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Será que temos de começar a pagar alguma coisa pelo aluguer pelo salão de festas?
Aqui não há imparcialidade nem pruridos. Querem pezinhos de lã e festinhas na cabeça, vão ler jornais.
Há pessoas que vivem em mundos paralelos. Mundos só delas. Essas pessoas, nos seus mundos, traçam planos. Que acabam por nunca resultar. Porque essas pessoas, enquanto sonham, no seu mundo, com o seu futuro, esquecem-se de considerar algumas "variáveis" nos seus sonhos: os outros, por exemplo. Na verdade, a maior parte dessas pessoas é dona de um jogo de cintura absolutamente fascinante. Por exemplo, vamos imaginar o Zé. O Zé quer ser Primeiro-Ministro de um país imaginário, muito melhor do que este. Neste momento, o Zé é "apenas e só", o Ministro da Defesa desse país. Mas não basta. O Zé já foi Ministro da Defesa, a contar assim por alto, de 4 PM diferentes. Cada vez que há nomeações para PM (nesse país imaginário não há eleições), o coração do Zé treme de ansiedade. O Zé esgota o stock dos sonhos. O Zé namora a cadeira. É agora! É hoje que a cadeira vai ser do Zé. Mas não. Ainda o sonho do Zé vai a meio, já ele sonha com comunicações ao país quando, para fod£r a vida do Zé, alguém lhe apresenta o novo PM. E o Zé fica a lamber as feridas, pensa no que raio terá feito de errado e, por momentos, deixa de sonhar com a cadeira, para planear a melhor forma de fazer o mais recente ocupante da mesma cair. Era bom que alguém dissesse ao Zé que ele nunca chegará a ser opção, que o cargo de PM não é para ele. Que, canalizasse ele as forças que usa para fazer os PM caírem da cadeira, uns atrás dos outros, para ser um bom Ministro da Defesa, e talvez alguém pensasse nele para PM, numa próxima vez. Talvez o Zé não saiba: mas os bufos só servem às entidades supremas para fazerem o trabalho sujo. Nunca servirão para mais nada.
E ainda o Pipoco acha que os blogues não servem para mandar recados...
Para me apanhares, era preciso eu estar a fugir.
Catch me if you can. You'd have to be a man.
Desculpa, Sumol...
Um dia, o mais provável é que deixes de usar calças dois números acima do teu, e que deixes de mostrar os boxers a toda a gente. Nesse dia vais começar a sentir as borbulhas desaparecerem da cara, como num passe de mágica. Vais deixar de ouvir uma única banda até à exaustão e vais pensar como é que foste capaz de estar dois meses sem lavar o braço onde o vocalista te deu o autógrafo. Vais experimentar andar de saltos altos e não vais cair. Nesse dia vais ter mais de o dobro das escolhas para te calçar. Vais deixar de fazer sexo no banco de trás do carro e começar a fazer amor (ou sexo) na tua casa. Nesse dia vais descobrir que 3 minutos não é a duração ideal de uma relação sexual. Vais deixar de acampar e descobrir que há hotéis que te tratam muito bem. Nesse dia vais perceber que esses hotéis te tratam tanto melhor quanto o número de estrelas que tiverem à porta, e que as estrelas custam dinheiro. Nesse dia vais ficar contente por teres um bom emprego. Apesar de teres de usar fato e gravata e trabalhares das 9 às 6. Vais perceber a diferença entre uma Montblanc e uma Bic. Vais viajar de avião (assim to permitam os vulcões). Nesse dia vais perceber que Benidorm e Lloret del Mar não têm as melhores praias do Mundo. Vais deixar de fazer piadas parvas e as pessoas vão começar a apreciar o teu sentido de humor. Vais poder ir a todo o lado sem dar cavaco a ninguém e sem ter de pedir boleia. Vais perceber que apanhar bebedeiras é ridículo e que as pessoas que acham que tu és um herói são apenas mais parvas que tu. Aqui fica uma ideia: quando esse dia chegar, agarra-o com as duas mãos e não o deixes fugir.
Alessandra Ambrósio quer ter um rabo maior.
Xana, querida, passa lá em casa e tratamos da transferência. Nem é preciso pagares nada. Ofereço de boa vontade. Levas o que quiseres, que certamente ainda sobra o suficiente para mim.
Parvalhona. Há gente que não sabe o que diz.
Na mesma página o 24 Horas tem duas notícias sobre um jogador novo para o Sporting. Num dos links, ele cai cedo. No outro ele sai cedo. Já percebemos que ele é precoce. E para o Sporting deve ser igual se ele sai cedo ou cai cedo. Desde que faça uma das duas, é igual aos outros que lá estão. Agora os senhores do 24 Horas online já tratavam de arranjar um editor... Desculpa, Miguel, mas não podia deixar passar...
Ainda estou em choque. O meu coração está acelerado e as minhas pernas ainda não pararam de tremer. A TVI descobriu uma coisa de pôr os cabelos em pé dos seus telespectadores (e daqueles que, como eu, não são telespectadores pela razão mais simples do mundo: entre 39 canais, a minha televisão optou por não dar a TVI. Sozinha, sem ninguém lhe pedir nada. Mas sosseguem, nem tudo são misérias na minha vida, eu tenho o TVI24...). Mas, voltando à descoberta do mês, do ano e quiçá do século: há laboratórios a pagar viagens a médicos. Vá, eu dou-vos dez minutos para recuperarem o fôlego e tirarem esse ar de estupefacção da cara antes de continuar.
Já está?
Eu sei que é difícil, mas já faziam um esforço, não?
Está?
Pronto, preparados ou não eu tenho de continuar, que a minha vida não é isto....
Então dizia eu que a TVI, sempre à frente do seu tempo, descobriu que não são os médicos que pagam as suas participações em congressos. Nem as viagens. Tampouco os hotéis. A TVI descobriu (todos num sonoro e uníssono "Ah!", vocês conseguem) que quem paga são os laboratórios.
A história começou, ao que me parece, porque um delegado de informação médica (DIM), daqueles que anda ali à volta dos médicos: "O doutor precisa de algumas coisa?", "Ai, senhor doutor que essa gravata fica-lhe tão bem!" (nada contra DIM. Tenho (tinha?) amigos DIM. É uma profissão como outra qualquer. E se é preciso ficar horas em pé à porta de um consultório para ser recebido por um médico para se ganhar a vida, seja. Há coisas que me parecem bem piores na vida) teve uma epifania de princípios (ou foi despedido e ficou com uma cabeça do tamanho de um elefante) e decidiu meter os papéis da tal viagem à Malásia a circular. E depois, achando eu que já nada mais me podia surpreender de uma forma tão intensa, a TVI descobriu que um outro laboratório fez o quê? Chamou médicos a um hotel (e disse o nome, porque o hotel não tinha nada que existir e vender salas de reuniões e quartos, era só mais o que faltava, estes cúmplices perigosos!...) e pagou-lhes para eles fazerem ou avaliarem ou o que seja algumas simulações de visitas de DIM. Eu chamo a isso consultadoria, mas os senhores da TVI dizem que é um crime gravíssimo, estes médicos. Maus, médicos, maus. Tau. Tau. Claro que a TVI NUNCA pagou viagens a actores e pseudo-VIP para ter entrevistas exclusivas. Os pivots que deram as notícias NUNCA receberam roupas dos senhores que aparecem publicitados no fim, nem NUNCA foram de viagem patrocinados por nenhuma revista. Não senhor, que nós cá somos purinhos. Temos uma integridade virginal. Certamente o departamento comercial da TVI nunca deu presentes de Natal (ou outros) às agências de publicidade que mais espaço lhe compram. Jamais Salomé!
Quantos agentes de viagens pagam as próprias viagens? Chamam-se Fam Trips e custam-lhes zero. Em todo o lado existe esta corrupção. E os produtos nos supermercados? São colocados aleatoriamente nas prateleiras, querem ver? E podem até alegar que tudo bem, mas medicamentos é uma coisa muito séria, e que isto pode interferir com a integridade profissional de um médico na altura de prescrever os mesmos. Esse argumento é um bocado parvo, na medida em que se TODOS os laboratórios patrocinam os médicos de forma similar, então os médicos estarão à vontade para prescrever o mais indicado para cada situação. Digam que eu tenho a minha ética demasiado elástica, pouco me importa. Acredito sinceramente que este tipo de corrupção é diário, constante e não tão grave como a imprensa quer fazer parecer. Chamem-me crente. Já me chamaram coisas piores.
Eu sei que trabalho demais. Demasiadas horas, demasiados dias na semana, sempre demasiadamente dedicada. Mas o que é demais enfastia e, depois de um fim-de-semana transformada em freira carmelita em clausura total e em devoção exclusiva ao burgo, foi ver-me atirar com um: "Vou tirar a tarde!" enquanto me fazia à praia. TRINTA GRAUS, areal semi-vazio, esplanadas com mesas vagas e tolerância zero para as famosas nortadas.
Só por hoje (pelo que sobra de hoje) não tenho mau feitio. O cansaço e as marcas de sol na pele não mo permitem.
Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!