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I love trash TV

por Bad Girl, em 19.09.11

Da estreia da segunda edição da Casa dos Segredos veio uma coisa boa: todos os ex-concorrentes de todas as edições do Big Brother e até os concorrentes da Casa dos Segredos 1 me parecem, agora, pessoas extremamente sofisticadas e moderadamente inteligentes.

 

O país está em crise e basta ligar a TVI para perceber porquê.

Somos tão bons!...

por Bad Girl, em 10.08.11

Pelo segundo dia consecutivo dou por mim a ouvir pessoas convidadas do Telejornal daquelas que, aparentemente, têm inside information sobre os mais variados temas. Ontem o senhor convidado da TVI bramia palavras de indignação e de incredulidade quando confrontado com o facto de Londres ainda não ter canhões de água na rua. Não sei sequer o que faz o dito senhor, mas imagino que seja o melhor na sua área, pois hoje lá estava ele, outra vez, a apontar o dedo, a criticar o governo britânico, a insinuar que aqui, neste jardim à beira-mar plantado, nada daquilo era passível de acontecer. E nem era só ele. O jornalista da SIC, munido de microfone e tempo de antena, inventou um novo conceito de reportagem: o de transmitir os acontecimentos com a parcialidade que se quer, tecendo comentários, alvitrando sugestões e deixando conjecturas no ar. Somos todos muito bons, faz-nos impressão a mediocridade dos outros, prisioneiros da sua incapacidade. Mandamos bocas do "alto da burra" e, assim de repente, enquanto cuspimos para o ar, vamos esquecendo episódios como os do Bairro da Bela Vista ou da Quinta da Fonte. Sentemo-nos então, seguros da nossa superioridade, diagnosticando falhas aqui e ali nos outros. Já diz a minha avó: enquanto estão à janela a estudar a vida dos outros, estão de costas para a bagunça que lhes vai em casa. 

Reininho, põe os olhos neste moço

por Bad Girl, em 02.08.11

Este post só serve para quem via o "Último a Sair" (saudade!).

 

A partir do momento em que o Damião bateu com a cabeça, perdeu o sotaque açoriano e começou a balbuciar cenas alucinadas, parecia que os diálogos (?) dele tinham sido escritos pelo tipo que escreve as letras dos GNR.

 

 

 

Espadarte poeta monta-te outra vez na tua mota e regressa para Santarém.

Tenho algum esquentador nos dentes?

Baguete mista de semáforo para levar.

Queres leite? Não posso, porque só calço o 42.

 

Alguém que faça os arranjos, ainda ganhamos um disco de ouro!

Silly season? Isso foi antes...

por Bad Girl, em 02.08.11

Eles estão de volta. Pesados à séria, treinadores dos bons, sem Comandos ridículos, apresentadoras histéricas, sem fitinhas nem mariquices.

Já ouvi dizer que a apresentadora da segunda série do Biggest Loser português vai ser a Bárbara Guimarães. Estou, neste momento, a abanar a cabeça e a fazer tststs... 

Já que estou numa de me dar razão...

por Bad Girl, em 02.05.11

Quem é que sabia, ainda no embrião, que isto não ia resultar?

 

Primeiro, a ideia do "Comando" não é má, mas está mal aplicada. E pessimamente incorporada. O moço diz "evidenteménte" e "constanteménte". Em termos de dicção, é do pior que se ouviu em TV.

A treinadora também tem ali qualquer coisa "sopinha de massa" e debita um texto nitidamente decorado... se era para pôr pessoas a imitar os americanos, arranjavam actores.

Obrigar pessoas a chafurdar na lama com a própria roupa não é bonito. Dá assim um ar de "essa merda que vocês trazem vestida serve perfeitamente para estragar". No formato original as pessoas estão com roupas "oficiais" desde o início.

Ver Júlia Pinheiro a falar doucement é o mesmo que ver José Sócrates dizer a verdade. Não combina.

O nível de metade dos concorrentes que lá está é muito rasteirinho*.

 

Eu sei que ontem foi o primeiro programa e que ainda há muito para ver. Mas, meus amigos, ninguém tem uma segunda oportunidade de causar uma primeira boa impressão.  

 

*Por "nível rasteirinho" entenda-se pessoas que, aparntemente, estão dispostas a passar por cima de quem quer que seja para ganharem o prémio final e não pessoas que não são "como nós"... 

O acordo ortográfico à força

por Bad Girl, em 17.03.11

Gosto desta sensação de espanto que ainda toma conta de mim aquando da percepção da palermice alheia. Por um lado, estou sempre à espera de ver onde é que as pessoas vão falhar. Por outro ainda me espanta a capacidade que as pessoas têm de o fazer. A RTP, por exemplo, quer à viva força que adoptemos o Acordo Ortográfico. De tal forma que não hesita em mudar o nome de uma peça de teatro (apesar de usar aspas para citar esse nome). Quando a olhar de frente para a dúvida (será que respeito o nome original da peça ou "traduzo" para o novo português?), a RTP toma a decisão óbvia, que é mudar o nome à peça. E o Victor Baptista? Será que vai passar a chamar-se Vítor Batista, só para fazer o jeito à RTP?

 

 

Mas isto é um concurso, ou quê?

por Bad Girl, em 14.02.11

Os canais de televisão não param de anunciar a descoberta de novos idosos mortos em casa. Ora, partindo do principio de que não se trata de um fenómeno recente, de uma praga ou uma epidemia, sobra-me pensar que estas criaturas se estão perfeitamente a cagar para os velhinhos que são encontrados mortos em casa. Quantos mais, melhor, desde que o carro deles seja o primeiro a chegar ao local. Não tarda, começam a noticiar a existência de velhinhos que ainda não morreram sozinhos em casa mas, com a gripe que apanharam, daqui a três dias hão-de estar mortos. E vão estar sozinhos. E eles vão ser os primeiros a chegar ao local.

Isto não é jornalismo, é uma pantominice pegada.

Das séries...

por Bad Girl, em 07.02.11

Hoje, à hora do almoço, a curiosidade dos meus colegas só conseguiria ser extinta com a minha resposta à seguinte pergunta:

- Que séries vês tu agora, com o mesmo interesse com que vias o "Lost"?

- Nenhuma. O "Lie to me" seria o único a poder encher este vazio que há em mim.

- E então? O que é que lhe falta?

- Ter pessoas presas numa ilha.

Dos elogios

por Bad Girl, em 30.12.10

Um dos melhores programas que 2010 trouxe foi "Portugueses pelo Mundo". Dinâmico, descontraído, despretensioso e interessante. O formato é simples: conhecer portugueses que vivem fora de Portugal. Longe da imagem do emigrante que partiu apenas com a sua mala de cartão e vive "guetizado", o programa apresenta-nos pessoas genericamente felizes e integradas na sociedade que os rodeia. Como não há bela sem senão e nada me saca assim um elogio de caras, o chato é estar sempre a tentar adivinhar a que horas dá o programa que, pelo que me apercebi, nunca conquistou dia e hora fixos na programação da estação pública, e parece saltar sempre que dá jeito.  

Ainda assim, não deixa de ser um belo exemplo de serviço público. Dos poucos, devo acrescentar.

Dos erros de casting

por Bad Girl, em 15.12.10

Passeava-me eu pelas notícias (!) do país quando soube da novidade: Júlia Pinheiro, a estridente apresentadora da TVI, vai para a SIC. Até aqui tudo bem, consigo perceber que a "carteira de clientes" de Júlia interesse à estação de Carnaxide. Logo a seguir leio que é ela quem vai apresentar o "The Biggest Loser (TBL)". Ora foi exactamente neste ponto que eu sofri um "piripaque" de um tamanho tal que houve pessoas que equacionaram a chamada do INEM. Recuperada que estou do choque, eis-me numa de prestar serviço público, a explicar aos senhores da SIC, como se eles fossem muito burros (a ser verdade a notícia, são mesmo), o porquê da minha insistência:

- Eu gostava de ver a versão portuguesa do programa. Até tenho tias que podiam participar nesse mesmo programa. Era bonito. Mas não vou poder. Não se a Júlia Pinheiro apresentar o programa. Nem eu nem, suspeito, nenhuma das pessoas que assistem ao original. Há algo que parece ultrapassar as pessoas que decidem nos canais de televisão e, a meu ver, é demasiado básico: as pessoas que se interessam pelos formatos originais, no cabo, não são as pessoas que se interessam pelas acompanhantes de luxo da Casa dos Segredos. Viram o que a RTP fez ao "Project Runway" e são anjinhos o suficiente para irem, também eles, meter a pata na poça.

Passo então a explicar de novo, agora do ponto de vista do concorrente: primeiro, se eu fosse uma pessoa com excesso de peso e me enfiassem num fim-de-mundo qualquer onde as únicas coisas que acontecem são mil horas diárias de exercício físico com um treinador aos gritos e privação de comida, não me interessava ter aquela voz a falar comigo. Também não me parece conveniente a abordagem típica de Júlia Pinheiro: "Concorrente azul, você perdeu 4 quilos esta semana e passou a barreira dos 100. Já se sente confiante para convidar a concorrente amarela para o seu quarto?" ou "Concorrente verde, vi-o olhar lascivamente para a concorrente roxa enquanto ela fazia abdominais. Pensa que quando sair daqui e vestirem ambos o 38 poderão casar?". Depois, porque a partir do terceiro mês, já vai haver concorrentes a olhar para a Júlia e a pensar: "mas porque raio é que não vais tu também para a passadeira?". A apresentadora do TBL não pode ser escanzelada. Mas tem que ser "boa". Aquela que as concorrentes querem ser quando terminar o programa. Aquela que os concorrentes acham que vão conseguir com uma melhor figura. A apresentadora do TBL tem que criar empatia. Eles têm que saber que ela sabe o que custa fazer "n" horas seguidas de ginásio. A única vantagem que eu vejo no facto de Júlia Pinheiro apresentar o TBL é que, quando houver aquelas provas de subir e descer a montanha, eles podem ouvi-la na perfeição, independentemente do quilómetro onde se encontram.

 

Eu já dei a receita para o sucesso. A desviarem-se das minhas orientações, vai haver um "biggest loser". Mas não é concorrente.


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Ao contrário da maior parte das pessoas, não vou pôr-me com falsas modéstias: sou gira, sou inteligente, sou interessante. Mas também sou Má... como todas as mulheres, não é? Como perceberão com as leituras, e como este é um reflexo de mim, naturalmente tenho um blog bipolar!

 

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