extraordinário. Se considerasse aquele trabalho tão magnífico que teria de me levantar da cadeira para homenagear quem o fez. Se o trabalho deles é mau, razoável, bom, ou (até) muito bom, devo aplaudir sentada. Ou não aplaudir, no caso do mau. Só assim quem faz um trabalho extraordinariamente marcante sabe que o fez. Com uma ovação em pé. Mas não. Aqui, nesta santa terrinha, é ver um espectáculo acabar para ver o povo levantar-se e bater palminhas. Das duas, uma: ou os padrões de qualidade das pessoas são extremamente baixos, ou há uma crise generalizada de hemorróidas que ataca no final dos espectáculos ao vivo. Ontem, no final do concerto dos Deolinda, na Casa da Música (só um exemplo, no meio de tantos), toca de levantar para aplaudir o concerto. Foi bom? Foi sim senhor. Muito bom? Não creio. Extraordinário? Nã... Mas teve ovação em pé, à altura dos espectáculos extraordinários? Teve. E quando eles forem realmente brilhantes? O povo pendura-se no tecto e bate os pés? Não me parece. Não vai ter nada a acrescentar. Vai continuar a levantar-se e a bater palmas, a pensar que desta vez sim, foi mesmo bom.
É assim, o meu povo. Tão bom a falar mal de tudo, mas fácil, fácil, na hora de ovacionar.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!