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Rodolfo Santos e sua mãe acabam de ascender ao primeiro lugar. A somar à estupidez crónica, uns salpicos de bestialidade. Se as pessoas tivessem ratings, como os países, lá viria mais um "lixo".

 

Ai, senhor doutor Juiz, estou tão arrependido. Juro que NUNCA MAIS volto a fazer a mesma coisa.

Veja lá, Rodolfo. Olhe que se reincidir vai de cana.

Juro, senhor doutor Juiz. Eu não vou reincidir.

..

Saem do Tribunal

..

Oh, mãe, o que é reincidir?

Sei lá filho, deve ser atinar. Olha aquela gaja ali à frente, vamos lá fazer o que o Juiz mandou.

...

por Bad Girl, em 09.01.12

Casamento entre homossexuais ameaça humanidade, diz papa.

Discursos papais ameaçam a tolerância, digo eu.

Do fundo do baú

por Bad Girl, em 08.01.12

Em Dezembro de 2010 a SIC transmitia uma Grande Reportagem com o título "Ensaio sobre o luxo". Para além das ridicularias cuspidas pela pobre da Jô Caneças, que duas vezes por ano tem uma trabalheira terrível a organizar festas lá em casa, aparecia também Carlos Saraiva, apresentado como o maior empresário do segmento de hotelaria de luxo em Portugal. Em Setembro deste ano, já a minha amiga A. tinha visto o subsidío de férias por um canudo e já havia obras CS paradas um pouco por todo o país, a SIC repetiu a reportagem. Carlos Saraiva voltava a aparecer, dono de 2 jactos privados e 14 hotéis de luxo, pessoa que teve a felicidade de poder guardar todos os carros que já teve. Engenheiro de formação, piloto por paixão e empresário por vocação. Palavras do próprio. Vocação estranha esta, que deixa pessoas sem salário durante meses. Quantos são já, A.? Quatro? Cinco? Hoje a mesma SIC, que dedicou 15 minutos de reportagem aos luxos do empresário Carlos Saraiva, lá passou uma discreta reportagem da manifestação dos empregados do grupo CS que estão há meses sem receber, que passam fome e que já não podem pagar a renda. Curioso que ninguém se tenha lembrado de ir buscar esta reportagem, como eu fui.

 

(link aqui)

 

Mal por mal, antes Jô Caneças. Pode ser uma parolinha vestida com os piores modelos que a alta costura se lembrou de produzir, mas não mente com quantos dentes tem na boca, não finge uma coisa que não é.  

 

"O luxo do superfluo, o luxo do extraordinário, o luxo daquilo que não é necessário hoje não se chama luxo. Chama-se loucura ou chama-se outra coisa qualquer." Palavras do senhor que tem 14 hotéis, 2 jactos privados, todos os carros que comprou até à data e que não paga aos empregados há meses. Para mim também se pode chamar outra coisa qualquer. Amoralidade, por exemplo. 

Tão bonitinho...

por Bad Girl, em 23.11.11

Diz que agora é moda fazer greve geral no dia 24 de Novembro. Para o ano, considerando que vem em forma de bissexto, a greve vai ser a um Sábado. Talvez finalmente adira. Amanhã não grevo (já era tempo de assumir o verbo "grevar" no léxico português). Tenho muito que fazer.

Oh, pá, estes universitários, pá.

Deviam ter vergonha, é o que é.

No meu tempo não era nada disto. Somos todos tecidos no mais fino tear da cultura, a minha geração e as gerações anteriores.

Ainda ontem tive muita vontade de debater este assunto com uma pessoa com quem tive uma reunião. Afinal, era uma pessoa com quem se podia falar sobre estes assuntos. Apresentou-se logo como "Doutora XPTO". É responsável pela área de formação de uma empresa. Terá aí uns 50 anos. E disse "vão haver", "haviam" e "houveram" pelo menos 10 vezes. Talvez soubesse dizer-me quem pintou os tectos da capela Sisitina ou quem escreveu "O Evangelho segundo Jesus Cristo". A meu ver é mais chato que não saiba falar português. E as pessoas que eu tenho visto divulgar o vídeo nas redes sociais, regozijando-se com os absurdos que ali são ditos? Tudo crème de la crème. Se eu acho que o vídeo é mau? Sim. Acho que é muito mau. Se tem o direito de representar uma classe? Nem por sombras. 

Qual é a probabilidade?

por Bad Girl, em 17.11.11

Apresento-vos José António Chocolate Contradanças, arguido no processo "Face Oculta":

 

Agora a sério: qual é a probabilidade da senhora "Maria" Chocolate encontrar e se apaixonar pelo senhor "Manuel" Contradanças? Portugal tem coisas muito giras. É pena que não as valorizemos, por estarmos demasiado focados na coisa das trafulhices, e isso. 

Ainda assim, melhor tarde do que nunca...

por Bad Girl, em 17.11.11

Eu pertenço ao banco de dadores de medula óssea desde Julho de 2003. Infelizmente, nunca me chamaram para uma doação. Isso mostra-me o quão complicado é encontrar dadores compatíveis. Lamento profundamente que uma criança de 3 anos, como tantas outras - crianças e adultos - de tantas idades, tenha de se deparar com esta situação. Mas lamento quase tanto como lamento esta situação que este país da treta só se lembre doar medula (ou fazer testes) quando o filho de uma figura pública passa por isto. É quase tão triste como a situação em si. Ao Carlos Martins e ao seu filho desejo a melhor das sortes. Como desejo a todos os que passam pela mesma situação ou por situações idênticas. A solidariedade não deveria ser selectiva mas, pelos vistos, é.

E chão para esfregar, não se arranja?

por Bad Girl, em 04.11.11

A sério?

Enquanto se discute o orçamento, o subsídio de Natal, a crise e o colapso financeiro, o PCP está mesmo preocupado com o facto de o Pingo Doce querer saber a idade dos filhos dos funcionários?

Vá, senhores do PCP, vamos lá todos dizer bem devagarinho: DOIS MIL E ONZE, ano do Senhor (isto foi uma provocação, desculpem). Pessoas sem emprego? Muitas. Pessoas com emprego que não têm como comprar comida? Demasiadas. Pessoas com emprego que não conseguem pagar contas? Ainda mais. A preocupação do PCP? As fichas de candidatura do Pingo Doce.

Quando me convidaram para vir para este burgo novo onde estou também me pediram que preenchesse uma ficha e, pasmem-se!, também me perguntavam se eu tinha filhos e com que idade. E eu não vi mal nenhum nisso. A coisa tem outro nome, mas (como nunca me lembro qual é) eu chamo-lhe "efeito espelho". É aquilo que faz o marido traidor ser um ciumento de primeira. A vizinha que leva porrada achar que os casamentos das outras estão à beira do fim. É o que nos faz acreditar que as pessoas não seriam capazes de fazer coisas que nós não pensaríamos, sequer, fazer aos outros. Talvez seja isso que faz o PCP ver mal em tudo o que mexe. Ou o que me faz achar que há coisas que não têm qualquer mal.

Da indignação

por Bad Girl, em 17.10.11
Pago impostos desde os 20 anos. Já lá vão 13. Trabalho, em média, 10 horas por dia. Às vezes não vou a casa. Às vezes trabalho ao Sábado. Outras vezes ao Domingo. Às vezes trabalho as mesmas vezes ao Sábado e ao Domingo. Feriados? Vou tendo alguns. Levo trabalho para casa algumas vezes. O telemóvel do trabalho toca a horas mais ou menos próprias, é-lhe indiferente.
Há 13 anos que pago impostos. Estive de baixa 2 vezes, num total de 2 meses e meio, em 13 anos de trabalho. Tenho um empréstimo para a casa. Já tive um para o carro. Nunca deixei uma prestação pendente. Tenho dois cartões de crédito. Só sei o código de um, o outro serviu-me para baixar o spread. A modalidade de pagamento é 100% a 30 dias. Devo usá-lo 4 ou 5 vezes por ano. Há países que eu gostaria de ter visitado. O plafond do meu cartão de crédito podia ter-me oferecido essa possibilidade. Nunca fui a esses países. Quando fui viver sozinha tinha apenas os móveis do quarto, cortesia de senhores meus pais. A cozinha já estava equipada. Comprei uma televisão de uma marca que não sei qual é, na Worten. Tive sofás mais de um ano depois. Fui sendo salva por um puff. A mesa da sala chegou 6 meses antes das cadeiras que a complementavam e uns bons 4 anos depois da mobília do quarto. Já estive tesa. Já vi o fundo à conta. Já recebi contas de telefone que quase me estragaram a vida. Multas que me estragaram o orçamento. Contas de mecânico que me abalaram os dias.
Trabalho pelo menos 10 horas por dia. O acesso ao Facebook está bloqueado durante o horário de trabalho. Não faço pausas para fumar. Não bebo café. Perco 5 ou 10 minutos, roubados à minha hora de almoço, para ver e-mails pessoais no meu telemóvel pessoal. E espreitar o Facebook.
40% da minha vida a pagar impostos. Se estou indignada? Claro que estou indignada. Estou indignada por mim, que não vou ter reforma. Estou indignada por mim, que vou ter o subsídio de Natal ceifado ao meio. Estou indignada porque não fiz nada para que a crise chegasse e ela está aí, a rir-se de mim. Estou solidária com toda a gente que vai perder direitos, meios de sobrevivência. Que não pode comprar móveis para a casa porque precisa de comprar comida. Mas a minha indignação não vai resolver o problema do qual eu nunca fiz parte. A minha indignação é legítima, mas é solução para nada. Não nos* enganemos. Não viemos parar a esta situação por casualidade, mas sim por causalidade. Viemos porque votamos nas pessoas erradas. Ou porque não votamos. Porque nos iludimos com um plasma, uma viagem, um carro. Estamos aqui porque somos um país habituado a viver acima das suas possibilidades. Porque assinamos papéis em bancos com a mesma veleidade com que não vamos votar. Estamos indignados porque nos meteram a mão ao bolso. Estamos indignados e temos o direito à indignação. Eu não tenho uma solução para a crise. Não faço a mínima ideia de como sair deste buraco que fomos escavando e fomos permitindo que escavassem. Não tenho ideias melhores. Nem piores. Não sei se estas ideias que nos apresentam são as melhores. Ou as piores. À falta de outras, vou confiando nestas. Não estou conformada. Mas a minha indignação é mais com as circunstâncias do que com as medidas. Por ora.
Se tudo correr como eu espero, esta é a última vez que este tema é abordado directamente neste blogue.

Se é que há um bright side nisto...

por Bad Girl, em 13.10.11

Como medida para resolver a crise (mais uma das), os funcionários das empresas privadas poderão ter de trabalhar mais meia hora por dia. Eu já me adiantei: nos últimos 8 anos tenho contribuído para o fim da crise entre 2 e 5 vezes por dia.

 

Não têm nada que agradecer. Até porque não está a resultar. 


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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!

 

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